Os artesãos açorianos que apresentaram este ano candidatura ao Sistema de Incentivos ao Desenvolvimento do Artesanato dos Açores (SIDART) vão receber um financiamento global de mais de 246 mil euros, um acréscimo de 31 mil euros em relação ao apoio aprovado em 2023, segundo comunicado do governo açoriano.
Conforme despachos publicados a 17 de setembro em Jornal Oficial, foram aprovados 160 projetos de investimento, mais 11 do que no ano passado, “o que dá bem conta da confiança dos artesãos neste instrumento de apoio público e na adequação do SIDART ao desenvolvimento de projetos e investimentos”, frisa Maria João Carreiro, citada na mesma nota.
A secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego, que tutela o Artesanato dos Açores, através do Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA), enaltece o facto de os artesãos e das Unidades Produtivas Artesanais dos Açores poderem beneficiar de um sistema de incentivos que é “abrangente e único no País”.
Dos 160 projetos aprovados este ano no âmbito do SIDART, 80 dizem respeito a investimento das UPAs, 42 a projetos de investimento na área da qualificação e inovação do produto artesanal, 35 a projetos na área da dinamização do setor artesanal e três a projetos de investimento de formação.
Os apoios no âmbito do SIDART, cujas candidaturas abrem anualmente, variam entre um mínimo de 200 euros e um máximo de 20 mil euros, não reembolsáveis, até ao limite de 50 por cento (%) das despesas elegíveis no caso de candidaturas das ilhas de São Miguel e da Terceira e de 60% nas restantes ilhas do arquipélago (Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo), explica ainda o comunicado.
Em maio 2022, o Governo dos Açores introduziu melhorias no Regulamento do SIDART, como a possibilidade de comparticipação das despesas de alojamento em território nacional ou internacional para participação em feiras ou a comparticipação de despesas já realizadas e não previstas.
Nove obras originais de registos do Senhor Santo Cristo, criadas pelos utentes da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA-Açores), vão estar em exposição no centro comercial Parque Atlântico, em Ponta Delgada, de 27 de maio a 12 de junho, de acordo com comunicado do estabelecimento comercial.
De acordo com nota, os trabalhos da exposição intitulada “Registos do Senhor Santo Cristo” foram inspirados numa visita à exposição da artesã Graça Páscoa. “As obras prometem surpreender os visitantes pela sua criatividade, sem deixar de parte a tradição”, lê-se ainda no comunicado.
A iniciativa foi coordenada pelo Serviço de Mediação e Interpretação do Museu Carlos Machado e envolveu a imaginação e o talento de jovens com idades entre os 18 e os 33 anos. “O resultado destaca-se pela beleza dos registos e utilização de materiais variados e inusitados, tais como caixas de vinho, papel de seda, veludo, pérolas, contas de plástico, búzios, escamas de peixe, conchas e vegetação natural”.
Além de nove peças únicas, esta exposição conta ainda com a recriação de um tapete alusivo à procissão do Santo Cristo, feito com aparas de madeiras coloridas, e com uma varanda decorada com a tradicional colcha associada à Festa do Santo Cristo.
Para que os visitantes possam ter uma visão 360º do trabalho e da dedicação dos utentes da APPDA-Açores, será também exibido, no local, um vídeo que documenta o processo de criação dos registos.
Foi ontem inaugurado o Centro de Apoio de Artesanato de São Jorge, na Vila de Velas, segundo nota de imprensa da Câmara Municipal de Velas.
Segundo a autarquia, “trata-se de um espaço que visa contribuir para a divulgação e promoção da nossa cultura e das nossas tradições, permitindo aos artesãos locais terem, ao seu dispor, um local apropriado para a venda dos seus trabalhos, assim como aos turistas, uma oportunidade para, num só espaço, terem acesso a um diverso leque de peças de artesanato”.
Para o edil, Luís Silveira, o dia da inauguração é “simbólico, mas marcante porque é o cumprir de um desejo e de um compromisso”.
