Para reduzir a pressão ambiental na Reserva Natural da Lagoa do Fogo, entraram em vigor, no mês passado, novas alterações para a circulação de veículos no acesso aos miradouros numa das zonas mais turísticas da ilha de São Miguel. Até setembro, está interdito o acesso aos carros alugados. Residentes, guias ou empresas de turismo continuam a poder aceder aos espaços nos próprios veículos. Mas os turistas que chegam em carros alugados, têm de estacionar junto à Casa da Água, no lugar dos Remédios em Santa Cruz, Lagoa, ou no parque de acesso à Caldeira Velha, na Ribeira Grande. Existem dois autocarros, da empresa Atlântico Energy, que transportam os passageiros pelos vários pontos turísticos do lado sul e norte da Lagoa do Fogo. A viagem de ida e volta custa cinco euros para quem vem de fora mas é gratuita para residentes. 

O Diário da Lagoa foi até à Lagoa do Fogo para recolher a opinião de quem utiliza este novo sistema de transporte.

Reyne Lieftinck, turista holandês

Saímos do autocarro no parque de estacionamento e pensámos que íamos entrar no mesmo sítio. Afinal não era esse o sítio para esperar. Não havia sinais, mas tivemos de nos habituar com isso. Quando cá chegamos, o autocarro estava pronto para sair e nós não nos informamos como isto funcionava e onde eram as paragens. Pensávamos que havia vários autocarros para sairmos e darmos um passeio por aí. Quando chegamos aqui, só nos perguntávamos o que se estava a passar? Devia haver autocarros de vez em quando, mas nós não sabíamos quando. Porque estavam dois estacionados quando saímos e não havia nada lá, não havia informação. O condutor não falava nada inglês. Um outro rapaz que estava a passar por aqui, ele passou acidentalmente por nós e ajudou-nos. Foi engraçado.

Pedro Rangel, turista português

Estou a gostar do serviço, acho que é muito prático. É pena as condições de visibilidade, mas isso já não depende do serviço. O preço é razoável e acho que é acessível a toda gente. Em termos de tempo de espera, nos vários locais não tenho tido motivo de queixa em relação a isso.

Irene Lieftinck, turista holandesa

Nós fomos lá cima, ao miradouro da Lagoa do Fogo. Queríamos andar um pouco por lá e voltar no autocarro, mas não havia autocarro. Tivemos de esperar bastante tempo. Quando o autocarro apareceu ia para o outro lado, por isso esperamos mais um pouco. Entretanto, chegou um autocarro, mas ele parou no miradouro e nós estávamos no parque de estacionamento. Quando ele foi embora, tivemos de o pedir para parar, caso contrário ele passaria por nós. Não havia sinais, nem horários dos transportes, nada.

Acho que são necessários mais autocarros, mais sinais com os horários, com informações onde seriam as paragens, onde entramos e saímos do autocarro. Talvez o condutor do autocarro pudesse dizer “esta é a primeira paragem, esta é a segunda” todos os passos durante a viagem. Nós pensávamos que não entendíamos por sermos velhos, é sempre esse o nosso problema [risos].

Julien Gagnon, turista canadiano

Estamos a gostar da nossa viagem, é muito bonito. Acho que o serviço funciona bem. Só o estamos a experienciar agora, mas parece-me bem. Em relação ao preço, também acho ok.  

Alberto Provedel, turista italiano

Achei fixe! É bom ter a oportunidade de tirar fotos nas paragens, porque para uns minutos em cada uma. Hoje a vista não está muito boa, mas o serviço é muito bom. O preço é razoável porque dá para pagar e apanhar o autocarro seguinte.

Conseguimos entrar primeiro no autocarro e conseguimos lugar para os quatro, somos um grupo de quatro. O tempo de paragem foi perfeito hoje, por exemplo, para tirar umas fotos porque não tinha muita vista, mas temos a possibilidade de ficar mais tempo e apanhar o autocarro seguinte.

Sara Sousa Oliveira