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SPEA promove resgate de cagarros em Vila Franca do Campo, Nordeste, Povoação e Faial da Terra

© SIARAM

A Campanha SOS Cagarro decorre entre 1 de outubro e 15 de novembro, período que coincide com a saída dos cagarros juvenis dos ninhos para o primeiro voo oceânico.

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) associa-se novamente à campanha, promovendo brigadas de resgate em Vila Franca do Campo (VFC), Nordeste, Povoação e Faial da Terra, de 20 de outubro a 10 de novembro, segundo comunicado da SPEA, que convida a todos os que se queiram voluntariar a participar nas iniciativas.

Para as brigadas na marina e porto de Vila Franca do Campo, locais com maior número de quedas de cagarros do arquipélago, os interessados podem realizar a sua inscrição no site do Centro Ambiental do Priolo.

Em Vila Franca do Campo, as brigadas começaram a partir das 19h30 e das 20h00, podendo prolongar-se até de madrugada. Os locais de encontro são no Marina Bar (19h30), e no Clube Naval de VFC (20h00).

Nos feriados e aos fins de semana, ou seja, 26 e 27 de e outubro e 1, 2 e 3 de novembro, acontecem as libertações das aves resgatados, a partir das 10h00. O local de encontro é no Clube Naval, e o local de libertação vai ser no parque de lazer Poço Largo.

O cagarro (Calonectris borealis) é uma ave marinha que nidifica nos Açores (cerca de 75% da sua população mundial nidifica na região). Em outubro, estas aves iniciam a sua migração para o Sul, percorrendo milhares de quilómetros até chegar ao seu destino.

São aves muito ativas durante a noite, e a poluição luminosa provoca o encandeamento de muitos juvenis que saem dos seus ninhos, caindo por terra e ficando sujeitos a ser atropelados ou mortos por predadores.

Reservas florestais dos Açores recebem meio milhão de visitantes por ano

© D.R.

O secretário regional da Agricultura e Alimentação disse hoje, em Ponta Delgada, que as reservas florestais de recreio constituem “o cartão-de-visita da floresta açoriana, pretendendo-se que sejam, cada vez mais, espaços versáteis, multifuncionais, emocionalmente reconfortantes e que deixem gratas recordações a quem as visita”, segundo comunicado do Governo regional.

António Ventura falava no âmbito de uma visita à Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz, onde adiantou que “estes espaços, sob a administração florestal, que ocupam um total de 570 hectares e constituem as 27 reservas florestais de recreio da região em oito das nove ilhas, recebem anualmente cerca de 500 mil visitantes, entre turistas e locais”.

“Para assegurar estas pretensões, é muito importante fazer uma aposta estratégica, efetiva e determinada no potencial do recreio florestal que passa pela valorização de espaços, pela requalificação de infraestruturas, que não conseguem dar resposta às novas necessidades e expetativas e inovar nas respostas aos desafios do tempo que aí vem”, defende, citado na mesma nota.

O governante frisou que nos últimos anos, “fruto das políticas florestais implementadas, tem sido possível criar condições para o usufruto popular destes espaços florestais através de diversas intervenções que visaram a criação e beneficiação de zonas de lazer, aprazíveis e com condições infraestruturais que permitem às populações usufruir das reservas de forma adequada, adulta, consciente e disciplinada, permitindo a valorização destes espaços pelos açorianos”, lê-se ainda.

O secretário regional salienta, assim, os investimentos que têm sido feitos nestes espaços, designadamente no melhoramento das instalações sanitárias e de zonas de lazer, nomeadamente de churrasqueiras, fornos, palheiros, mesas e bancos; a potencialização da flora endémica; a adaptação das reservas a indivíduos de mobilidade reduzida; a melhoria de acessos e instalações mais incorporativas, assim como de expositores de animais, “numa estimativa anual de 1,3 milhões de euros”.

Para além da promoção de múltiplos usos destinados ao lazer e ao recreio, como circuitos de manutenção física, equipamentos de recreio infantil e miradouros, têm sido desenvolvidas ao longo dos anos diversas atividades educativas, nomeadamente visitas guiadas e percursos didáticos, que “são a concretização de diferentes estratégias no âmbito da educação ambiental e da divulgação florestal”.

“O aumento do fluxo turístico na Região e da qualidade de vida das populações justificam a procura crescente e uma maior participação nas atividades de recreio ao ar livre”, acrescentou. 

O responsável pela pasta dos recursos florestais disse ainda que, “sendo um instrumento potenciador na valorização do espaço público natural”, as reservas florestais de recreio dos Açores dão garantias de um crescimento integrado e sustentado da oferta turística, com a descentralização dos equipamentos de recreio florestal pelas ilhas.

