O Presidente do Governo defendeu a necessidade da produção, da transformação e da comercialização unirem esforços para fazer face aos desafios que o setor do leite vai enfrentar, condição “absolutamente fundamental” para que os Açores possam continuar a ser uma referência nacional neste setor. 

“Temos o melhor leite produzido no país, modernas fábricas suportadas na inovação, uma imagem de marca de confiança que nos abre portas nos mercados externos e temos um tecido produtivo cada vez mais consciente da necessidade da profissionalização”, afirmou Vasco Cordeiro, que falava no encerramento do colóquio ’60 Anos da Unileite em Defesa do Produtor de Leite’. 

Na sua intervenção, o Presidente do Governo manifestou-se convicto de que, através da coordenação de estratégias e sinergias entre a produção, a transformação e a comercialização, a agricultura açoriana tem condições para se afirmar num mercado do leite mais liberalizado, resultante da abolição do regime de quotas. 

Para isso, anunciou que o Governo prevê, na Carta Regional de Obras Públicas, “um investimento superior a 30 milhões de euros a realizar nesta legislatura para o abastecimento de água e de energia elétrica e para a melhoria da rede de caminhos, que vai beneficiar cerca de 4.400 de agricultores açorianos”. 

No encerramento do colóquio, Vasco Cordeiro frisou, por outro lado, que a Estratégia de Desenvolvimento Rural para o período 2014/2020 assenta numa estrutura de três pilares, nomeadamente a competitividade produtiva e territorial, a sustentabilidade dos recursos naturais e uma abordagem integrada do desenvolvimento rural. 

Para este período de programação financeira, será feita uma “aposta muito forte” na formação profissional e na aquisição de competências dos recursos humanos, no apoio financeiro à contratação de técnicos especializados para as organizações e associações, assim como no apoio à instalação de jovens agricultores. 

Num evento que assinalou o 60.º aniversário da Unileite, Vasco Cordeiro destacou o contributo desta cooperativa para a economia regional, não apenas pelos postos de trabalho que cria e pela riqueza que gera, mas também pelo volume de exportações dos seus produtos. 

DL/GaCS