A décima primeira edição do festival Tremor arranca hoje e pretende assumir “com ainda mais convicção a sua açorianidade e a ligação às tradições.”
Com um circuito que passará por palcos nas cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande, cruzando salas de espetáculo formais, lojas e outros espaços interiores, o festival continuará a sua tradição de ir à descoberta de lugares inusitados e da natureza açoriana, segundo nota de imprensa remetida à redação.
Este ano, o festival inspirou-se na tradição dos Presépios de Lapinha e da arte bonecreia, tão característica do concelho da Lagoa, tendo sido promovida uma oficina de reinterpretação desta arte, em colaboração com o Núcleo da Arte Bonecreira da Lagoa, com o objetivo “de trazer esta tradição açoriana ao imaginário das pessoas que participam no festival”.
Com os trabalhos que resultaram desta oficina e dos desafios lançados a artistas contemporâneos, inaugura-se a exposição “Reinterpretando Arte Bonecreira e Presépios de Lapinha”, no Espaço Nóbrega. A entrada é livre e a exposição estará aberta entre as 10h00 e as 18h00.
Segundo o mesmo comunicado, o lineup dos concertos renova a ênfase na diversidade, integrando artistas de diferentes gerações, estilos musicais e origens geográficas. Mais de 40 projetos musicais, entre bandas e DJs, transformarão São Miguel no epicentro de uma experiência musical que se estenderá por cinco dias, com concertos em salas de espetáculo, performances surpresa e apresentações em plena natureza.
No alinhamento contam-se nomes nacionais e internacionais, tais como: Jards Macalé, Lavoisier, Romperayo, La Jungle, Landrose, Rezgate, Sarine, Colleen, Hetta, DEAFKIDS, Faizal Mostrixx, Kate NV, Saya + Bárbara Paixão, DJ Haram, DJ Lynce, Poison Ruïn, Cole Pulice, Pedro Sousa + Filipe Felizardo, Glockenwise, PoiL Ueda, Lambrini Girls, La Flama, Marie Davidson, ZenGrxl, SUZANA, Prison Affair, Rozi Plain, Azia, P.S.Lucas, Holy Tongue, Rastafogo, Deli Girls, Estrela, Zancudo Berraco, MAQUINA., e Meritxell de Soto.
No âmbito das residências artísticas, o festival vai trazer o rapper Sam the Kid para, em colaboração com mais de 20 estudantes da Escola de Música de Rabo de Peixe e 11 MCs açorianos, explorarem o hip- hop açoriano numa residência que resultará numa performance a ser apresentada dia 21 de março, no Porto de Pescas de Rabo de Peixe.
Nik Colk Void e Maotik vão oferecer ao público uma interseção entre a música e a arte digital; a Orquestra Modular Açoriana (OMA), liderada por Marshstepper e com participação de 15 artistas locais e visitantes; e, como já é tradição, a residência dos Som Sim Zero, a colaboração de longa data entre o coletivo ondamarela com a Associação de Surdos de São Miguel, que este ano se alia ao grupo de percussão açoriano Bora Lá Tocar, dando origem a um espetáculo que leva a palco mais de 50 pessoas.
A 20 de março será inaugurada a exposição TREMOR faces, 10 years of joy de Pauliana V. Pimentel e Paulo Pimenta, e “estará a passar em loop entre a Central Hidroeléctrica da Fajã do Redondo, o Castelo Centro Cultural da Caloura e a Galeria Brui. O slideshow é uma celebração da grande família Tremor, resultando de um projeto que nasceu na 10.ª edição do festival, quando os fotógrafos apontaram a objetiva a quem faz o festival acontecer — desde a produção a artistas.”
Este ano, famílias de Rabo de Peixe abrem novamente as portas de casa aos festivaleiros, na iniciativa “Na Nossa Mesa”. Este ano são 6 as casas que se abrem ao festival, servindo mais de 200 refeições. “E quem já não apanhar lugar à mesa, pode sempre juntar-se à festa durante o arraial da Cozinha Comunitária, a ter lugar dia 29 de março, às 19h30, no Porto de Pescas de Rabo de Peixe. A par dos petiscos, o arraial promete muita animação com a performance do açoriano DJ Gaivota.”
O programa do Mini-Tremor, voltado para crianças e respetivas famílias, decorrerá de manhã e ao início da tarde de sábado, dia 23 de março, no Estúdio 13 – Espaço de Indústrias Criativas e está, este ano, entregue aos WETUMTUM, que põe em cena duas oficinas para bebés (CRASSH_Babies), um espetáculo para toda a família (CRASSHDuo_Circus) e um Workshop de Percussão Corporal.
Os bilhetes para esta edição do festival já estão esgotados, segundo nota de imprensa do Tremor.