Nos Açores, a floresta representa uma área de aproximadamente 30% da superfície do arquipélago, fazendo parte integrante da paisagem das ilhas. A utilização da paisagem florestal processa-se a partir de zonas muito localizadas, contidas, devidamente adaptadas e sujeitas a cuidados de manutenção e vigilância permanentes, devidamente preparados para proporcionar conforto, segurança e funcionalidade.

Dia Mundial do Vigilante da Natureza assinalado na ilha Terceira com encontro

© GRA

A Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, assinalou na passada quarta-feira, 31 de julho, o Dia Mundial do Vigilante da Natureza, com a realização do Encontro Regional de Vigilantes da Natureza, na ilha Terceira.

O encontro, que decorreu ao longo de dois dias, contemplou uma componente formativa, com uma formação ministrada pela Inspeção Regional do Ambiente, subordinada ao tema da “contraordenação ambiental e elaboração dos autos de notícia”, bem como um conjunto de atividades de campo, como a realização do trilho pedestre Algar do Carvão – Furnas do Enxofre, promovido e mantido pela Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, em área de Parque Natural de Ilha, e visitas a várias zonas de intervenção dos projetos LIFE a decorrer na Terceira, segundo comunicado do governo açoriano.

Este trilho resulta do trabalho efetuado pela equipa de operacionais da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática e permite uma ligação pedestre entre os Monumentos Naturais do Algar do Carvão e das Furnas do Enxofre, oferecendo vistas panorâmicas sobre diversas formações geológicas e geossítios, como a Caldeira Guilherme Moniz, o Pico Alto ou a Caldeira de Santa Bárbara e Mistérios Negros,  possibilitando caminhar ao longo de manchas de floresta Laurissilva e de flora autóctone e ainda visitar o Campo Fumarólico das Furnas do Enxofre, lê-se, na mesma nota.

O secretário regional com a pasta do ambiente, Alonso Miguel, enalteceu o papel fundamental dos vigilantes da natureza “para a proteção do extraordinário património natural dos Açores, representando a linha da frente para a defesa da qualidade ambiental, para a conservação e valorização do património natural, e, em última instância, para assegurar o próprio desenvolvimento sustentável da Região”.

“O Governo Regional, através desta Secretaria, tem assumido como prioritária a melhoria das condições do trabalho dos nossos Vigilantes da Natureza, ao longo destes últimos três anos, em reconhecimento da importância do papel do Vigilante da Natureza para esta exigente missão e da sua relevância ao nível da colaboração com diversos departamentos da Administração Pública Regional e Local, bem como para a sensibilização e educação ambiental”, sublinha Alonso Miguel.

Alonso Miguel destacou o reforço do corpo de vigilantes da natureza com a contratação de mais 12 efetivos e a aquisição de equipamentos fundamentais para uma adequada atuação dos vigilantes, designadamente viaturas pick-up, embarcações pneumáticas e maquinaria, num investimento de cerca de um milhão de euros.

“Foram também promovidas diversas formações e adquiridos drones para cada um dos nove Serviços de Ambiente e Alterações Climáticas, representando um investimento de cerca de 60 mil euros, e que estão ao dispor do corpo de Vigilantes da Natureza”, frisou o secretário, citado no comunicado.

O secretário regional referiu ainda que “o processo de aquisição global de fardamento dos Vigilantes da natureza se encontra concluído, com exceção apenas da aquisição do equipamento de montanha, para os Vigilantes do Pico, para que seja possível garantir uma presença mais regular no trilho da montanha”.

Alonso Miguel demonstrou “insatisfação e desilusão” por se ter verificado, no âmbito da valorização da carreira dos Vigilantes da Natureza, após a garantia deixada pelo anterior Governo da República, através do Senhor Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, no âmbito do Encontro Mundial de Vigilantes da Natureza, realizado em outubro do ano passado, no Faial, de que até ao final de 2023 seria revista a carreira, o não cumprimento desse compromisso.

O governante salientou que “da parte do Governo Regional, dentro das competências próprias, foram promovidos 17 Vigilantes da Natureza, com efeitos a partir do dia 1 de agosto”.

No final da cerimónia, o secretário regional do Ambiente e Ação Climática agraciou os Vigilantes da Natureza mais antigos dos Açores com louvores, “como forma de um justo reconhecimento pelo trabalho prestado e pelo contributo dados para a preservação ambiental, ao longo de mais de 20 anos”.

