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Estética nos cuidados paliativos: o voluntariado que aproxima mulheres

Para Eleni Kouris, o voluntariado resume-se a um gesto: olhar nos olhos das utentes e reconhecer os seus sacrifícios. Unhas, sobrancelhas e maquilhagem servem de desculpa para conversar com elas e para dar “um apoio de mulher para mulher”, confessa ao Diário da Lagoa

Eleni Kouris tem 57 anos e vive em São Miguel há 23 anos © CLIFE BOTELHO

“Olá. Sou esteticista e vou tratar de si para se sentir ainda mais bonita. O que precisa? Vamos fazer sobrancelhas? É oferta do hospital, vamos.” É assim o primeiro contacto de Eleni Kouris, 57 anos, com as utentes da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), onde faz voluntariado há cerca de nove anos. Mas é um trabalho mais profundo do que parece, que não se resume a unhas, buços, sobrancelhas, maquilhagem ou depilação – no qual “recebe-se muito mais do que se dá”, destaca em conversa com o Diário da Lagoa.

Eleni Kouris, de nacionalidades grega e australiana, vive em São Miguel há 23 anos. Foi por convite de uma enfermeira-chefe que começou a prestar serviços de estética, de forma voluntária, a pacientes internadas. Há quase uma década, percorre os corredores...

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