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Lagoense sagra-se campeão mundial de aves de gaiola

Considera-se um “pequeno criador”, mas, mesmo com 27 aves, Frederico Pires já coleciona um vasto número de prémios. É apaixonado pelos seus pássaros, tem o sonho de aumentar as suas criações e de obter mais títulos

Frederico, 33 anos, vive na Ribeira Grande mas é natural da freguesia de Nossa Senhora do Rosário da Lagoa © DL

Natural da freguesia do Rosário, na Lagoa, Frederico Pires, 33 anos, conta ao Diário da Lagoa (DL) que sempre apreciou animais, especialmente aves. “Com 11 anos já tinha cerca de 100 aves, mas agora é que levo isto mais a sério”, refere ao nosso jornal e explica que cresceu neste ambiente com pais e um avô que partilhavam, igualmente, da grande paixão pelos pássaros. “Vem de família, sempre fui habituado assim e foi uma coisa que sempre fez parte de mim”, acrescenta.

Há precisamente dez anos Frederico Pires decidiu fazer da criação de aves de gaiola mais do que um passatempo e, desde então, faz parte da Associação de Avicultores de São Miguel que tem sede nos Arrifes e é é filiada da Federação Ornitológica Portuguesa. Já quanto ao “mundial”, que este ano se realizou em Santa Maria da Feira, foi organizado pela FONP – Federação Ornitológica Nacional Portuguesa juntamente com a COM – Confederação Ornitológica Mundial.

Preparar uma ave vencedora

© DL

Atualmente, cria “agapórnis roseicollis” que, identificados com uma “anilha da federação oficial”, podem ser levados a concursos, onde as suas “caraterísticas” são avaliadas por um “júri”, que “dá uma pontuação à ave”. A dedicação de Frederico Pires na preparação das crias para os campeonatos é visível. Estudou, por si próprio, muito do que sabe sobre pássaros e descreve a importância de trabalhar os atributos da ave. A “plumagem”, a “cor” o “porte” e até as “unhas” e “postura” são fundamentais para uma boa pontuação e as melhores aves nascem de um estudo adequado da “genética”.

No final de janeiro, Frederico venceu, em Santa Maria da Feira, o primeiro lugar no Campeonato Mundial de Ornitologia, juntamente com a “ave fêmea” que afirma ter-lhe “saltado à vista desde que era bebé”, pelas suas “caraterísticas muito boas”. A sua ave obteve quase pontuação máxima, com um resultado de 93 pontos em 95 possíveis.

“É um sonho tornado realidade”

Frederico afirma que “viver no meio do Atlântico” traz algumas dificuldades aos criadores de aves, principalmente devido aos custos de transporte do animal. A “insularidade” torna mais difícil levar as aves às grandes exposições. O criador, no entanto, demonstra fazer tudo para que seja possível levar as suas criações a outros lugares e o orgulho que sente, por ter sido declarado campeão mundial, é mais do que evidente. “Já comecei há dez anos e isso foi a cereja no topo do bolo”, diz ao DL.

Futuramente, Frederico Pires deseja levar outras aves à “Bélgica”, onde se realiza aquilo que é a “liga dos campeões” para os criadores de “agapórnis roseicollis”. Atualmente já iniciou, igualmente, a criação de papagaios, mas dedicar-se às catatuas, araras e aves de grande porte é, também, um dos seus sonhos.

Mundial Santa Maria da Feira 2025

Lagoense Tomás França sagra-se campeão nacional de judo em juvenis

Açores somam dois campeões nacionais e arrecadam sete medalhas. Henrique Coutinho do Judolag alcançou a medalha de bronze

Henrique Coutinho (à esq.) com o treinador Bruno França (ao meio) e Tomás França (à dir.) © AJAA
O lagoense Tomás França, atleta do Judolag, sagrou-se campeão nacional de judo em juvenis este sábado, 22 de junho. Guida Pereira do Clube Judo de Angra do Heroísmo também se sagrou campeã. Henrique Coutinho, natural de Ponta Delgada, mas também do clube lagoense, subiu igualmente ao pódio alcançando o terceiro lugar e a medalha de bronze. No total, os Açores arrecadaram sete medalhas.
 
