O Diário da Lagoa entrevistou os candidatos à presidência da Câmara Municipal da Lagoa. Conheça as respostas do candidato do Partido Social Democrata, Rúben Cabral

DL: Porque se candidata nestas eleições?
Porque entendi que era o meu dever. Desde cedo que me envolvo na vida política da Lagoa e percebi o afastamento entre os valores democráticos que aprendi no PSD e o que se praticava no concelho. Vi princípios a serem atropelados em favor de interesses particulares e quero devolver a Lagoa aos lagoenses. Apesar da passagem pela Assembleia Legislativa Regional, o meu foco sempre foi a Lagoa. Quando o partido me desafiou a avançar, percebi que adiar seria desperdiçar uma visão já amadurecida e uma vontade firme de implementar as reformas que a nossa terra precisa.

DL: Quais são os seus objetivos para o concelho?
Quero afirmar que a Lagoa não pertence a um partido, mas a todos os lagoenses. Pretendo valorizar os órgãos políticos e os serviços municipais como espaços de debate e de colaboração, e não de poder absoluto. Se criarmos pontes entre diferentes sensibilidades, poderemos entrar numa nova era de desenvolvimento centrado nas pessoas. Temos um programa sério, construído pela minha equipa e pelo partido, que reflete uma nova cultura de relacionamento com os munícipes — participativa, moderna e transparente.

DL: O que considera mais urgente resolver?
É preciso agir com visão estratégica, mas também responder a urgências. A principal é a habitação. Propomos medidas como o Conselho Municipal de Habitação, a Via Verde da Habitação, programas de apoio ao arrendamento, revisão dos regulamentos de habitação social, criação de cooperativas e construção pública. Também queremos preservar o património identitário, apoiar a criação de uma corporação de bombeiros própria, requalificar a orla marítima e melhorar a mobilidade com transportes coletivos municipais.

DL: Que mensagem deixa aos lagoenses?
Eu tive a oportunidade de conversar com tantas pessoas nestes últimos tempos e estou grato por ter tido esta oportunidade. Conversei mesmo. Os organizadores da minha campanha ficaram doídos com o tempo que eu passava com cada pessoa. Neste momento só tenho uma palavra: aquilo que conversámos é mesmo para levar a sério.