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Internamentos em São Miguel merecem “atenção particular”

© SRSD

A situação epidemiológica na ilha de São Miguel, nos Açores, está a “estabilizar”, mas o número de internamentos por covid-19 merece uma “atenção particular”, defenderam hoje as autoridades de saúde regionais.

“São Miguel, apesar de ter havido um esforço, continua a ter uma situação que exige uma atenção particular. Os números reduziram, mas continua a haver casos todos os dias em vários concelhos, um caso ou outro sem ligação com cadeias identificadas, e temos fundamentalmente um problema: os internamentos”, adiantou o secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Com 217 dos 228 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2 na região, São Miguel tem três concelhos com mais de 100 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos sete dias: Ribeira Grande, Lagoa e Nordeste.

Clélio Meneses disse que é esperado um “decréscimo de casos positivos na próxima semana”, mas alertou para o número de internamentos.

“No Hospital do Divino Espírito Santo [em Ponta Delgada] temos 19 internados, cinco deles em cuidados intensivos. É uma situação que não pode ser analisada de uma forma superficial. Tem de se ter uma atenção particular com o que se está a passar. Com mais um esforço de uma semana pretendemos que a situação volte àquilo que já foi há uns tempos atrás, no sentido de levantarmos os níveis de risco”, salientou.

Segundo o presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Luta contra a Pandemia nos Açores, Gustavo Tato Borges, o número de novos casos está a “estabilizar” e indica uma “tendência aparentemente decrescente”.

“A situação epidemiológica caminha para uma nova estabilização e para um novo controlo epidemiológico antes do verão”, afirmou.

O presidente da comissão, que é médico especialista em saúde pública, defendeu que os Açores tiveram uma “evolução muito positiva” da covid-19, acrescentando são a região do país com “menor taxa de mortalidade”.

Ainda assim, disse que “o aumento de internados é uma situação preocupante” e indica que “haverá mais pessoas doentes, que não estão a recorrer ao serviço de saúde”.

“Quanto mais depressa vierem e forem identificadas, mais depressa teremos toda a situação epidemiológica em São Miguel controlada, sem o risco de novos picos num futuro próximo”, apelou.

Lusa/ DL

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