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Ponta Delgada assume compromisso de expandir legado de Natália Correia

© HUGO MOREIRA
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O trabalho de projeção do pensamento e legado de Natália Correia, promovido pela câmara de Ponta Delgada, resultará em livro e conta com contributos de estudiosos e especialistas participantes, anunciou esta quinta-feira, 16 de março, a autarquia pontadelgadense.

A novidade foi revelada pelo vereador Sérgio Rezendes na sessão de encerramento do colóquio comemorativo do centenário do nascimento da escritora micaelense. A sessão decorreu no Auditório Municipal Natália Correia, dia que também serviu para assinalar os 30 anos do seu falecimento.

“Usurpo mesmo as palavras de Natália ao afirmar que também a mim ‘A Morte de Memória preocupa-me’, comprometendo-me – à semelhança de todos os que aqui estão – de que o seu papel perdurará enquanto poetisa e exemplo de vida a todas as gerações”, assegurou o autarca, solicitando a todos os presentes o posterior encaminhamento das atas e comunicações realizadas durante o colóquio.

Num discurso onde não esqueceu a forma como as reminiscências de infância da poetisa micaelense serviram para alimentar o “fogo e a excecionalidade” do seu próprio trajeto literário, artístico e político, Sérgio Rezendes enquadrou ainda Natália Correia no contexto da história contemporânea dos Açores e restante território português.

“Em resumo, Natália Correia acompanhou praticamente a História do século XX nos Açores, sendo espectadora e interveniente em Portugal e no mundo, em profundas mudanças sociais pelo seu relevante papel na Política, na Cultura, na Arte e na Sociedade, tornando-se um modelo de vida para todos nós”, disse, revisitando e enaltecendo os testemunhos dos peritos e investigadores literários que dissecaram a obra e o lugar no tempo “de tão honrada poetisa”, ao longo dos três dias do colóquio.

E prosseguiu, “não me surpreendo pela visão cosmopolita e de vanguarda de Natália Correia, expressa nas comunicações de Eduardo Ferraz da Rosa; João de Melo; Vamberto Freitas e Diniz Borges”, disse, numa intervenção em que destacou a forma como as múltiplas dimensões da “escritora e musa artística” foram também exploradas por António Vilhena, Henrique Levy, José Enes, Anselmo Borges, Victor Meireles, Filipa Borges e José de Almeida Mello. 

“Relevo ainda o que foi referido pela sua dimensão empírica e mística das ilhas, refletida numa dimensão artística, associada, por exemplo, ao surrealismo, e outros ismos, bem patente nas apresentações de Armando Rosa, José Manuel Anes; Luís Filipe Sarmento, Ângela Almeida, Eduíno de Jesus, Elisa Costa Pinto e Fernando Da Costa. Enquanto açoriano e micaelense, em nada me surpreende o papel de Natália Correia no mundo, aliás como muito bem Álamo de Oliveira nos deu a conhecer”, reforçou o autarca.

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