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Foi lançado este sábado (dia 22), no Convento dos Franciscanos, em Santa Cruz, o livro “ A Produção de Espadana na Lagoa – Quinta do Vulcão”.
Trata-se de uma edição da Câmara Municipal de Lagoa, e que surge na sequência da dinamização política cultural do concelho.
Segundo a coordenadora da publicação, “tem-se verificado que existem muitas estórias que retratam a memória coletiva do povo, mas que de facto não existe registo material e esse é o principal objetivo”.
Este livro representa a materialização do património imaterial e vem na sequência do esforço que a autarquia tem feito neste sentido, refere Verónica Almeida.
Esta é já a terceira publicação que surge com esse objetivo. Primeiro surgiu o livro sobre o Convento dos Franciscanos, onde retrata todos os elementos da sua história, depois surgiu a publicação sobre a Fábrica de Chá – Quinta do Tanque.
Segundo a responsável, estas são estórias que passam de boca em boca, havendo a necessidade de registar e valoriza-las uma vez que fazem parte da identidade lagoense, preservando e passando às gerações vindouras.
O concelho de Lagoa foi um importante pólo de dinamização económica e de desenvolvimento industrial. A produção da espadana na Lagoa, acontece na pujança industrial do concelho, em finais do Sec. IX.
“A Fábrica da Quinta do Vulcão, sedeada em Santa Cruz, surgiu em 1936, foi um exemplo tanto no desenvolvimento industrial, como um modelo de vivências, costumes e tradições que foi deixando uma marca nas memórias das gentes lagoenses, persistindo ate aos dias de hoje“, escreve João Ponte no prefácio do livro.
A Espadana é o nome regional da espécie botânica Phornium Tenax (liliáceas), sendo conhecida na ilha de São Miguel como “amarradeira”, “atadeira” e “linho da Nova Zelândia”.
Este livro é uma edição da Câmara Municipal de Lagoa, teve a coordenação de Verónica Almeida e a investigação esteve a cargo de Lucinda Sousa. Uma obra que, entre outros locais, pode ser encontrada na Biblioteca Tomaz de Borba Vieira, em Santa Cruz, Lagoa.
DL
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