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“Todas as pessoas cultas que há em Portugal conheciam a Natália”

Carlos Melo Bento nasceu, em casa, na Rua dos Manaias, em 1941, e ali cresceu, em Ponta Delgada. Foi na maior cidade do arquipélago que fez a escola primária e o liceu, até ir cursar Direito para Lisboa. Foi na capital que conheceu Natália Correia. O Diário da Lagoa (DL) foi ao encontro do advogado que privou com Natália, saber afinal, quem foi e o que fez a maior poetisa nascida nos Açores, numa conversa que começou na Tabacaria Açoriana e terminou no seu escritório

Carlos Melo Bento, 82 anos, é advogado e autor de diversas obras no campo da Arqueologia, História dos Açores e Biografia © CLIFE BOTELHO/ DL

DL: Como conhece Natália Correia?
Eu já conhecia a Natália de vista em Lisboa, mas não sabia quem era. A primeira vez que a vi foi no Tribunal da Boa Hora, porque eu estudava na Faculdade de Direito e, todas as semanas, ia assistir a um julgamento ou outro.

DL: Quando?
Em 1961 ou 62. E vejo aquela senhora de boquilha, uma mulher lindíssima, aos berros: “o que é que eu não terei de fazer ainda hoje para me esquecer desta espelunca?”. No tribunal, aquilo tinha um claustro, ela aos berros, ouvia-se nas salas. “Champanhe, tragam-me champanhe!”,...

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