O Campeonato Nacional de Juvenis, organizado pela Federação Portuguesa de Judo, decorreu em Angeja, e foi destinado a atletas de 13 e 14 anos. Este ano, a competição contou com a participação de 312 atletas de todas as regiões do país.
 
Em declarações ao Diário da Lagoa, o treinador do Judolag, Bruno França diz que “este fim de semana foi fantástico” e explica que entraram “com uma confiança moderada” porque o sorteio foi difícil.
 
“Apanhamos nas eliminatórias duas das equipas candidatas à vitória do campeonato, fomos ganhando até à final e por uma unha negra não fomos campeões nacionais”, realça, referindo-se ao resultado por equipas em que foram vice-campeões.
Quanto ao resultado alcançado, o treinador assegura que se deve ao trabalho que tem sido feito com “muito sacrifício dos atletas famílias, treinadores”.
 
“Raramente somos vistos nas festas, pois, ou estamos a treinar ou em provas. Mas depois vem a recompensa e é super gratificante”, explica o treinador lagoense.
 
A Região Autónoma dos Açores esteve representada por 29 atletas de oito clubes, naquela que é a competição mais importante do calendário nacional para este escalão.
 
Os atletas açorianos destacaram-se ao conquistar um total de sete medalhas: duas de ouro, uma de prata e quatro de bronze.

Resultados dos atletas açorianos

-40kg: Guida Pereira (CJAH) – 1º Lugar
-50kg: Tomás França (JUDOLAG) – 1º Lugar
-42kg: Martim Fagundes (JCRG) – 2º Lugar
-52kg: Frederica Gonçalves (CEJA) – 3º Lugar
-63kg: Joana Roque (CJAH) – 3º Lugar
-73kg: Henrique Coutinho (JUDOLAG) – 3º Lugar
-81kg: Gonçalo Correia (CEDA) – 3º Lugar
-57kg: Sofia Corte-Real (CEJA) – 5º Lugar
-66kg: Marley Santana (CJAH) – 5º Lugar
-63kg: Liliana Veríssimo (CJAH) – 7º Lugar
-73kg: João Tavares (JUDOLAG) – 7º Lugar
-38kg: Miguel Freitas (JUDOLAG) – 9º Lugar
-42kg: João Braga (CJAH) – 9º Lugar
-46kg: Pedro Afonso (CEJA) – 9º Lugar
-66kg: Pedro Dias (JCPD) – 9º Lugar

Árbitros regionais representantes

– Nuno Carvalho (JCPD)
– Nuno Vital (JUDOLAG)
– Cláudia Calado (JUDOLAG)
– Mafalda Silva (CJRG)

Santa Clara sagra-se campeão da Liga 2

© DL

O Santa Clara acaba de sagrar-se campeão da Liga 2 ao levar de vencido o UD Leiria este domingo, 19 de maio, por 2 a 0, no Estádio de São Miguel, perante 7.443 espetadores. A promoção à primeira divisão do futebol nacional já estava garantida, mas para erguer o título a equipa da ilha de São Miguel dependia de si própria.

Depois de uma primeira parte sem golos, o placard só sofreu alteração aos 63 minutos com um golo de Pedro Ferreira. Aos 83 minutos de jogo os açorianos fizeram os adeptos encarnados voltar a saltar nas bancadas do Estádio de São Miguel com o golo de Bruno Almeida.

Os encarnados de Ponta Delgada fecham o campeonato com 73 pontos e deixam o Nacional da Madeira em segundo lugar com 71 pontos, tendo os madeirenses ganho também o jogo de hoje frente ao Mafra por 2 a 0.

Trata-se da segunda vez que o Santa Clara ergue o título de campeão da segunda divisão, tendo o primeiro sido conquistado na época 2000/01.

Esta é a nona vez que o Santa Clara volta à elite do futebol português, o que aconteceu nas épocas de 1999/00, 2001/02, 2002/03, 2018/19, 2019/20, 2020/21, 2021/22 e 2022/23, às quais pode agora acrescentar a de 2024/25.