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São Miguel vai ter o seu primeiro santuário mariano

Bispo de Angra deseja santuário ambientalmente sustentável e centro de oração pela paz

Ermida de Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca do Campo, vai ser elevada a santuário a 1 de janeiro, Dia Mundial da Paz e de Santa Maria Mãe de Deus © DL

O bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, esteve em Vila Franca do Campo no passado dia 10 de novembro a celebrar a eucaristia na ermida da Senhora da Paz e anunciou que a ermida de Nossa Senhora da Paz vai ser elevada a santuário mariano a 1 de janeiro de 2025, Dia Mundial da Paz e de Santa Maria Mãe de Deus. Vila Franca vai, assim, ser lugar do primeiro santuário mariano localizado na ilha de São Miguel.

Antes da Missa Solene da celebração das festividades em honra de Nossa Senhora da Paz, o bispo explicou o porquê da elevação da ermida a santuário.

“Este é um lugar onde já acorrem, há centenas de anos, peregrinos. Há aqui também em torno uma história, com o início da ermida. É um ambiente que, naturalmente, chama pessoas e acolhe. Entretanto, a comunidade, há largos anos, foi sensibilizando para a ermida ser declarada santuário”, disse D. Armando Domingues.

De acordo com o bispo, “toda a diocese abraça esta ideia, sobretudo, também, porque é profético”, realçando o simbolismo deste futuro santuário “num momento de tantas convulsões entre povos, com tantas guerras e manifestações de ódio, que se parecem enraizar mais, gostaríamos que este fosse um lugar de oração, em que a pessoa também se encontre com a serenidade, a tranquilidade e a harmonia da natureza. Esta harmonia entre a fé e a Criação, e que aí também ganhe forças e possa levar sementes de paz para o mundo”. 

Já durante a eucaristia, no sermão, o bispo de Angra realçou igualmente a consciência ambiental do novo santuário: “que aqui nasça um santuário respeitador do ambiente, sustentável do ponto de vista ambiental de modo a que seja visível essa preocupação de harmonia entre Deus e o homem com respeito pela natureza”, disse D. Armando Esteves Domingues.
Na 47.ª Sessão plenária do Conselho Presbiteral da Diocese de Angra, que decorreu de 15 a 18 de abril, na ilha Terceira, foi proposta, votada e aprovada a elevação da ermida da Senhora da Paz a santuário.
A Senhora da Paz é, atualmente, um dos locais mais importantes de culto religioso dos Açores, levando milhares de crentes ao seu encontro.

Agradecimentos

Padre André Furtado

As palavras são poucas, para expressar tudo aquilo que hoje sinto no meu peito. Hoje a nossa comunidade reúne-se à volta do mesmo altar que há 41 anos atrás, viu um filho ilustre desta terra oferecer o santo sacrifício da missa pela primeira vez. A história do ano 1983 volta a ser vivida na nossa terra.

Meus Amigos: louvado seja o nosso bom Deus. Dou início a este agradecimento citando São João Maria Vianney: O padre não é para si. Não dá a si mesmo a absolvição, não administra a si mesmo os sacramentos. Ele não é para si, é para vós, povo de Deus. Neste fim de tarde, não há melhor forma de dar graças a Deus pelo dom da vida e do sacerdócio do que estando reunidos à volta do altar – celebrando a Santa Missa: ela própria é ação de graças por tudo o que ele fez por mim e faz por cada de um de nós. Foi Deus, que me chamou e me predestinou, na minha forma de ser, para cuidar dos seus bens e amuniciar a todos a salvação. Posso assim dizer que foi Deus que lançou sobre mim o seu olhar, olhou para a minha miséria e me chamou, ao longo de vários anos e continua a chamar-me: e hoje e sempre quero estar reclinado no peito de Jesus, como diz o lema para o meu ministério, extraído do exemplo e do testemunho do evangelista João: In sinu jesu

O caminho não foi e nem será fácil – obrigado a todos os que nunca duvidaram e sempre me apoiaram desde do primeiro dia – mas sei que terei sempre um lugar para reclinar; caminho este que continuarei a trilhar, na certeza de que é Cristo que me conduz. Muitos foram os que contribuíram para que hoje eu pudesse subir a este altar e oferecer pela primeira vez a santa missa, e realizar este sonho. É bom sonhar, e nunca se proíbe alguém de sonhar. No dizer do poeta “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”.

