Os 212 anos da chegada dos imigrantes açorianos no povoamento de Santo Agostinho, no município de Viana, no Estado brasileiro do Espírito Santo, foram celebrados, no último dia 19 de fevereiro, pela Casa dos Açores do Espírito Santo (CAES). Uma iniciativa que contou com diversas atividades e ações, além de homenagens a nomes que valorizam a cultura do arquipélago nesse estado brasileiro, como Francisco Borba Gonçalves, açoriano da ilha Terceira do concelho da Ribeirinha, que interpretou a música Ilhas de Bruma; o açordescendente José Antônio Borges Alvarenga; e a açordescendente Fabiene Passamani Mariano, guardiã da memória açoriana no Estado do Espírito Santo.
Viana inaugurou o ciclo da imigração europeia para o Espírito Santo oficialmente em fevereiro de 1813. Vieram imigrantes alemães e italianos. Para reduzir a escassez de mão-de-obra agrícola e ajudar a povoar as margens da primeira estrada que ligaria Vitória, capital do Estado, a Minas Gerais, foram chamados também os açorianos, que deixaram marcas profundas na sociedade atual, sobretudo nos aspetos culturais e das tradições.
A Casa dos Açores do Espírito Santo foi inaugurada no dia 25 de julho de 2022, sendo uma instituição Associativa Cultural, que visa “promover a preservação e divulgação da memória cultural, religiosa e histórica da imigração açoriana no Estado do Espírito Santo”. Esta instituição tem sede no município de Apiacá, Espírito Santo, mas reúne os municípios limítrofes do Vale do Itabapoana que tiveram influência açoriana no norte do Rio de Janeiro, como Bom Jesus do Itabapoana (RJ), Bom Jesus do Norte (ES), São José do Calçado (ES), e o município de Viana (ES), na Grande Vitória (ES). Esta é a sétima Casa dos Açores do Brasil, juntando-se às outras 16 Casas dos Açores já existentes também no Canadá, EUA, Bermuda, Uruguai e Portugal continental. A sede da nova casa está a seis quilómetros da divisa com o Estado do Rio de Janeiro, para abranger, institucionalmente, todo o Estado do Espírito Santo, incluindo, especialmente, o Município de Viana, de profunda relação açoriana.
Para explicar os contornos da influência açoriana no Espírito Santo entrevistamos Nino Moreira Seródio, presidente da Casa dos Açores do Espírito Santo, que falou também sobre o evento e a importância de se valorizar e promover a cultura e as tradições dos Açores no Brasil.
DL: Como avalia o evento?
Foi um evento para resgatar as memórias e celebrar a história. Uma noite de emoção. Superou todas as expetativas.
DL: Como foi a homenagem a Francisco Gonçalves, José Borges Alvarenga e Fabiene Mariano?
O Francisco Amaro Gonçalves faz parte da nossa diretoria como diretor de Relações Institucionais. Conheceu o Vale do Itabapoana a convite de Antônio Borges, um açordescendente da família Borges, numa conversa que tiveram num evento na Casa dos Açores do Rio de Janeiro. Conheceu a nossa região e a história do Padre Açoriano Antônio Francisco de Mello que, por 48 anos, foi sacerdote da paróquia do Senhor Bom Jesus. Sempre que pode, está presente nos nossos eventos. É querido por todos. Hoje, é autor da melodia e letra do hino da Casa dos Açores. José Antônio Borges Alvarenga é um açordescendente da família Borges e nosso diretor Cultural e embaixador da CAES na capital do Estado, em Vitória. É apaixonado pela cultura açoriana e também talentoso na sua viagem musical, sempre presente nos nossos eventos. Faz um trabalho também numa reserva da Mata Atlântica, em Santa Tereza. A Professora Fabiene Passamani Mariano é atual secretária de Cultura de Viana e pesquisadora, com diversos trabalhos da Imigração Açoriana no Estado. Sem dúvida, é a maior guardiã da memória açoriana no Estado do Espírito Santo e também nossa diretora cultural, representando o Polo Viana. Todos as homenagens foram merecidas.