O Centro de Apoio ao Artesanato está instalado numa antiga casa de Tufo, no Centro Histórico da Vila, a qual foi adquirida pelo município e posteriormente reabilitada no âmbito da Segunda Fase de Reabilitação Urbana da Vila, por via de uma candidatura a fundos comunitários (PO Açores 2020), preservando e perpetuando no tempo este tipo de edificação e tipologia arquitetónica, explica o mesmo comunicado.
Além do Artesanato do Concelho e da Ilha, podem ser adquiridos alguns produtos gastronómicos, como o Queijo de São Jorge, Doçaria Tradicional, Mel, Atum, Café, entre outros.
O Centro de Apoio ao Artesanato de São Jorge contempla também uma zona para realização de Show Cooking, visando dar formação na conceção de produtos típicos locais bem como de inovação por via dos nossos produtos endógenos.
Na ocasião, Luís Silveira anunciou que “em breve deverá ser igualmente inaugurada a Casa Visitável à Década dos Anos 50/60 e que integrará a Futura Rota Turística “Vivencias da Nossa Terra”, uma casa que se encontra contígua ao centro de Apoio ao Artesanato, sendo que os dois edifícios se ligam entre si por via do seu logradouro”.
A cerimónia de inauguração contou com a presença da Secretária Regional da Juventude, Habitação e Emprego, Maria João Carreiro que anunciou que os “Chavões” de São Jorge vão passar a integrar a listagem das produções artesanais passíveis de serem certificadas pela marca coletiva “Artesanato dos Açores”.
A Ilha de São Jorge conta, à data, com 40 artesãos inscritos no Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA) e 30 Unidades Produtivas Artesanais, das quais 10 são certificadas pela marca coletiva “Artesanato dos Açores”.
O Centro de Apoio ao Artesanato será agora gerido pela Associação para o Desenvolvimento da ilha de São Jorge (ADISJ), com o apoio do Governo Regional, por via do Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA), funcionando de segunda-feira a domingo, das 11h00 às 19h00, lê-se, ainda, na mesma nota.
A Expo Açores Artesanato, promovida pela Secretaria Regional da Juventude, Habitação e Emprego, através do Centro de Artesanato e Design dos Açores (CADA), arranca no dia três de maio no âmbito das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, segundo comunicado do Governo Regional.
Esta edição marca o início da nova temporada de feiras locais de artesanato associadas às principais festividades de verão da região e conta com a participação de 56 artesãos das ilhas de São Miguel, Terceira, Flores, Pico e Faial, entre os quais 16 Unidades Produtivas Artesanais com produtos certificados pela marca coletiva “Artesanato dos Açores”, anuncia a mesma nota.
A Expo Açores Artesanato Santo Cristo 2024 vai estar integrada na Feira da Indústria, Comércio e Serviços dos Açores (FICSA), promovida pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada e que decorre na Alameda Pavilhão do Mar, nas Portas do Mar.
O certame pode ser visitado de três a nove de maio, das 18h00 às 00h00 no dia três de maio; das 16h00 às 00h00 nos dias quatro, cinco, seis e 9; e das 18h00 às 23h30 nos dias sete e oito de maio.
O ciclo de feiras Expo Açores Artesanato segue, depois, para as Sanjoaninas, na Terceira, de 21 a 30 de junho; para a Semana Cultural das Velas, em São Jorge, de quatro a sete de julho; para as Festas da Calheta, também em São Jorge, de 12 a 15 de julho; para as Festas da Praia, na Terceira, de dois a 11 de agosto; para a Semana do Mar, no Faial, de dois a 11 de agosto, de acordo com a mesma nota.
Ainda no mês de agosto, a Expo Açores Artesanato vai estar na festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, na Graciosa, de oito a 13 de agosto, e na Semana dos Baleeiros, no Pico, de 19 a 25 de agosto, fechando com a Feira de Natal de quatro a oito de dezembro em São Miguel.