A Associação Cultural e Recreativa – Plutão Camaleão, assinou esta sexta-feira, 21 de março, um contrato-programa com a Câmara Municipal de Lagoa, para promover um Festival Mini-Tremor na Lagoa. O convento de Santo António, na freguesia de Santa Cruz, foi o local escolhido para o festival que vai decorrer no próximo dia 12 de abril.
De acordo com comunicado da autarquia lagoense, a assinatura contou com a presença do Luís Banrezes, presidente da associação que desenvolve atividades de caráter recreativo e que possibilita diversas iniciativas na área das artes e do espetáculo, da música e da educação. O presidente da autarquia Frederico Sousa e a vereadora da Cultura, Albertina Oliveira, anunciaram a iniciativa esta sexta-feira.
Segundo a nota de imprensa enviada às redações pela autarquia, “este apoio financeiro servirá para promover o festival Mini-Tremor”, que vai contar com “uma programação destinada a crianças e famílias”. A cidade da Lagoa vai receber “dois espetáculos do coletivo WeTumTum, «UMI» e «Tédio», numa experiência imersiva que, segundo a autarquia, pretende proporcionar “um momento lúdico e único para os participantes”.
O contrato, agora assinado, “tem por objetivo o incentivo e a cooperação financeira entre a Câmara Municipal de Lagoa e esta associação, naquele que será o apoio destinado ao desenvolvimento e a dinamização da sua atividade no Município”, refere, ainda, a Câmara Municipal.
A Associação Cultural e Recreativa – Plutão Camaleão é conhecida por ser responsável pela organização do Festival Tremor, que tem por objetivo criar uma cultura de fruição da música em época baixa, reduzindo as assimetrias sazonais e geográficas no acesso à cultura.
O Festival Tremor 2025, vai decorrer de 8 a 12 de abril, anunciou esta quinta-feira, 6 de março, o co-diretor artístico do festival, António Pedro Lopes, numa conferência que teve lugar numa unidade hoteleira de Ponta Delgada.
Segundo António Pedro Lopes, o programa desta edição do Tremor contempla 60 artistas e coletivos artísticos, 12 caminhadas performativas, no âmbito da iniciativa Todo-o-Terreno, quatro concertos surpresa, sete projetos de residência, conversas, exposições e, ainda, uma nova secção intitulada ‘Arrepio’, com uma proposta de performances imersiva e site-specific do coletivo berlinense 33, a conhecer no Coliseu Micaelense.
Em nota de imprensa enviada às redações pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, o presidente da autarquia, Pedro Nascimento Cabral, diz que o Tremor “é, sem sombra de dúvidas, uma marca identitária cultural de Ponta Delgada”, referindo que o festival nasceu no concelho de Ponta Delgada, “aqui se enraizou, e, também a partir deste centro histórico, se intermunicipalizou, ganhando espaço noutros municípios da ilha de São Miguel e estendendo desafios dentro e fora dos Açores”.
Na ocasião, o autarca realçou, igualmente, o papel socialmente transformador que o Tremor comporta ao nível de iniciativas a favor do ambiente, intergeracionalidade e da inclusão.
Da conferência de imprensa fizeram ainda parte o fundador e também co-diretor artístico do festival Tremor, Luís Banrezes, o secretário da vereação da Câmara Municipal da Ribeira Grande André Pontes e o assessor do Governo da Região Autónoma dos Açores Pedro Faria e Castro.
A décima primeira edição do festival Tremor arranca hoje e pretende assumir “com ainda mais convicção a sua açorianidade e a ligação às tradições.”
Com um circuito que passará por palcos nas cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande, cruzando salas de espetáculo formais, lojas e outros espaços interiores, o festival continuará a sua tradição de ir à descoberta de lugares inusitados e da natureza açoriana, segundo nota de imprensa remetida à redação.
Este ano, o festival inspirou-se na tradição dos Presépios de Lapinha e da arte bonecreia, tão característica do concelho da Lagoa, tendo sido promovida uma oficina de reinterpretação desta arte, em colaboração com o Núcleo da Arte Bonecreira da Lagoa, com o objetivo “de trazer esta tradição açoriana ao imaginário das pessoas que participam no festival”.