DL: Qual influência foi deixada pelos açorianos no Estado?
Os açorianos trouxeram as tradições, a cultura e a história que procuramos manter no Vale do Itabapoana e na Região de Viana, onde iniciou o povoamento das 53 famílias em fevereiro de 1813. Famílias essas vindas das Ilhas do Faial, Terceira e São Miguel.
DL: Como está a vitalidade da Casa dos Açores do Espírito Santo?
Fazemos os nossos eventos mensais e já temos uma programação até o final deste ano.
DL: Que ações têm desenvolvido?
Manter viva as tradições no Estado e trazer mais associados, além de divulgar o arquipélago dos Açores.
DL: Que projetos tem para o futuro?
Que a Casa dos Açores do Espírito Santo seja um ponto de apoio no Brasil para o Governo dos Açores e que possa acomodar os açorianos no futuro com intercâmbios para os jovens que queiram conhecer o Brasil e encontrar os seus ascendentes que para aqui vieram. Vamos criar o dia do Imigrante Açoriano no Vale do Itabapoana, data de 13 de agosto, e inaugurar o monumento ao Imigrante Açoriano.
DL: Como avalia a sua gestão?
Sou suspeito para falar, mas tenho procurado manter as nossas atividades com a nossa diretoria conversando, ouvindo e muitos planos para o futuro.
DL: Que ligação existe hoje entre a CAES e o governo dos Açores?
José Andrade, diretor regional das Comunidades, conhece todo o nosso trabalho em favor da causa açoriana e foi o maior incentivador para que pudéssemos fundar a sétima Casa dos Açores no Brasil. Ele acompanha todo o nosso trabalho junto da diretoria no resgate da nossa história.
DL: Por fim, na sua opinião, o que deve ser feito no sentido de se valorizar e promover cada vez mais a presença e memória açorianas no Espírito Santo?
Você sabe que a cultura hoje tem pouco interesse para a juventude. Mas um povo que não tem memória, não tem história e tem a sua própria identidade. Temos que divulgar as tradições e cultura para as prefeituras de cada município, com o intuito de que possam empenhar em manter viva a sua história e colonização. Estamos no caminho certo e somos otimistas. Os nossos antepassados chegaram aqui e fizeram história através dos seus trabalhos. Faço aqui uma homenagem aos meus bisavós, que imigraram para cá na esperança de sonhos e realizações com três filhos pequenos, sendo o meu avô o mais novo com apenas dois anos de idade. Na lavoura, prosperaram, criaram os filhos, educaram e passaram a ser uma família tradicional na região, os Vieira Seródio. Saíram do Concelho da Povoação, Lomba da Loução, Ilha de São Miguel e se instalaram no Vale do Itabapoana. Somos otimistas e os ventos vislumbram para o crescimento da nossa associação.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada candidatou as XXI Grandes Festas do Divino Espírito Santo ao selo de qualidade ambiental ‘Evento Circular’, “com o objetivo de elevar os padrões de exigência ecológicos e, ao mesmo tempo, certificar as políticas de desenvolvimento sustentável e de circularidade já implementadas nas festividades, avançou o vice-presidente, Pedro Furtado.
O certificado é atribuído pelo Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, e visa distinguir os eventos regionais pelas suas boas práticas em matéria de sustentabilidade, circularidade e preservação ambiental.
“Nas Grandes Festas do Divino Espírito Santo, as políticas de circularidade e de sustentabilidade ambiental estão presentes desde o planeamento e concretização das atividades, à desmontagem dos equipamentos. Mas, este ano, assumimos o desafio de ir mais longe e iremos somar mais medidas ecológicas ao evento, procurando corresponder ao exigente caderno de encargos que a atribuição do certificado ‘Evento Circular’ pressupõe”, refere o autarca, segundo nota de imprensa remetida pela autarquia.
Pedro Furtado indica que, como forma de contribuir para a redução da pegada carbónica, a autarquia fará “um maior controlo dos gastos de água e de energia”, uma “prevenção e quantificação da produção de resíduos ainda mais aprimorada” e um “esforço redobrado para reduzir a quantidade de materiais de plástico” no evento.
