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O Convento dos Franciscanos, na Lagoa, recebeu um “Serão de estórias em noite de lua nova” com a apresentação de Valter Peres. O contador partilhou estórias que fizeram as delícias das cerca de meia centena de pessoas que marcaram presença, entre miúdos e graúdos.
Após seis anos, Valter Peres regressou à Feira do Livro da Lagoa, tendo participado na I edição, na altura realizada na Escola Secundária.
Após este tempo, o ator, encenador e contador de estórias, diz notar trabalho feito. “Sinto grupos a ouvir as estórias com muito cuidado, com muito brilho nos olhos, isto é, têm experiência, sabem o que estão a fazer”, referiu em declarações ao Jornal Diário da Lagoa.
Valter Peres refere ser esta uma forma de desenvolver a cultura, servindo para o desenvolvimento do conto, da literatura, do saber ler e escrever.
Segundo disse, “é necessário que não se perca as estórias que fazem parte do povo, e para isso, o contar estórias, no caso da tradição oral, algumas contadas por outros contadores, ou pessoas mais velhas, desde logo mantem-se aquilo que de melhor temos, e junto das crianças, estas irão manter-se por muito tempo”.
O ator nesta entrevista refere que “na aérea cultural, tudo é trabalho, pedra a pedra, um dia pode-se destruir, um serão de contros leva muito tempo a criar público, mas um mau momento pode destruir todo o trabalho”.
“O caminho faz-se caminhando”, diz Valter Peres, que considera que se está a evoluir bem, mas como em tudo, neste desenvolvimento há casos que não se gosta, “considero que a gente nova que trabalha na biblioteca, sendo o caso da Lagoa, estão com gana para trabalhar, sendo esta uma vantagem”.
O ator revele que há que aproveitar estes animadores que têm vontade para trabalhar, e destaca o trabalho realizado na Lagoa, onde diz notar-se claramente que este trabalho de crescimento está a ser feito.
Por outro lado, refere que as novas tecnologias têm sido um aliado e não prejudicial, ao contrário do que se poderia pensar, mas há que saber balizar, ou seja, “ é preciso saber colocar o que se quer que as crianças leiam à frente delas”.
“Mas o vir à biblioteca continua a ser um hábito e assim sendo estamos a ganhar com certeza”, disse.
Valter Peres, nasceu em 1976, é presidente, ator e encenador do grupo de teatro “Alpendre” da ilha Terceira, e tem uma vasta experiência na área artística.
DL
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