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“Quando entramos dentro de uma área marinha protegida, há uma explosão de vida”

Processo de consulta pública da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores terminou no mês passado tendo recebido cerca de 200 contributos. Quisemos perceber como está o mar que nos abraça e o que é preciso fazer para preservar um dos ativos mais importantes do planeta

Imagem obtida na reserva do Garajau, no arquipélago da Madeira © CORTESIA NUNO SÁ

“Quando comecei a mergulhar era tanto o peixe no fundo do mar que quando vínhamos para a superfície ficávamos inebriados. Nos últimos anos, deixei de mergulhar porque ia para o fundo para ver pedras e peixe miúdo de fundo. Houve uma degradação brutal do fundo do mar”. As palavras são de Luís Resendes, mergulhador há 45 anos. É desde essa altura que mergulha com escafandro, um equipamento de proteção de mergulho com um icónico “capacete” que permite mergulhar a grandes profundidades. 

Luís Resendes não tem dúvidas de que a pressão da atual procura pelo peixe, associada à industrialização da pesca tem causado danos irreparáveis. “Os nossos fundos do mar estão a ficar completamente desertos. A tendência de quem faz mergulho é ir para onde tem peixe ou ainda tem algum peixe. Porque...

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