Um incêndio deflagrou ao final da tarde de quarta-feira, 15 de janeiro, pelas 17h00, no empreendimento turístico Sul Villas, na freguesia de Santa Cruz, na Lagoa. A unidade hoteleira encontrava-se desocupada por motivos de obras.
Os bombeiros de Ponta Delgada tomaram conta da ocorrência e estiveram no local várias horas a tentar controlar o incêndio, mas devido à intensidade e persistência do fogo os bombeiros da Ribeira Grande e Vila Franca do Campo também foram chamados a intervir.
Segundo nota enviada pela Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), o alerta chegou através do 112 pelas 17h27, sendo que o incêndio foi dado como dominado pelas 21h04, lê-se.
No local estiveram envolvidos no combate ao fogo 25 bombeiros, sendo que um elemento teve que receber assistência hospitalar. Polícias da Esquadra da PSP de Lagoa também colaboraram.
No total, nove viaturas estiveram a apoiar no combate ao incêndio, que se manteve circunscrito àquela área, ainda segundo comunicado do SRPCBA.
O presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Frederico Sousa, em declarações ao nosso jornal, explicou que o fogo terá tido origem na zona comum da unidade hoteleira, “ou seja, na zona de cozinha e na zona técnica”.
Segundo o autarca, os bombeiros de Ponta Delgada chegaram ao local minutos depois de ter sido dado o alerta, começando o combate ao incêndio. Passado algum tempo, “houve a decisão de acionar também os bombeiros de Ribeira Grande e, posteriormente, os de Vila Franca, porque, entretanto, no entardecer, o vento aumentou de intensidade e o incêndio tomou proporções diferentes”.
Duas casas tiveram também de ser evacuadas. “No decorrer desse combate, houve a necessidade, primeiro por precaução, mas também por efeito prático das operações, de fazer a evacuação de duas moradias adjacentes”, clarificou, ainda, Frederico Sousa.
Os moradores foram realojados temporariamente, sendo que uma das famílias pernoitou em casa de familiares, voltando hoje, dia 16, à sua moradia. Segundo o presidente da Lagoa, nenhuma das casas terá sofrido danos.
Neste momento, estão a decorrer as avaliações por parte dos bombeiros e da Polícia de Segurança Pública, juntamente com a seguradora, conta ainda Frederico Sousa, acrescentando que a Câmara Municipal da Lagoa também já providenciou uma avaliação dos danos.
Até à data, não foi possível obter declarações do comandante dos bombeiros voluntários de Ponta Delgada.
De acordo com o autarca lagoense, Frederico Sousa, que congratula os bombeiros, “a Lagoa felizmente acaba por ser uma cidade segura, porque a poucos minutos de distância, os bombeiros de Ponta delgada, Ribeira Grande e Vila Franca socorreram a cidade”.
No entanto, considera que a situação também reforça a intenção da autarquia de criar uma relação mais próxima com a coorperação do concelho vizinho.
Neste âmbito, refere a reivindicação de uma secção destacada no concelho da Lagoa. “Essa é a nossa intenção, já formalizada junto da Associação dos Bombeiros, nesse caso de Ponta Delgada e Lagoa. A nossa intenção é termos também o nome Lagoa na Associação dos Bombeiros, formalmente. Essa aprovação já está agendada para a Assembleia Geral da associação. Segundo, queremos a criação de uma secção destacada com meios aqui na nossa cidade”, explica ainda o governante lagoense.
Frederico Sousa diz ainda que a autarquia já adquiriu, “conforme acordado com a direção dos bombeiros, um terreno para juntar o outro que nós já tínhamos, para criarmos o espaço, juntar as nossas infraestruturas, para que se possa ter essa secção destacada no concelho de Lagoa, nesse caso na cidade”.
O edifício de apoio à Baía de Santa Cruz, na cidade da Lagoa, em São Miguel, foi esta sexta-feira, 15 de março, inaugurado. O valor total da empreitada ficou orçado “em 347.737,72 euros, tendo sido parcialmente financiada pelo PO2020”, anunciou hoje a Câmara da Lagoa.
Segundo a autarquia lagoense, a obra consistiu na criação de um espaço multifuncional, que integrará um snack bar com uma esplanada virada para o mar, uma sala multifuncional, um espaço de apoio à atividade balnear, balneários e sanitários.
O projeto “surgiu da necessidade de dar apoio a um espaço de jardim e área balnear com caraterísticas únicas, nomeadamente com as áreas de acesso ao mar e pelo seu património natural, cultural e enquadramento paisagístico”, refere a autarquia.
O espaço pretende servir “toda a comunidade”, podendo albergar “atividades lúdicas, pedagógicas, exposições” ou dar apoio a atividades que se realizem na Baía de Santa Cruz.
A Câmara Municipal avança, igualmente, que prevê dar seguimento à fase de requalificação dos terrenos a norte da Baía de Santa Cruz, melhorar as acessibilidades e dar prosseguimento ao projeto de valorização da frente marítima entre a Baía e o Portinho de São Pedro.
A cerimónia contou com a presença da presidente da Câmara Municipal da Lagoa, Cristina Calisto, do executivo camarário e de todas as entidades e pessoas que estiveram diretamente envolvidas com a realização da obra.