Os números da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) mostram que o impacto da crise económica e financeira tem vindo a aumentar. Mais de 60% dos médicos dentistas que no passado suspenderam a sua inscrição na OMD estão a exercer no estrangeiro, uma subida face aos 48% verificados em 2012.
Atualmente há perto de mil médicos dentistas portugueses a exercer no estrangeiro, uma subida de 45% face ao que se verificava em 2008, altura em que começou a crise económico-financeira, refere uma nota da OMD.
Mais de 65% dos médicos dentistas que exercem no estrangeiro estão em Inglaterra, sendo França o segundo destino dos médicos dentistas portugueses, com quase 9%. Quase metade dos médicos dentistas que emigrou tem entre 26 e 40 anos.
Para além dos médicos dentistas que desempenham funções a tempo inteiro no estrangeiro, há dezenas de médicos dentistas que trabalham em simultâneo em Portugal e no estrangeiro.
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas considera que “a atual conjuntura socioeconómica está a ter um impacto na medicina dentária nunca antes sentido pela profissão em Portugal. As dificuldades sentidas pelos médicos dentistas expressam aquilo que pode ser um retrocesso grave no acesso à medicina dentária, com consequências futuras na saúde oral e na saúde geral das populações.
Orlando Monteiro da Silva defende que “é urgente implementar mecanismos adicionais que permitam assegurar um direito humano básico, o direito de acesso da população a cuidados de medicina dentária”.
Os números da OMD mostram que em 2013 estavam inscritos na Ordem 8.147 médicos dentistas, uma subida face aos 7.779 registados em 2012.
A OMD tem inscritos 703 médicos dentistas estrangeiros, de 37 nacionalidades, sendo que mais de metade veio do Brasil.
DL/BA&N
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