Neste sentido, sou grato a D. Armando, pela amizade e por me admitido ao sacramento da ordem e a todo o presbitério aqui presente, mas também o ausente, pelo acolhimento e amizade. Quero caminhar convosco e juntos, animados pelos Espírito Santo, trabalharemos por uma melhor fraternidade para levarmos o santo povo fiel até Deus. A fim de sermos uma Igreja que acolhe todos, sem exclusões, porque todos somos filhos de Deus. Não fiquemos pela superfície na forma de rezar ou até mesmo de celebrar; excessivamente preocupados ora com a nobreza ora com a simplicidade no culto divino ao invés de nos convertermos cada vez mais, importa sim um coração bom, humilde e generoso. Sejamos realmente Igreja. “Pobres sempre os tereis, mas nem sempre me tereis convosco.” – disse Jesus sobre a pecadora que lhe ungiu os pés com o perfume caro.

Aos sacerdotes que por cá passaram e aos meus párocos que contribuíram para a minha formação: Pe. João Leite, Pe. António Varão, que partiram para a eternidade, Pe. Silvano, Pe. Nelson Vieira, Pe. João Miguel, Pe. Rui Silva, aqui presente obrigado pelo vosso testemunho de amizade. Perdão pelas vezes em que não fiz melhor.

Ao Seminário de Angra, às equipas formadoras, funcionários e seminaristas. Obrigado por tudo. Mas deixai-me salientar dois nomes, a quem devo pedir desculpa, aos meus diretores espirituais- ao Pe. Gregório pelos cabelos que lhe fiz perder, por ter dado cabo de sua paciência; e ao Pe. Nelson pelas noites mal dormidas. Mas obrigado pela vossa paciência, misericórdia, ternura, testemunho e dedicação a nós enquanto seminaristas.

Um obrigado às comunidades da ilha terceira que ao longo do meu percurso no seminário me acolheram: São Bento, Terra Chã e 5 Ribeiras, Posto Santo, Fonte do Bastardo e Porto Martins.

Aos meu colegas e amigos de jornada ao Gonçalo Brum, o Leonel e Rui: ups: Pe. Leonel e Pe. Rui Pedro. Obrigado pela vossa amizade; perdão por algumas vezes não ter sido melhor convosco. Ficará para história, 7 anos + 1, longas e maravilhosas histórias, e deixa-me fazer referência a algumas: longos serões a traduzir latim “é cma água… mas tudo mal”; vários teste ad hoc por andarmos na galhofa; um lagarto apanhado e lançado no quarto do Rui; um objeto não identificado que cai na testa do Rui; serões de chá com bolos levedos; aulas não concluídas, ups…. Se o padre Cipriano cá estivesse, iria dizer neste momento: eles estão bem é no sofá: Obrigado Pe. Cipriano, Pe. Ângelo que contribuiriam para a nossa formação e que já não estão entre nós. E muitas mais histórias ficam por contar, mas ficam registadas na nossa memória e muitas mais iremos escrever, de uma turma unida.

Um agradecimento amoroso e profundo á minha família, aqui presente e que nos vê pelas redes sociais. Obrigado pelo vosso amor e compreensão. Sem vós não seria o que sou hoje. Muito mais poderia dizer, mas hoje só digo isto: obrigado! Aos meus padrinhos de ordenação diaconal e presbiteral, obrigado por tudo. Pelo apoio, pelo ombro amigo… onde muitas vezes sentistes o meu cansaço e desânimo.

