No âmbito da décima segunda edição do festival internacional de artes, Azores Fringe, o pintor micaelense, Martim Cymbron, estreou o seu novo trabalho de pintura, “UVAS”, patente no Museu do Vinho do Pico, na Madalena, ilha do Pico, até 28 de julho, segundo nota de imprensa da MiratecArts.
Martim Cymbron estudou pintura na Holanda. Regressa aos Açores, abre um atelier de pintura onde trabalha e leciona atualmente. No seu currículo profissional conta com mais de 50 exposições individuais e coletivas entre Holanda, Lisboa, Nova Iorque, Mónaco e as 9 ilhas dos Açores.
Na abertura do evento Martim Cymbron anotou: “Estou feliz de conseguir avançar com mais um projeto de pintura com a MiratecArts. Aqui apresento várias castas de uvas no meu estilo de pintura, com base acrílica e as uvas a óleo, e que aqui fica, no Museu do Vinho, para o público apreciar durante os próximos meses”.
Segundo a MiratecArts, o estilo de pintura que o caracteriza é o surrealismo, contudo, o artista também pinta hiper-realismo e figurativo com a mesma emoção e talento. A sua obra está representada em vários locais onde se destaca: Presidência da República, Parlamento Europeu, Principado de Mónaco, Universidade dos Açores, Consulado Americano dos Açores, Tribunal de Contas entre outros.
No currículo de Martim Cymbron constam 5 prémios internacionais. Com MiratecArts, já participou em vários festivais, exposições, liderou workshops e o encontro Arte Viva; criou o Projeto Saudade, que desde 2017 percorre as várias ilhas dos Açores, encerrando este verão com a exposição na Galeria Municipal de Ponta Delgada.
A exposição “UVAS” pode ser visitada no horário de funcionamento do Museu do Vinho do Pico – de terça a domingo, das 10h00 às 17h30.
O festival internacional de artes “Azores Fringe” chegou à ilha mais pequena dos Açores, o Corvo. Filmes, contos, trabalhos em tricô e madeira, pesquisa e intervenções sociais e educacionais fazem parte da agenda, e ainda visitas turísticas para o grupo de participantes que voaram até ao Corvo, segundo nota de imprensa da MiratecArts, promotora do festival.
O Projeto Tricô da MiratecArts voou do Pico ao Corvo, e algumas das participantes pisaram a ilha pela primeira vez. Um programa de aprendizagem, em parceria com Rosa Mariana Mendonça, do Artesanato do Corvo, “viu algumas das tricotadeiras completarem a sua mini Barreta do Corvo, depois de uma bela viagem à cratera do vulcão, o Caldeirão” lê-se, no mesmo comunicado.
Terry Costa, fundador do Azores Fringe, dinamizou a hora de conto e o David T.P., das Aparas de Madeira e Associação Corvo Vivo deu um workshop para comemorar o Dia da Criança. O Ecomuseu do Corvo, na Casa do Tempo, apresentou a já anual sessão de filmes curtas de animação, SHORTS@FRINGE.
Uma visita de conversa e partilha ao Lar da Santa Casa da Misericórdia, e ainda visitas turísticas a conhecer os espaços culturais da ilha foram apoiados pelo Município.
Ainda antes de se despedir da ilha, Terry Costa visita todos os níveis escolares, hoje, segunda-feira, três de junho, com apresentações dos livros da coleção de grande porte ilustrado da editora Néveda Ent., em colaboração com a Câmara Municipal da Vila do Corvo, que proporciona um livro a cada criança da ilha.
As histórias de Terry Costa, “Néveda nas Américas” ilustrado por Vera Bettencourt, e “Música, Maestro!” ilustrado por Sara e Ivo Baptista, estão em destaque nestas intervenções. “Um fim de semana bem recheado de programa Fringe na ilha mais pequena,” admite Terry Costa. “É sempre um prazer vir ao Corvo, uma das mais acolhedoras ilhas dos Açores. Adoro o Corvo e suas gentes. E fico muito feliz quando participam em algo que ainda não conhecem. Isto é Fringe!”, disse o promotor, citado no mesmo comunicado.
Enquanto alguns artistas continuam os seus projetos de desenvolvimento, o Fringe abre a programação em São Jorge, no próximo fim de semana, e continua com programa semanal na ilha do Pico.
O primeiro fim de semana da 12.º edição do Azores Fringe Festival acontece na Biblioteca Auditório da Madalena, de 17 a 19 de maio, e vai contar com dança, teatro, performance-arte, conferências, debates, apresentação de escritores e seus livros, exposição de desenho, pintura ao vivo e ainda uma feira dedicada às artes e costumes, segundo nota de imprensa da MiratecArts, entidade promotora.
De acordo com o promotor, “as nossas audiências do Pico já estavam habituadas ao epicentro do Fringe ser na propriedade MiratecArts Galeria Costa,” diz Terry Costa, o fundador do Azores Fringe. “Este ano, a nossa sede propriedade está a sofrer algumas mudanças e apostamos no maior espaço da ilha para congregar cerca de 20 eventos durante o festival, assim criando o seu epicentro na Biblioteca Auditório da Madalena, de 17 a 19 de maio, enquanto eventos satélite acontecem em 11 municípios dos Açores até ao final do mês de junho”.
A abertura, na sexta-feira 17 de maio, às 20h, inclui um tributo ao escritor açoriano que publica há 75 anos, Eduíno de Jesus. Uma dança para Dias de Melo, pela bailarina Maria João Albuquerque, arranca o programa do “Encontro Pedras Negras”, que tem como convidado especial Valter Hugo Mãe, e durante o fim de semana apresenta uma dúzia de novas obras de escritores açorianos, incluindo um destaque à coleção N9NA POESIA, liderada por Henrique Levy e Letras Lavadas, de acordo com o mesmo comunicado.
Workshops em escrita para teatro, por Peter Cann, e ainda partilha de saberes com a agente literária Marta Ferreira e a jornalista Maria João Moniz, vão complementar a programação dedicada aos interessados pela escrita e livros. Domingo à noite, no Lounge do Cella Bar, vários escritores vão apresentar as suas últimas obras, incluindo Pedro Almeida Maia.
A novidade para esta edição é a “Feira Fringe” que acolhe vinte artistas de várias ilhas, desde o artesanato à pintura ao vivo. O evento acontece durante o dia de sábado, 18 de maio, na entrada da Biblioteca Auditório da Madalena, e ainda promete “Vésperas de Espírito Santo”.