DL: Que balanço faz da patinagem artística?
Bastante positivo. A patinagem artística em Portugal tem crescido de ano para ano. Depois da pandemia bateu todos os recordes e este ano já ultrapassou o ano anterior, que já foi um ano histórico. Estamos com cerca de 10 mil atletas federados na patinagem artística, a nível nacional. É um número bastante bom. Há um crescimento bastante acentuado, que depois também vai ao encontro daquilo que é a qualidade da patinagem apresentada, quer na Europa, quer no mundo.
DL: A ética no desporto também é fundamental para a patinagem?
A ética no desporto é fundamental para tudo, para o desporto em geral. Neste caso, a Federação de Patinagem de Portugal tem isso alinhado e coordenado com o plano nacional da ética no desporto do IPDJ, em diversas ações que o mesmo tem, desde logo por uma promoção de valores com o lema “patina pela ética”, que é passar valores aos atletas, é oferecido merchandising, são feitas várias ações de sensibilização nas questões relacionados com a ética.
DL: Faz um balanço positivo dos cargos que tem ocupado neste espaço de tempo?
Sem dúvida que o balanço é muito positivo, desde logo os objetivos que foram propostos e alcançados, com resultados muito positivos. Claro que há sempre muito a fazer ainda, há mais objetivos a atingir.
DL: Tem observado o que se passa nos Açores? Acha que há condições para praticar ou há alguma coisa que falte ainda?
Acho que no caso do hóquei em patins, por exemplo, as instalações são um grande entrave ao desenvolvimento da sua atividade. Enquanto cá estive, sempre me debati com pavilhões. Tirando o pavilhão Carlos Silveira, o Sidónio Serpa, e o Complexo da Ribeira Grande, todos os outros não estão preparados para a prática do hóquei em patins. E pior do que isso é que há clubes a treinar dois escalões no mesmo espaço, o que não é bom e não contribui para o desenvolvimento e a própria competitividade do hóquei em patins, neste caso concreto. Tem de haver uma sensibilidade por parte de quem gere as instalações desportivas e quem governa, de ter alguma atenção especial nesse sentido, porque é importante todas as modalidades poderem promover o seu desenvolvimento.
DL: Como olha o futuro da patinagem?
Acho que tem de ser um crescimento sustentável e adaptado aos desafios. Por termos um crescimento bastante acentuado, é necessário adaptá-lo aos quadros competitivos, e isto será uma preocupação do futuro. Claro que nesse caso concreto, quanto mais quantidade tivermos, certamente vamos ter mais competitividade e também melhor qualidade. Penso que os clubes cada vez mais se estão estruturando para aquilo que é a organização desportiva da patinagem e acabam por, de alguma forma, ter outro tipo de objetivos, de organizações e estruturas.
Estou muito optimista, sem dúvida, nas diversas frentes. Com formação certamente também — que é um pilar bastante importante — iremos dar passos bastante interessantes no crescimento dos próprios agentes não-desportivos que também são muito importantes para toda a estrutura de uma modalidade.
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