Com os trabalhos que resultaram desta oficina e dos desafios lançados a artistas contemporâneos, inaugura-se a exposição “Reinterpretando Arte Bonecreira e Presépios de Lapinha”, no Espaço Nóbrega. A entrada é livre e a exposição estará aberta entre as 10h00 e as 18h00.
Segundo o mesmo comunicado, o lineup dos concertos renova a ênfase na diversidade, integrando artistas de diferentes gerações, estilos musicais e origens geográficas. Mais de 40 projetos musicais, entre bandas e DJs, transformarão São Miguel no epicentro de uma experiência musical que se estenderá por cinco dias, com concertos em salas de espetáculo, performances surpresa e apresentações em plena natureza.
No alinhamento contam-se nomes nacionais e internacionais, tais como: Jards Macalé, Lavoisier, Romperayo, La Jungle, Landrose, Rezgate, Sarine, Colleen, Hetta, DEAFKIDS, Faizal Mostrixx, Kate NV, Saya + Bárbara Paixão, DJ Haram, DJ Lynce, Poison Ruïn, Cole Pulice, Pedro Sousa + Filipe Felizardo, Glockenwise, PoiL Ueda, Lambrini Girls, La Flama, Marie Davidson, ZenGrxl, SUZANA, Prison Affair, Rozi Plain, Azia, P.S.Lucas, Holy Tongue, Rastafogo, Deli Girls, Estrela, Zancudo Berraco, MAQUINA., e Meritxell de Soto.
No âmbito das residências artísticas, o festival vai trazer o rapper Sam the Kid para, em colaboração com mais de 20 estudantes da Escola de Música de Rabo de Peixe e 11 MCs açorianos, explorarem o hip- hop açoriano numa residência que resultará numa performance a ser apresentada dia 21 de março, no Porto de Pescas de Rabo de Peixe.
Nik Colk Void e Maotik vão oferecer ao público uma interseção entre a música e a arte digital; a Orquestra Modular Açoriana (OMA), liderada por Marshstepper e com participação de 15 artistas locais e visitantes; e, como já é tradição, a residência dos Som Sim Zero, a colaboração de longa data entre o coletivo ondamarela com a Associação de Surdos de São Miguel, que este ano se alia ao grupo de percussão açoriano Bora Lá Tocar, dando origem a um espetáculo que leva a palco mais de 50 pessoas.
A 20 de março será inaugurada a exposição TREMOR faces, 10 years of joy de Pauliana V. Pimentel e Paulo Pimenta, e “estará a passar em loop entre a Central Hidroeléctrica da Fajã do Redondo, o Castelo Centro Cultural da Caloura e a Galeria Brui. O slideshow é uma celebração da grande família Tremor, resultando de um projeto que nasceu na 10.ª edição do festival, quando os fotógrafos apontaram a objetiva a quem faz o festival acontecer — desde a produção a artistas.”
Este ano, famílias de Rabo de Peixe abrem novamente as portas de casa aos festivaleiros, na iniciativa “Na Nossa Mesa”. Este ano são 6 as casas que se abrem ao festival, servindo mais de 200 refeições. “E quem já não apanhar lugar à mesa, pode sempre juntar-se à festa durante o arraial da Cozinha Comunitária, a ter lugar dia 29 de março, às 19h30, no Porto de Pescas de Rabo de Peixe. A par dos petiscos, o arraial promete muita animação com a performance do açoriano DJ Gaivota.”
O programa do Mini-Tremor, voltado para crianças e respetivas famílias, decorrerá de manhã e ao início da tarde de sábado, dia 23 de março, no Estúdio 13 – Espaço de Indústrias Criativas e está, este ano, entregue aos WETUMTUM, que põe em cena duas oficinas para bebés (CRASSH_Babies), um espetáculo para toda a família (CRASSHDuo_Circus) e um Workshop de Percussão Corporal.
Os bilhetes para esta edição do festival já estão esgotados, segundo nota de imprensa do Tremor.