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Republic Bar é ponto de encontro para clientes de várias partes da ilha de São Miguel

Hélder Ponte agarrou, há 15 anos, a oportunidade de um pequeno negócio em Santa Cruz, transformando-o num dos bares mais frequentados da cidade da Lagoa. O Republic Bar tem cativado jovens, adultos e turistas que vão à procura de um lugar para estar e conviver

Hélder Ponte tem 51 anos e é o responsável pelo Republic Bar na freguesia de Santa Cruz da Lagoa © DL

Em 2009 o lagoense Hélder Ponte, 51 anos, celebrava o seu aniversário de forma diferente: inaugurava o Republic Bar, em Santa Cruz, na Lagoa. Ao longo do seu percurso, trabalhou na antiga Marisqueira, junto à Igreja Matriz da Lagoa e foi lá, junto de José Artur Cabral, que aprendeu muito daquilo que sabe. “Há 15 anos surgiu a oportunidade de ficar com o espaço e cá estou”, comenta ao Diário da Lagoa, referindo que na altura não estava à espera desta oportunidade. Desde a sua inauguração, o Republic Bar tem vindo registar uma constante evolução, tentando fazer todos os anos pequenos melhoramentos para tornar o espaço mais apelativo. “Começamos com uma coisa muito pequena e hoje em dia talvez somos um dos bares da Lagoa mais frequentados”, afirma.

Espaço acolhe diferentes públicos

O espaço, composto sobretudo por uma esplanada, destina-se a todas as faixas etárias e classes sociais, desde jovens a adultos. É um ponto de encontro para residentes, pessoas de outros concelhos como Ponta Delgada, Ribeira Grande ou Vila Franca do Campo e turistas. O feedback do público que frequenta o espaço é positivo até porque, como diz o proprietário, “os nossos preços são inferiores aos que se aplica em Ponta Delgada, por exemplo e, às vezes, as pessoas ficam surpresas com os preços aplicados aqui”. O Republic Bar já marcou presença em muitas festas que aconteceram na Lagoa como a Festa Branca e Festa dos Anos 80 no Convento de Santo António ou no Caloura Blues e também em eventos que já aconteceram noutros locais como o Nordeste. “O Republic Bar já corre a ilha toda”, afirma Hélder Ponte. A principal aposta do bar passa por ser “aquilo que a Lagoa não tem”, ou seja, cocktails, gins, caipirinhas, longdrinks ou mojitos. “Tentamos que as coisas saiam sempre bem apresentadas”, conta o entrevistado, referindo que um simples gomo de laranja na decoração do copo faz a diferença. “A primeira coisa que conta é a vista, sendo aquilo que tem mais impacto, depois é que vem o paladar”, revela. 

Ao longo dos anos foram-lhe colocadas muitas ofertas e oportunidades de ir abrir um espaço em Ponta Delgada, mas como gosta da sua cidade, prefere estar pela Lagoa a trabalhar. No entanto, permanece aberto a oportunidades futuras. “O que hoje é, amanhã pode não ser. Não podemos fechar portas porque pode surgir uma oportunidade que poderá ser a oportunidade da vida”, reflete. 

Além do Republic Bar, o empreendedor administra uma empresa de eventos que oferece serviços de catering e apoio ao bar, por exemplo, em casamentos.

Perguntamos se a Lagoa deveria investir mais em espaços noturnos e o proprietário do Republic Bar recordou a Lagoa de há 30 anos. “Antigamente, a Lagoa quando ainda era vila, tinha uma grande vida noturna. Isso foi se perdendo porque o concelho em si foi crescendo e tendo mais população”, as pessoas também “querem descansar e o barulho da noite é chato, o próprio silêncio da noite leva o volume de um diálogo longe”, diz.  

Falta de mão de obra e outros desafios

Republic Bar fica localizado na Praça da República e é um ponto de encontro para muitos dos locais e visitantes © D.R.

Apesar do sucesso, o Republic Bar enfrenta desafios. O desejado pelo dono deste estabelecimento era poder ter um horário de funcionamento mais alargado, porém, o mesmo tem consciência de que isso é algo difícil porque as pessoas têm de descansar  e por isso “não posso exigir muito mais”, afirma, reconhecendo que “as pessoas que moram aqui à volta são prejudicadas por causa do barulho”. O empresário tenta minimizar o impacto pedindo aos clientes para reduzirem o volume, mas “nem sempre é possível controlar”, diz. 

Para ter mais sucesso, Hélder Ponte acredita que se tivesse um espaço com uma cozinha onde pudesse servir refeições ligeiras, seria mais apelativo. O estabelecimento tem disponível tábuas de enchidos e queijo para venda, mas se fosse possível confecionar “um prego, uma bifana ou batata frita”, seria “mais vantajoso, tanto para o cliente, como para o Republic Bar”. Hélder sente que “está limitado”, mas tendo em conta o espaço existente “já fazemos muita coisa”, realça. 

“Há muita falta de mão de obra para esta área”, confessa Hélder. Na última Festa Branca que aconteceu no Convento de Santo António, Hélder conseguiu ter 72 pessoas a trabalhar consigo. Atualmente, “as pessoas estão afastadas desta área. Depois da pandemia, eu precisei de 10 pessoas para trabalhar comigo nas Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres e não tive”. Devido a isto, há oportunidades que são negadas pela falta de mão de obra que existe. 

Neste momento, estão empregados seis funcionários, dois estão efetivos e os restantes trabalham em regime part-time. “Nada se faz sozinho, para eu chegar onde cheguei e para fazer o que faço, tenho que ter ajuda das pessoas que estão comigo”, termina Hélder Ponte, agradecendo a disponibilidade e dedicação de quem com ele trabalha.

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Comentários

  1. avatar-16 Octávio Lima 02-08-2024 12:22:47

    Grande Hélder. Foi pena só ter podido ir ao teu bar uma única vez em meados de maio passado...

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