Os Açores vão investir, nos próximos quatro anos, um montante superior a 85 milhões de euros no aproveitamento dos seus recursos endógenos, no âmbito da estratégia de reduzir a dependência energética do exterior.
Segundo anunciou o Presidente do Governo, a estratégia de aproveitamento destes recursos tem gerado “bons resultados ao nível da minimização dos impactes ambientais, diminuição da dependência energética e das importações de combustíveis fósseis”, contribuindo para o equilíbrio da balança comercial regional e estimulando o desenvolvimento social e económico.
O anúncio do Presidente do Governo foi feito, em Angra do Heroísmo, na sessão de lançamento do Geothermal Azores Iceland Programme (GAIa), um projeto de energias renováveis preparado e gerido pela empresa EDA, que conta com um financiamento de cerca de quatro milhões de euros do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu – EEA Grants.
A cerimónia contou com a presença da Ministra da Indústria e Comércio da Islândia.
Este investimento superior a 85 milhões de euros, segundo Vasco Cordeiro, permitirá aumentar a percentagem de produção com base em energias renováveis dos 34,8% alcançados no fim do ano de 2013 para um valor de cerca de 53%, em 2017.
Na sua intervenção, o Presidente do Executivo realçou ainda que, desde a primeira hora, a Região assumiu o compromisso de cumprir as metas comunitárias referentes ao Programa 20/20/20, no que concerne ao aumento da penetração de energias de tipo renovável, à diminuição das emissões de gases poluentes com efeito de estufa e à redução da aquisição de produtos de origem fóssil.
Perante isso, os Açores afirmam-se hoje como um exemplo no contexto dos países e regiões comunitárias, no que concerne ao seu programa de aproveitamento de recursos endógenos para a produção de ‘eletricidade verde’, setor que merece um olhar mais atento das instâncias europeias, frisou o Presidente do Governo.
DL/Gacs
Os leitores são a força do nosso jornal
Subscreva, apoie o Diário da Lagoa. Ao valorizar o nosso trabalho está a ajudar-nos a marcar a diferença, através do jornalismo de proximidade. Assim levamos até si as notícias que contam.
Deixe uma resposta