A esta comunidade que é a minha comunidade, sob a proteção da Senhora do rosário, o meu obrigado. Obrigado pela vossa presença e apoio ao longo desta caminhada. Um obrigado também à comunidade da nossa Matriz de Lagoa, a ambas agradeço a oferta. O cálice que hoje foi elevado, foi oferta das nossas comunidades: Santa Cruz e Rosário. Bem como as galhetas – uma oferta anónima. Um obrigado a todos os que, mesmo de forma anonima contribuíram para a confeção deste novo conjunto de tolhas que ficam para o serviço litúrgico da nossa igreja. Um obrigado pela ornamentação e limpeza da mesma.

Obrigado à Câmara Municipal de Lagoa e Junta de Freguesia do Rosário, pelo apoio na logística da missa nova e pela ornamentação do tapete para a procissão, bem como a todos aqueles que me acompanharam em procissão desde da minha casa até a nossa igreja, de modo especial às Bandas filarmónicas: Lira da Estrela – Candelária e Lira Nossa Senhora do Rosário.

Um agradecimento especial ao Pe. Eurico, pela amizade e estima. Obrigado pela organização da liturgia. Neste sentido estendo o agradecimento ao Afonso (seminarista), pela organização da música, pelas composições e harmonizações que fez para este dia. E acrescento ainda o Rogério e a Mariana Almeida pelas suas respectivas harmonizações. À professora Cármen Subica que dirigiu e preparou o coro composto pelo nosso orfeão, pelo coro da Matriz de Lagoa, pelo Coro de Nossa Senhora das Candeias, e amigos e esta pequena orquestra. A todos estes homens e mulheres, jovens e adolescestes: Obrigado pela vossa dedicação para este dia, e pelo vosso serviço prestado na animação litúrgica. Como disse Santo Agostinho, doutor da graça: quem canta reza duas vezes. Amigos, que a vossa vida seja sempre escrita numa pauta com tom maior… e quando começar a modular para tons menores… temos sempre uma borracha para reescrever em tom maior.

Agradeço aos meus queridos acólitos: do Rosário, Santa Cruz e da Zona Oeste PDL. Estendo este agradecimento a toda a Zona Oeste da Ouvidoria de PDL, pelo acolhimento e amizade a começar pelo senhor ouvidor Pe Marco Sérgio e sacerdotes da Zona Oeste: Pe Nuno Maiato e Pe. João, mas de forma especialmente afetuosa ao pe Nuno Maiato que me acolheu neste ano de estágio. E sublinho três das minhas seis comunidades: Feteiras, Candelária e Ginetes – foram as primeiras. Obrigado pelo vosso carinho e estima, ao longo deste ano de estágio e por estarem presentes neste dia tão especial para mim: Obrigado

Não posso deixar de passar este dia sem agradecer a todos os meus professores desde da pré até ao meu secundário: mas de forma especial a um professor que foi importante na minha decisão de entrar no seminário: Prof. Vítor Simas, a todos o meu muito obrigado.

Um agradecimento, aos catequistas que contribuíram para o meu crescimento na fé: Ana Medeiros e Lurdes, Antonieta, Graça Borges, Ana Rego, Márcia Raposo, Lucrécia e Eduarda, Leonor, José Reis, Luísa e Marco. Ao grupo de romeiros, aos coros: vozes de Maria, Orfeão, grupo de jovens, bem como a todas as associações escolares, culturais, recreativas e desportivas da nossa cidade de Lagoa que ao longo dos tempos contribuíram para a minha formação humana.

A todos, os benfeitores conhecidos e desconhecidos, obrigado pelo vosso apoio quer material, quer espiritual.

Sei que o Senhor não me chama para fazer coisas grandes ou ter grandes ideias. Sei que se serve de mim para ser seu instrumento no meio dos homens. O Senhor não conta com as minhas qualidades e capacidades que são poucas. E isto porque para ser padre é não é ser eu, mas ser Cristo e tornar Cristo presente no meio de nós. Oferecer a santa missa, administrar os sacramentos, anunciar o Santo Evangelho com toda a sua pureza íntegra e radicalidade. É a missão que Deus me confia agora. Tornar Cristo presente no meio dos homens. Ser um outro Cristo em Cristo. Desejo ardentemente ser esta ponte entre Deus e os homens. Ponte pela qual os homens se reconciliam com Deus, ponte por onde as almas chegam até Deus e nele encontrem felicidade. Para cumprir tão exigente missão, sou chamado a orar sem desfalecer. Orai também por mim para que eu seja um sacerdote santo e fiel enfim um sacerdote completamente configurado com Cristo.

