O Clube Operário Desportivo jogou contra o Lusitano Évora, em partida da jornada 6, do Campeonato de Portugal, Série D, da Liga 2, no Complexo Desportivo do Lusitano, no passado domingo, 6 de outubro.
Apesar dos esforços dos fabris, o Lusitano Évora ganhou por 2-0, no jogo arbitrado por Diogo Coelho.
Logo aos 28 minutos do jogo, Dida aproveitou uma oportunidade, e aumentou vantagem da equipa eborense para 1-0.
Na segunda parte, os fabris inquietaram-se e Fábio Mesquita viu o cartão vermelho aos 54 minutos, ficando a equipa lagoense reduzida a 10. Manuel Sousa e Dani Sousa, por sua vez, viram cartões amarelos, a poucos momentos do árbitro assinalar os 90 minutos.
O Lusitano Évora, jogando em casa, insistiu até aos últimos minutos para elevar a vantagem. Cassiano marcou no prolongamento, aos 97 minutos, ditando um desfecho de dois golos sofridos pelos fabris.
O Operário encontra-se agora na 9.ª posição da classificação, com seis pontos (duas vitórias e duas derrotas). O Lusitano Évora, com 14 pontos, está em primeiro no campeonato.
A vitória sobre o Sport Club Angrense por 2-0 no passado dia 21 de abril, no Campo João Gualberto Borges Arruda, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário, na Lagoa, levou o Clube Operário Desportivo (COD) a sagrar-se campeão, na 17.ª e penúltima jornada do Campeonato de Futebol dos Açores (CFA) 2023/2024. Ao somar 14 vitórias no CFA, os fabris garantiram o regresso ao Campeonato de Portugal pela quinta vez na sua história.
O primeiro golo dos fabris foi marcado por Daniel Sousa, logo no início da partida, aos três minutos. Aos 38 minutos, Lucas Reis colocou o Operário a dois pontos de vantagem à equipa terceirense, assegurando o título.
Numa primeira parte em que o clube lagoense se superiorizou em relação ao adversário, os adeptos nas bancadas começaram a fazer a festa.
Na segunda parte o Operário foi gerindo o esforço e o Angrense teve ainda uma oportunidade para reduzir o marcador no placard por Adriano Soares, mas o jogador da ilha Terceira atirou por cima da baliza de Hugo Viveiros.
No final da partida, o treinador, o presidente, dirigentes, sócios, adeptos e a claque Fúria Fabril fizeram a festa no relvado três anos depois do último título. Trata-se do quinto título de campeão de futebol dos Açores do Clube Operário Desportivo.
Já no dia seguinte, após a partida, em declarações ao Diário da Lagoa (DL), o treinador Bruno Vieira, que ergue assim o seu primeiro troféu como treinador da equipa sénior, salienta que o percurso do clube foi um “processo contínuo” em relação à época anterior em que assumiu o comando técnico da equipa a apenas alguns jogos do campeonato terminar.
“Tínhamos a ambição de lutar para subir de divisão, o que não foi possível, e depois na Taça de São Miguel em que voltamos a não ser felizes”, começa por recordar.
“O processo de continuidade assentou em ter um dever para cumprir perante o clube, pois sentimos que nos faltava algo. Isso foi muito importante para entrarmos com o espírito de missão nesta temporada”, assegurou o treinador fabril.
Questionado sobre o facto da equipa ter conseguido recuperar o apoio dos adeptos e da claque Fúria Fabril, Bruno evidencia que se trata de “todo um trabalho invisível em que apenas sou mais um” para depois destacar que este é o seu quarto ano de ligação ao clube lagoense.“Para mim outro grande motivo de orgulho que coloco ao mesmo nível de ser campeão é termos agora cento e tal atletas no clube, a contar com os miúdos, quando há quatro anos eram apenas cerca de vinte”, realça o treinador.
“Agora eles já vão para os treinos e jogos com a camisola do clube, ficam e gostam de estar ali connosco”, por isso está “com o sentimento de dever cumprido”.
O segredo para a conquista do título diz que se trata de “muito trabalho” e de um reajustamento “nos momentos de dúvida não deixar que um grão de areia se torne em dois, três e quatro grãos”, destacando que é necessário “ser rigoroso, trabalhar e ser fiel nas ideias” assegurando que o pormenor faz a diferença porque “muitas vezes chama-me chato no treino”. Quanto ao futuro diz que haverá tempo para parar e pensar para “tomar um rumo”.
Esta é a quinta subida de divisão do clube lagoense. A primeira de todas foi em 1990/91 sob o comando técnico de Armando Fontes. Nessa época, o vencedor de cada ilha disputava a Taça dos Campeões Açorianos e o vencedor rumava aos nacionais. Nesse ano o Operário ganhou todos os títulos que havia para ganhar. A segunda conquista aconteceu em 1995/96, com o treinador Mariano Raposo e a terceira em 2003/2004 sob o comando técnico de Portela. A quarta conquista do título de campeão dos Açores aconteceu em 2020/2021, pela mão do treinador Emanuel Simão. Agora, a quinta da história do clube foi alcançada ao comando de Bruno Vieira.
Logo após a conquista do título de campeão, os fabris voltaram ao campo, em provas decisivas.
No passado dia 28 de abril, Operário derrotou, por 4-1, o Juventude Desportiva Lajense, na casa da equipa terceirense, no Campo Manuel Linhares Lima, Praia da Vitória.
Neste encontro da 18.º jornada do Campeonato de Futebol dos Açores, o fabril Matheus Bunsas inaugurou o marcador, aos 44 minutos. Dezasseis minutos depois, aos 60, Vítor Miranda, da equipa terceirence, igualou os pontos. No entanto, seis minutos depois, Jarju colocou a equipa lagoense novamente em vantagem. Seguiu-se dois golos de Diogo Medeiros, um aos 75 minutos, e outro aos 89, assegurando a vitória ao Operário.
Na última quarta-feira, 1 de maio, o Operário e o Clube Desportivo de Rabo de Peixe (CDRP) defrontaram-se na final da Taça de São Miguel, no Campo Marquês Jácome Correia.
O marcador só inaugurou aos 67 minutos, com o único golo do jogo, de Rafael Benevides, da equipa dos pescadores.
Os fabris ainda tentaram igualar, aos 81 minutos, com uma bola rematada por Mamadu Candé, de livre, que passou perto do poste. Aos 90, o Operário teve mais uma oportunidade, mas Rodrigo Simão cabeceou à barra.
O tempo esgotou-se e o desfecho impediu o clube lagoense de agarrar a Taça de São Miguel.