SPEA Açores organiza visita à Mata dos Bispos

Com transporte gratuito a partir de Ponta Delgada, participantes vão poder caminhar no interior da floresta laurissilva restaurada. Será explicado como é desenvolvido um projeto de conservação da natureza, os seus desafios e benefícios

© SPEA

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA Açores) vai promover, no próximo dia 25 de maio, uma visita guiada à Mata dos Bispos, na Povoação, zona que está a ser alvo de restauro ecológico.

Segundo comunicado da SPEA Açores, a iniciativa está inserida na atividade “Restaurar a Laurissilva” para comemorar o Dia Europeu da Rede Natura 2000 e o Dia Internacional da Biodiversidade.

A visita conta com transporte gratuito de Ponta Delgada até à Mata dos Bispos, localizada na costa sul de São Miguel, na Povoação. A atividade é gratuita, mas é obrigatório efetuar a inscrição, no website do Centro Ambiental do Priolo.

Os participantes vão ter a oportunidade de caminhar no interior de uma mancha de floresta Laurissilva restaurada, onde também lhes será explicado como é desenvolvido um projeto de conservação da natureza, os seus desafios e benefícios.

Como explica a mesma nota, a Mata dos Bispos, a exemplo de outras áreas intervencionadas pela SPEA, tem sido objeto de estudos e restauro ecológico de diferentes habitats da floresta Laurissilva (floresta nativa dos Açores e habitat prioritário para o Priolo), no âmbito dos projetos LIFE Laurissilva (2009-2013), LIFE Terras do Priolo (2014 a 2019) e, mais recentemente, LIFE IP Azores Natura (2019-2027).

“Os mais de 10 anos de trabalho nesta área fazem dela um excelente laboratório para observar diferentes técnicas e resultados do restauro ecológico levadas a cabo, como por exemplo, técnicas de engenharia natural. É a melhor forma de demonstrar que a conservação de áreas com estas características é possível”, afirma Rui Botelho, coordenador da SPEA nos Açores, citado no comunicado.

O ponto de encontro da atividade está marcado para as 8h45 na Escola Secundária Domingos Rebelo e o transporte acontece de autocarro até ao local da atividade. Na zona da Mata dos Bispos, será realizada uma caminhada de aproximadamente seis quilómetros para observar as diferentes áreas restauradas.

Devido à sua localização e caraterísticas, a Mata dos Bispos é fundamental para o abastecimento de água da Povoação, sendo o restauro dos habitats existentes nesta área importantes também para garantir a disponibilidade de água e a regulação hídrica evitando enchentes durante períodos de chuva torrencial.

Plantados 152 hectares de floresta nos Açores

© D.R.

No passado mês de abril, terminou a época de plantação de espaços florestais 2023-2024, tendo sido plantados um total de 152 hectares em áreas públicas e privadas de floresta de produção e de floresta de proteção, segundo comunicado do secretário regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura.

Relativamente às florestas de produção, foram plantados cerca de 57 hectares de floresta de produção nas áreas privadas e 31 hectares nas áreas públicas, maioritariamente com espécies resinosas, lê-se, ainda, na nota.

No que diz respeito às florestas de proteção, foram plantados cerca de 44 hectares em áreas privadas e 20 hectares em áreas públicas, principalmente com espécies endémicas, autóctones e folhosas.

Citado no mesmo comunicado, o responsável pela pasta das florestas relembrou que este tipo de florestação “protege nascentes, controla a erosão do solo e garante a estabilidade de encostas”, sendo que “as políticas de proteção e fiscalização dos recursos florestais são implementadas para preservar esses importantes ecossistemas, combatendo a desflorestação e promovendo a recuperação de áreas degradadas”.

“Estas plantas foram produzidas nos viveiros dos Serviços Florestais, em virtude do investimento que tem sido realizado nos últimos anos para se aumentar a produção de espécies como o Louro, o Pau branco , o Cedro do mato, o Azevinho, a Faia da terra, a Uva da serra, a Ginga do mato, a Urze, o Sanguinho e o Folhado”, refere o governante.

O Secretário Regional diz ainda que com o encerramento da época de plantação, o trabalho que se segue “é monitorizar o crescimento das plantas e implementar medidas de gestão para garantir o sucesso das florestas, nomeadamente executar as limpezas necessárias para se combater as espécies invasoras de rápido crescimento, que pela sua sombra causam muita mortalidade nas jovens plantações”.

“Para se garantir o sucesso da época de plantação que agora terminou será necessário novo investimento em limpezas, a realizar na próxima época estival ou início do outono, consoante as condições do terreno e das plantas”, conclui.