A Praia do Fogo, da Ribeira Quente e o Portinho do Faial da Terra, viram os galardões de Bandeira Azul e de Qualidade de Ouro hasteados, de acordo com comunicado da Câmara Municipal da Povoação.
A Ribeira Quente ergueu ainda a Bandeira de Praia Acessível e foi distinguida pela “A ZERO” – Associação Sistema Terrestre Sustentável com o galardão de “Praia Zero Poluição”, cuja atribuição é feita quando não é detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas nas águas do areal ao longo das últimas três épocas balneares, explica a mesma nota.
Segundo a autarquia, a praia da Ribeira Quente é uma das mais concorridas de São Miguel, durante a época de veraneio. Este areal, no formato de concha, “é beijado por águas límpidas e por vezes tépidas, em resultado da existência de pequenas fumarolas submarinas que fazem desta praia um dos grandes polos de atração turística do município povoacense”.
No Faial, o Portinho com as suas águas cristalinas, o solário, a área das piscinas e a zona onde os símbolos da atividade baleeira ainda estão bem presentes, são atrativos suficientes para levar centenas de visitantes à freguesia “Presépio da Ilha”, lê-se, no mesmo comunicado.
A empresa Sanguinho – Turismo de Natureza dos Açores, situada no Faial da Terra, em colaboração com a Confraria Internacional Cannabis Portugal lançaram o plantio das primeiras sementes de cânhamo industrial nos Açores, de acordo com comunicado da Câmara Municipal da Povoação.
O momento foi registado numa cerimónia oficial que aconteceu ontem, 22 de maio, num terreno de cultivo da aldeia do Sanguinho e que contou com a presença de várias entidades e participantes.
O cânhamo, ou cânhamo industrial, são variedades da “cannabis sativa”, sendo que a fibra que se obtém desta planta tem, entre outros, usos têxteis. Além de tecidos, o cânhamo é utilizado na fabricação de papel, cordas, alimentos, e na fabricação de óleos, resinas, cerveja e combustíveis. A variante não possui efeitos psicotrópicos presentes nas variantes recreativas (drogas), por apresentar pouca ou nenhuma concentração do composto Tetrahidrocanabinol (THC).
“Este cultivo e outros igualmente previstos, nas ilhas de São Miguel, Terceira, Pico e Flores, representam o culminar de inúmeras reuniões, formações especializadas, três edições da CannAzores – Fórum Transatlântico de Cânhamo e Canábis, em 2021, 2022 e 2023, e duas edições da CannaPortugal – Expo Internacional de Cânhamo e de Canábis, realizadas em Lisboa em 2022 e 2023”, afirmaram as entidades competentes por este projeto, citadas na mesma nota.
Segundo as mesmas fontes, “a fileira do cânhamo industrial é uma área económica de valor acrescentado com base numa planta da família da canábis que não constitui qualquer perigo para a saúde pública, uma vez que os níveis de THC (tetrahidrocanabinoil) são baixos e não produzem efeitos psicotrópicos”.
A Praia do Morro, na Povoação, a Praia do Fogo, na Ribeira Quente e o Portinho do Faial da Terra voltam, este ano, a fazer parte do leque das zonas balneares que vão hastear a Bandeira azul no concelho da Povoação, segundo nota de imprensa remetida pela autarquia.
A este galardão junta-se o de Qualidade de Ouro que será atribuído a estas três zonas do município. A Ribeira Quente hasteia ainda a bandeira de Praia Acessível.
A época balnear conta também com a Praia dos Pelames que, não sendo detentora da bandeira azul, será na mesma uma praia vigiada e ainda com as Piscinas Municipais Oceânicas, explica a mesma nota.
A Câmara Municipal da Povoação anuncia ainda que ao longo da época balnear, em parceria com a SPEA, serão desenvolvidas diversas atividades de educação ambiental nas zonas com Bandeira Azul, nomeadamente ações de sensibilização com participação dos ATL’s do concelho.
“Neste período decorrerão também algumas demonstrações das regras de segurança aos banhistas e o já habitual concurso de construções na areia, intitulado “Esculpir na areia”, organizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Povoação, em parceria com a autarquia povoacense.
O comunicado destaca ainda que “a Praia da Ribeira Quente é a que mais Bandeiras Azuis acumula no seu historial. Este ano está a comemorar 15 anos de excelência da qualidade da água balnear, segurança e gestão ambiental. O Portinho do Faial da Terra conta com 8 anos de Bandeira Azul e a Praia do Morro com 4 anos”.
A época balnear no município da Povoação começa a 1 de junho e termina a 30 setembro.
No âmbito das comemorações dos seus 130 anos de existência, a Sociedade Musical Sagrado Coração de Jesus do Faial da Terra realizou a segunda edição do concerto “Desafios”, no dia 26 de abril, no qual foi executado um repertório de grau elevado, na igreja paroquial de Nossa Senha da Graça, segundo nota de imprensa remetida pela Câmara Municipal da Povoação.
No âmbito destas comemorações, que se irão estender ao longo do ano, já tinham sido também apresentadas a segunda edição do projeto “Ressurection” com o concerto “Mater Salvatoris”, realizado, pela primeira vez, na igreja do Faial da Terra, a 31 de março, repetindo-se depois na igreja da Lomba do Loução e no sábado de Pentecostes será na Matriz da Povoação.
No que diz respeito ao programa das comemorações, além dos concertos e serviços já agendados, para o segundo semestre do ano “estamos a preparar um projeto diferente, que servirá para assinalar o final da época e de um modo simbólico o término das comemorações do nosso 130º aniversário. Mais novidades só mais perto do evento porque ainda aguardamos algumas informações e confirmações”, explicou o maestro da Banda, João Pedro Resendes, citado na mesma nota.
De acordo com o comunicado, foi em novembro de 1891 que nasceu a ideia de criar uma banda de música na freguesia do Faial da Terra, concelho da Povoação, por iniciativa do pároco António Pacheco Vieira, com a colaboração de José Rebelo de Melo, seu primeiro presidente. Deslocaram-se então à freguesia de Furnas para solicitar o apoio do Marquês da Praia e Monforte, que prontamente ofereceu o seu primeiro instrumento. Assim, a filarmónica do Faial da Terra seria oficialmente fundada no dia 18 de abril de 1894. O primeiro regente foi Francisco do Rego Raposo, natural da Ribeira Grande, que logo criou uma escola de música para aprendizes com idade superior a 30 anos.
Após 18 meses de preparação, a primeira saída da banda foi à Igreja de Nossa Senhora da Graça, no Faial da Terra, para visitar o seu padroeiro, Sagrado Coração de Jesus. Com a aprovação dos estatutos, a banda adotou a designação oficial de Sociedade Musical do Sagrado Coração de Jesus. Nesta altura, adquire a sua primeira farda, de cor branca, com o apoio dos emigrantes faialenses.
Como única instituição cultural da freguesia do Faial da Terra, a filarmónica foi, durante muito tempo, o motor do desenvolvimento cultural da freguesia presépio da ilha. Organizou um grupo de teatro, um grupo coral e uma tuna, tendo ainda sido mordoma nos impérios locais do Divino Espírito Santo, lembra ainda a nota da autarquia povoacense.
Atualmente, a filarmónica Sociedade Musical Sagrado Coração de Jesus conta com 36 elementos, com idades compreendidas entre 10 e 75 anos.