De acordo com a câmara de Ponta Delgada, a iniciativa integra um plano específico de gestão de resíduos que procura também acautelar a correta separação, acondicionamento e, por inerência, a eficiente triagem do lixo que é produzido em todos os momentos das Grandes Festas do Divino Espírito Santo.
A autarquia Ponta Delgada diz ter identificados a partilha popular das sopas de Espírito Santo, o cortejo etnográfico, o bodo de leite e o posterior beberete como os pontos de maior produção de resíduos. “Por essa mesma razão, o evento volta a assentar numa lógica de desperdício zero, recorrendo e fornecendo materiais biodegradáveis, reutilizáveis e compostáveis”.
Na partilha popular das sopas do Espírito Santo, que terá novamente lugar no campo de São Francisco, no sábado, a partir das 12h15, os interessados terão de dispensar um euro como caução para poderem fazer uso de um kit ecológico.
O kit contempla um prato e uma colher de cana de açúcar, um copo de plástico reutilizável e um guardanapo de papel, podendo as pessoas serem reembolsadas no final de um circuito definido pela município, que se inicia com uma ação de sensibilização para a reciclagem e termina com a devolução do kit e separação de resíduos nos contentores colocados no local para o efeito.
O Campo de São Francisco volta a disponibilizar duas tendas nas quais constarão dois contentores para papel e cartão de 240 litros de capacidade, assim como quatro contentores para plástico e 10 contentores para resíduos orgânicos de 800 litros, sendo que toda a Avenida Marginal verá reforçados os pontos de deposição de lixo em apoio à realização do cortejo etnográfico, anunciou, ainda, a autarquia.
A autarquia decidiu, igualmente, intensificar a limpeza das áreas onde terão lugar as festas, aumentando as ações de varredura manual e mecânica.
A pegada de carbono das XXI Grandes Festas do Divino Espírito Santo será calculada através do Greenhouse Gas (GHG) Protocol, a metodologia internacional mais utilizada para medir as emissões diretas e indiretas dos gases com efeito de estufa, explica a mesma nota.
Com vista a prolongar o trabalho realizado ao nível da descarbonização, estão programadas ações de reflorestação no concelho e o reforço de medidas promotoras da eficiência energética nos serviços municipais, por via do Departamento de Gestão Ambiental, segundo a autarquia de Ponta Delgada.
A vila de Água de Pau recebe o Império de São Pedro, em honra do Divino Espírito Santo, nos dias 28, 29 e 30 de junho, no largo de Santiago, anunciou esta quarta-feira, 29 de maio, a Câmara da Lagoa.
De acordo com comunicado enviado pela autarquia lagoense, o Império de São Pedro, organizado pela Câmara Municipal, dá início às festividades religiosas no dia 28 de junho, a partir das 20h30, com a bênção do Quarto do Divino Espírito Santo, da massa e do pão. O momento vai contar com a participação da Sociedade Filarmónica Fraternidade Rural, seguindo-se pelas 21h00 da atuação do Grupo Som do Vento e do grupo “Doce Sinfonia” às 22h00.
Já no dia 29 de junho, o programa das festas inicia às 9h00 com a bênção e distribuição, pelos colaboradores da Câmara Municipal da Lagoa, de cerca de 500 pensões em honra do Divino Espírito Santo, que serão oferecidas a todos os portadores do cartão Lagoa + Saúde, em todas as cinco freguesias do concelho.
À noite, todos os interessados podem assistir à animação musical do Império de São Pedro, com a atuação do Grupo de Cantares Vozes do Monte Santo, que vai decorrer às 21h00, e das Cantorias ao Desafio com os cantadores Vítor Ponte e Rui Santos e os tocadores Carlos Câmara e Jacinto Oliveira, a partir das 22h00.
