O líder do PAN/Açores manifestou-se esta quarta-feira, 30 de dezembro, contra a exclusão do Hospital da Horta, na ilha do Faial, do processo de administração dos dois lotes das vacinas Pfizer-BioNTech.

Segundo uma nota de imprensa da representação parlamentar do PAN/Açores, constituída pelo seu líder, Pedro Neves, é “manifestamente insuficiente a justificação da existência de transmissão comunitária na ilhas Terceira e São Miguel para restringir a administração dos dois lotes das vacinas Pfizer-BioNTech a estas duas parcelas”.

O partido “opõe-se à exclusão do Hospital da Horta deste plano, uma decisão pouco ponderada quando se sabe que este hospital tem uma área de abrangência de cerca de 42.400 habitantes”.

“Muitos doentes de São Jorge deslocam-se ao Faial, sendo esta a única instituição a fazer deslocar regularmente os seus profissionais a outras ilhas como São Jorge, Pico, Flores e Corvo, para além de possuir serviços de Oncologia, Nefrologia/Diálise, Obstetrícia e Pediatria”, refere.

Para o PAN/Açores, a vacinação dos profissionais da chamada linha da frente deste hospital “é tão prioritária como dos outros hospitais da região, principalmente no serviço de urgência, mesmo sem estar demonstrada qualquer transmissão local do vírus, sob pena de, em caso de constrangimento por doença ou necessidade de quarentena, ser colocado em perigo o atendimento direto de utentes do Faial e Pico”.

Pedro Neves recorda que o Hospital da Horta “faz internamento de doentes paliativos e articula a sua ação com lares locais e centros de cuidados continuados, usando, inclusivamente, pessoal de enfermagem”.

O PAN endereçou várias questões à Secretaria Regional da Saúde e Desporto, questionando o executivo sobre “quais os motivos concretos para que o Hospital da Horta tenha sido excluído nesta primeira fase de vacinação” e qual a calendarização prevista para a imunização dos seus profissionais e restantes grupos de risco.

Lusa/DL