O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas destacou esta quinta-feira, dia 22 de setembro, no Funchal, o “grande investimento” que tem sido feito nos Açores para o aproveitamento de fontes renováveis de energia, que devem representar mais de metade da produção elétrica do arquipélago em 2019.
“Em 2015, atingimos 35% de produção de fontes renováveis, este ano prevemos atingir os 38 por cento e, em 2019, um valor na ordem dos 56% do total da produção elétrica”, afirmou Rodrigo Oliveira numa intervenção na XIX Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (RUP) da União Europeia, em que participa em representação do Presidente do Governo, Vasco Cordeiro.
Rodrigo Oliveira salientou, por isso, a importância da assinatura do protocolo para a criação da Rede Energia das RUP, que teve hoje lugar no Funchal no âmbito desta Conferência, frisando que esta é uma área em que “os condicionalismos e os sobrecustos são superados pelo aproveitamento dos recursos endógenos e pelo facto de as Regiões Ultraperiféricas serem laboratórios por excelência para a experimentação e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e inovadoras de produção e armazenamento de energia”.
“É o que temos feito nos Açores, através de um grande investimento no aproveitamento de fontes renováveis de energia, tanto pelas autoridades públicas, como por empresas privadas, centros de investigação e universidades, em articulação com o modelo de desenvolvimento da Região”, frisou.
Para o Subsecretário Regional, a Rede de Energia das RUP, que visa uma coordenação entre as administrações, centros tecnológicos e universidades destas regiões europeias, “será um instrumento de grande importância para promover a troca de experiências, a implementação de projetos-piloto e, acima de tudo, para otimizar a canalização de fundos europeus para setores ligados ao novo paradigma energético”.
Segundo o executivo regional, o protocolo assinado entre as nove RUP salienta que a energia representa um setor estratégico e que “uma parte importante do potencial das Regiões Ultraperiféricas reside na utilização de fontes de energia renováveis e no desenvolvimento de métodos de produção que economizem mais energia”.
Este documento recorda que a utilização sustentável das energias e dos recursos naturais constitui um campo de investigação prioritário para a União Europeia, frisando que, nas RUP, “o défice ou ausência de ligação a redes de energia continentais, intra-territoriais e inter-ilhas, conduzem a custos de energia mais elevados”.
Nesse sentido, as nove RUP acordam, nos termos deste protocolo, “elaborar uma estratégia que contribua para a política energética europeia e que tenha definitivamente em conta as potencialidades” destas regiões.
As RUP pretendem, assim, implementar uma ação conjunta de investigação e valorização de energias limpas, de forma a atingir os objetivos da Estratégia Europa 2020, mas também “mobilizar os recursos materiais e humanos necessários e identificar as oportunidades de financiamento para a elaboração e execução de projetos comuns” que resultem da rede agora formalizada.
DL/Gacs
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