Assim Deus me ajude e a Sua e nossa mãe aqui invocada, a Senhora do Rosário, interceda por mim a fim de que tudo concorra para maior gloria de Deus, nosso Senhor.

Três diáconos vão ser ordenados presbíteros pelo bispo de Angra

© IGREJA AÇORES

Os diáconos Rui Pedro Soares, Leonel Vieira e André Furtado vão ser ordenados presbíteros pelo bispo de Angra, a 23 de novembro, pelas 11h00, na Igreja de São José, em Ponta Delgada, segundo notícia da Igreja Açores (IA).

A celebração, que será transmitida em direto na página de Facebook da Igreja Açores e do Seminário de Angra, é aberta a todos “sendo um dos momentos altos do ano pastoral que começou no passado dia 3 de novembro, de olhos postos no Jubileu da Esperança”, lê-se ainda.

André Furtado, natural da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário na Lagoa, citado na mesma notícia, entende que “o sacerdote deve ser o homem de esperança que semeia na vida e no coração de cada homem e uma mulher essa esperança, levando a cada um Deus de amor”.

O jovem que o seu percurso no Seminário Episcopal de Angra, onde ingressou depois de ter completado os estudos básicos e secundário em São Miguel. Está há um ano a trabalhar nas paróquias das Feteiras, Ginetes e Candelária, acompanhando o padre Nuno Maiato, lê-se.

“Espero ser um homem de fé, um homem de oração e principalmente um homem da proximidade com Deus e com o povo de Deus, que não se deixe envolver no ativismo”, afirmou o futuro presbítero à IA. “O padre não é um homem solitário, mas solidário, que se dá e doa, que vive por Cristo, com Cristo e em Cristo e encarna na vida este Deus que tem um rosto de alegria, que acolhe e que une e nunca divide”, expressou ainda.

Por sua vez, Leonel Vieira, tem 25 anos e é natural da Paróquia de Sant´Ana nas Furnas. Também completou os seus estudos no Seminário Episcopal de Angra e é diácono há menos de um ano. Tem desenvolveido trabalho pastoral na ilha Terceira, acompanhando o sacerdote que serve na Agualva, ouvidoria da Praia.

“Espero que o meu sacerdócio não seja apenas uma função mas uma forma de vida, um autêntico compromisso, uma jornada que me permita ser um farol de luz para aqueles que buscam a fé num tempo de incertezas”, refere destacando a importância de uma vida “entregue a Deus mas sinal de esperança” para todos”, contou o jovem à IA.

Rui Pedro Soares, de 27 anos, é natural do Faial, mas reside nas Furnas há 14 anos. Também completou os estudos no Seminário de Angra. “Sinto alguma ansiedade, própria destes momentos e o peso que a ordenação implica: esta adesão total à pessoa de Jesus Cristo e dar-me inteiramente à Igreja e ao serviço dos outros” refere à Igreja Açores, destacando a disponibilidade para a “entrega a tudo o que o Senhor pedir”.

“Quando somos jovens e acreditamos que Deus opera em nós esta força, como se fosse uma caldeira, desperta em nós esta vontade de ir, trabalhar e vamos com fervor e espírito  de missão, mas carregados desta força explosiva”, disse ainda Rui Soares, em declarações à IA.

De acordo com a Igreja Açores, a diocese de Angra tem neste momento 133 sacerdotes. O mais velho tem 93 anos e o mais novo tem 28 anos, ambos naturais de São Miguel.