Finalmente, no dia 30 de junho, as festividades iniciam pelas 11h00 com a coroação com os Foliões do Espírito Santo do Grupo de Cantares Vozes do Monte Santo, seguindo-se a eucaristia, presidida pelo padre João Martins Furtado, que terá lugar na igreja de Nossa Senhora do Anjos. Às 16h00 sai a procissão com a coroação do Divino Espírito Santo e a partir das 18h00 decorre a distribuição de sopas, massa sovada e arroz-doce a toda a população. O momento de convívio será animado pela Despensa “Os Companheiros – Grupo de Castanholas de Rabo de Peixe”.
A partir das 20h30, todos os presentes podem assistir à atuação de Gonçalo Machado, do Duo Sempr´Abrir pelas 21h00, seguindo-se às 22h00 do artista pauense Outsidah. Já o sorteio das Domingas irá realizar-se a partir das 23h30.
A Casa dos Açores em Lisboa realiza este domingo, 19 de maio, o tradicional “Almoço da Festa do Divino Espírito Santo”, um evento importante do ponto de vista cultural e religioso na agenda açoriana. Mas, este ano, esta entidade resolveu dar uma demonstração ainda maior da força e da solidariedade açoriana, ao divulgar os cartazes “SOS Rio Grande do Sul” que apelam a “doações internacionais” para a auxiliar a população residente nesse estado brasileiro, que foi duramente atingido por enchentes causadas pelas fortes chuvas que se fizerem sentir nas últimas semanas.
Dados recentes da Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul mostram que o número de mortes provocadas pelas enchentes voltou a subir. Agora são 151 óbitos. O número de municípios atingidos pela tragédia chegou a 458. O número de pessoas afetadas pelos temporais também subiu: são 2,2 milhões de moradores do Estado atingidos de alguma maneira. Mais de 77 mil buscaram abrigos desde o início das chuvas no final de abril. Nas últimas horas, 619 pessoas precisaram ir para abrigos montados no estado.
“Porque este é também um tempo de partilha e de solidariedade, a Casa dos Açores solidariza-se com a Casa dos Açores e o Estado do Rio Grande do Sul. Venha participar na Festa da partilha e da solidariedade”, frisaram os responsáveis pela entidade açoriana na capital portuguesa.
A Casa dos Açores em Lisboa justifica esta incitava solidária e afetiva com o facto de que “os primeiros açorianos chegaram ao Estado do Rio Grande do Sul em 1752; que vive hoje neste Estado uma grande comunidade de açordescendentes; que há dois anos foram celebrados os 250 anos da fundação açoriana da cidade de Porto Alegre; que Gravataí é cidade irmã de Horta (ilha do Faial) e Porto Alegre, cidade irmã de diversas outras cidades, entre elas, Ribeira Grande (ilha de S. Miguel) e Horta”.
“Em situações de catástrofes e de dificuldades da vida, é ao Espírito Santo que o povo ilhéu sempre recorre. (…) Vamos colaborar! Num momento de infortúnio como o que se verifica no Estado do Rio Grande do Sul, toda a ajuda conta para suavizar o sofrimento de tantos açordescendentes”, mencionaram os responsáveis pela Casa dos Açores.
Segundo informações contidas num estudo compilado numa cartilha distribuída na Escola Estadual de Primeiro Grau Osório Duque Estrada, no Brasil, pela professora Ana Luiza Jaskulski, natural de Canoas, no Rio Grande do Sul, mas descendente de imigrantes alemães, a imigração açoriana na região do Rio Grande do Sul merece destaque, pois, “com a penetração portuguesa no Rio Grande de São Pedro, havia a necessidade de casais para povoar e colonizar as terras, assegurando, assim, a posse da região. O pedido da vinda de casais para o sul do Brasil foi feito desde a fundação da Colónia do Sacramento, mas poucos casais para vieram, sendo, na sua grande maioria, de portugueses e brasileiros vindos de Laguna, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. (…) A erupção vulcânica na Ilha do Faial, nos Açores, flagelou os seus moradores, que foram transferidos para outras ilhas do arquipélago. A superpopulação das ilhas, a falta de terras para o plantio, os muitos flagelos da natureza e a miséria em que viviam levaram os açorianos a pedir novas terras ao rei. Em 1746, foi ordenada a vinda de casais em grupos de 60, que seriam distribuídos em cada povoado a ser formado. Os colonizadores homens não poderiam ter mais de 40 anos, e as mulheres, não mais de 30. Assim, deu-se início à propaganda para atrair os novos colonizadores, sendo-lhes oferecidos diversos atrativos: dinheiro, passagem gratuita até a nova morada, ferramentas, armas, sementes, alimentação por um ano, isenção do serviço militar, áreas para plantar (as chamadas datas), duas vacas, uma égua, quatro touros e dois cavalos, sendo os touros e os cavalos para uso de mais de uma família”.
