Um bote originário da ilha do Faial, com 50 anos de faina baleeira nos Açores, atualmente estacionado em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, foi classificado pelo Governo regional como património regional.
Segundo uma nota do gabinete de imprensa do executivo açoriano, a Secretaria Regional da Cultura, da Ciência e Transição Digital, através da Direção Regional da Cultura, classificou como património baleeiro regional um bote originário da ilha do Faial que, após meio século de faina baleeira nos Açores, permaneceu 40 anos em exposição num museu francês.
Encontra-se atualmente estacionado em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.
De acordo com o Decreto Legislativo Regional que define e caracteriza o património baleeiro regional e estabelece medidas e apoios destinados à respetiva inventariação, recuperação, preservação e utilização, o bote em questão “é tido como relevante para a identidade cultural açoriana ligada à atividade da caça à baleia nos Açores”.
A classificação baseou-se no trabalho desenvolvido pela Associação de Classe do Bote Baleeiro Açoriano, entidade que pesquisou o bote baleeiro, que foi adquirido, em 1973, pelo Museu Marineland de Antibes, na França, onde permaneceu em exposição até ao seu encerramento, em 2015.
Foi comprado, em 2017, pelo francês Alain Braud, que o trouxe para os Açores.
“Trata-se de uma embarcação com interesse cultural e patrimonial tendo em conta os elementos identificativos de grande valor estético e construtivo que possui; o seu contexto histórico – o percurso que fez nos Açores e em França e, em suma, pelo testemunho simbólico e seu reflexo na memória coletiva açoriana”, refere-se na nota de imprensa.
Existem atualmente 77 embarcações (64 botes e 14 lanchas) classificadas como património baleeiro regional, nomeadamente, 36 no Pico, 11 no Faial, oito na Graciosa, seis nas Flores, seis na Terceira, quatro em São Jorge, quatro em Santa Maria e duas em São Miguel.
Lusa/ DL
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