Festas de Nossa Senhora dos Anjos atrai milhares de fiéis a Água de Pau

No passado dia 15 de agosto decorreu a missa solene, presidida pelo cónego Manuel Carlos Alves, seguindo-se a procissão em honra de Nossa Senhora dos Anjos

© CM LAGOA

As Festas em honra de Nossa Senhora dos Anjos, na vila de Água de Pau, decorreram de 4 a 17 de agosto. As festividades, organizadas pela Comissão de Festas de Nossa Senhora dos Anjos, juntaram milhares de pessoas na vila do concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel.

No dia 4, foi celebrada a eucaristia com a Profissão de Fé e Comunhão Solene. A iluminação foi inaugurada a 9 de agosto, após atuação da Filarmónica Fraternidade Rural pelas ruas da vila. O serão prolongou-se com as atuações musicais do artista Leandro e do Dj Kevin Piques.

A 10 de agosto, a tarde foi vocacionada para os mais jovens, com diversas atividades. No início da noite, deu-se a arrematação de gado, seguindo-se a missa vespertina. A noite foi animada pela artista Cláudia Caramelo e pelo DJ Kevin Piques.

No dia 11, o destaque foi para o cortejo etnográfico “Recordar é Viver”, que animou as ruas de Água de Pau, no final da tarde. No serão, tocou o grupo Brumas da Terra.

A 13 de agosto, foi inaugurada a exposição “Foi aqui!… As mais belas profissões de todos os tempos”, no auditório Ferreira da Silva, tendo estado patente até dia 17. A seguir, atuou a marcha da Casa do Povo de Água de Pau. A noite de festa acabou com a atuação de Os Tunídeos. A 14, o concerto da Fraternidade Rural e fogo de artifício alegraram o serão.

No dia 15, decorreu a missa solene, presidida pelo cónego Manuel Carlos Alves, seguindo-se a procissão em honra de Nossa Senhora dos Anjos, pelas 17h30, com a participação de 10 bandas. A noite foi animada por concerto da filarmónica Estrela D’Alva, de Santa Cruz.

No âmbito das festas, a autarquia da Lagoa, através do Museu de Lagoa, desafiou a comunidade a colaborar na elaboração do tradicional tapete de flores do Núcleo Museológico da Mercearia Central – Casa Tradicional. Foram igualmente decoradas três janelas do referido núcleo, situado na Praça da República.

No dia 16 de agosto, celebraram-se as eucaristias, tendo o serão contado com o concerto da Banda Fundação Brasileira dos Mosteiros. Perto da meia noite, deu-se a tradicional Roda de Fogo.
Para finalizar as festas, a 17 de agosto, a noite foi animada por Dionísio Garcia & The Blues Rockers, dos Estados Unidos da América. Depois, deu-se o encerramento das festas, com adeus à imagem de Nossa Senhora dos Anjos, com participação da filarmónica de Água de Pau.

Este ano, por motivos de força maior, a equipa do Diário da Lagoa viu-se impossibilitada de fazer a cobertura da procissão. Sendo que a edição em papel é mensal, contactado pelo nosso jornal, o pároco de Água de Pau recusou fazer um balanço das festividades.

Festas em honra de Sant’Ana começam amanhã nas Furnas

© DR

As Festas em honra de Sant’Ana e São Joaquim, no Vale das Furnas, concelho da Povoação, realizam-se entre 20 de julho e 10 de agosto e serão presididas por sacerdotes naturais da freguesia. O programa consta de vários momentos religiosos e cívicos que irão acompanhar os vários dias das festas, anunciou a paróquia das Furnas.

Com inicio no sábado, dia 20 de julho, a Festa de Sardinha será o palco para abertura das comemorações,
a partir das 19h30, no jardim da igreja paroquial.

No domingo, dia 21 de julho, a partir das 14h00, vai sair o cortejo de oferendas com carros alegóricos a favor das festas de Sant’ Ana. O cortejo vai percorrer as ruas das Furnas e, durante toda a tarde, no Centro Social e Paroquial de Furnas, vai haver venda de doces.