Este mesmo estudo refere, porém, que “essas promessas, no entanto, não foram devidamente cumpridas, pois as datas demoraram muito a ser repartidas e doadas. No início do ano de 1748, chegaram a Santa Catarina os primeiros casais açorianos, os quais enfrentaram uma longa viagem, na qual passaram fome, ficaram doentes, enfrentaram epidemias como o escorbuto e conviveram em más acomodações. Vários morreram na travessia do Atlântico, principalmente crianças. As outras viagens que aconteceram, trazendo mais casais açorianos, não foram diferentes da primeira. Em 1752, começam a chegar a Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, os primeiros casais açorianos que haviam desembarcado em Santa Catarina. Os açorianos seriam levados para a região Missioneira, mas, enquanto não se cumpria o tratado de Madrid, foram conduzidos a vários núcleos que viriam a ser por eles povoados, como Rio Grande, Viamão, Porto do Viamão (Porto Alegre), Triunfo, Santo Amaro e Rio Pardo. Depois da invasão espanhola, os casais que habitavam Rio Grande foram para o Uruguai, e outros fugiram para o Norte, povoando Estreito, Taquari, Santo Antônio da Patrulha, Mostardas e Cachoeira. Alguns dirigiram-se à região da campanha, adquirindo sesmarias, dedicando-se à pecuária e povoando, assim, a campanha gaúcha”.
Ainda de acordo com a professora Ana Luiza Jaskulski, “o açoriano adaptou-se bem ao Rio Grande de São Pedro, dedicando-se à agricultura, plantando trigo, algodão, centeio, cevada, legumes, arroz, cebola, alpiste, melancia, cana de açúcar e uva. Povo católico, de princípio morais rígidos, os açorianos fizeram respeitar os seus lares e as suas famílias. Os índios, os castelhanos, os gaudérios, os aventureiros que se aproximaram dos povoados dos ilhéus assimilaram os seus costumes e as suas tradições. Dos açorianos também é a hospitalidade que o gaúcho herdou, hoje tão apreciada pelos turistas. As suas festas religiosas, como Terno de Reis, Festas Juninas, Festa do Divino, assim como as procissões, as novenas e os presépios, ajudaram a formar a tradição gaúcha. A arquitetura portuguesa das nossas primeiras construções, bem como o uso do tamanco e do chapéu de palha, são costumes que se somaram na formação das tradições do gaúcho”.
“Na culinária gaúcha, os açorianos contribuíram com sonho, arroz de leite, os famosos doces portugueses e uma grande variedade de pratos com peixe. Na música e na dança tradicionalista gaúcha, os ilhéus deixaram a sua herança: o balaio, o tatu, o pezinho, a cana verde, a dança do pau de fita. O açoriano ainda transmitiu ao gaúcho a técnica de plantar pelo sistema do pousio (cultiva-se a terra por dois anos consecutivos e deixa-se que ela descanse por outros dois anos)”, explicou esta professora.
O programa da Festa do Divino Espírito Santo em Lisboa conta com Missa, pelas 12 horas, seguida de coroação de crianças, na Igreja da Lapa, sendo as cerimónias presididas pelo Padre Hermínio Vitorino, natural da ilha de São Jorge, além de Cortejo entre a Igreja da Lapa e a Casa dos Açores em Lisboa, onde haverá o Almoço tradicional com Sopas do Espírito Santo, Carne assada e massa sovada e Arroz doce e massa sovada.