No dia 26, pelas 21h30, é inaugurada a iluminação exterior da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Alegria, que este ano conta com aproximadamente cinco mil lâmpadas. A associação UnoJovens fica a cargo de animar musicalmente as ruas na abertura festiva. De seguida, a noite continua com atuação de “Quim Barbeiro”, tendo os participantes a possibilidade de degustar do porco no espeto e as típicas malassadas.

No dia 27 de julho, sábado, celebrar-se a Missa na Igreja de Sant’Ana, pelas 20h00, seguida da Procissão de mudança da Imagem acompanhada pela Sociedade Harmónica Furnense. A partir das 22h30, segue-se o arraial noite com o concerto de “Rui Açoriano” e do “Dj Az Kicker”.

No domingo, dia 28 de julho, é o grande dia das festas. Pelas 12h00h, na Igreja Paroquial, é celebrada a Eucaristia Solene em honra de Sant’Ana, com a celebração da Profissão de Fé e animada pelo Coro Paroquial. Pelas 17h00, as imagens de Sant’Ana e São Joaquim percorrerão as diversas artérias da freguesia das Furnas, com a participação das filarmónicas Sociedade Filarmónica Marcial Troféu, Filarmónica Nª Sª Penha de França, Eco Edificante da Vila do Nordeste e Sociedade Harmónica Furnense. A partir das 22h00, o típico arraial volta com as atuações da filarmónica Eco Edificante da Vila do Nordeste e com o concerto de Eduardo Simas.

Segunda-feira, dia 29 de julho, começa a celebração da Missa em honra de São Joaquim, pelas 11h00. Às 14h00 inicia-se o cortejo de oferendas com a imagem de São Joaquim. A última noite, a partir das 21h30, vai ficar a cargo do Grupo Folclórico das Camélias e pela Sociedade Musical Harmónica Furnense. Pelas 24h00, começa a procissão de mudança da imagem para a Igreja de Sant´Ana encerrando as festividades com fogo de artifício.

Este ano a Comissão de Festas da paróquia decidiu introduzir mais um dia de comemorações, sendo no dia 10 de agosto, sábado, com a Festa do Churrasco, no jardim da igreja paroquial, pelas 19h30, lê-se no comunicado.

Referiu o pároco das Furnas, padre Francisco Zanon, que “a comunidade já entrou num clima de festa” e “ficou surpreendido pelo elevado número de pessoas que visitaram o ano passado a freguesia. Este ano, vejo com a mesma perspetiva e esperança.”

Além disso, citado na mesma nota, expressou que “é necessário olhar principalmente para a mensagem do Evangelho, através da solidariedade, participação e piedade. Sant’Ana e São Joaquim, também, foram pessoas de fé. Questionado sobre toda a coordenação do evento, sublinhou que “não é fácil toda a logística. É necessária uma grande organização das festas para garantir que tudo ocorra com segurança

Nascemos para viver, ou para morrer? Será a morte fim último?

André Furtado

A liturgia da palavra deste domingo (Mc 5, 21-24.35b-43) procura responder a estas questões. Convida-nos a olhar para lá do nosso horizonte, a descobrir e a redescobrir a Vida verdadeira e eterna que Deus quer oferecer a todos os seus filhos.

Na nossa vida, a debilidade manifesta-se a cada instante. Na doença, na impotência perante a violência, no medo que nos escraviza, na fragilidade que avança com a idade, na partida daqueles que mais amamos… Efetivamente, são acontecimentos que nos fazem sentir vulneráveis e frágeis. A par disso, subsiste em nós o desejo de uma vida que não seja precária – Vida verdadeira e eterna, Vida que não seja derrotada pela morte, Vida que não seja roubada por mão humana.

A palavra de Deus que escutamos garante-nos que o projeto que Deus tem para nós é um projeto de Vida. Meu irmão e irmã, defendamos a Vida, ela é, pois, um bem precioso. A vida é bela demais para estragarmos com desuniões, com o criticarmos tudo e todos exceto a nós. Recordemos esta verdade: Quem é feliz, faz felizes os outros.

Foi Deus que nos pôs a vida no peito. Ele veio até nós para nos oferecer a salvação. Com palavras e com gestos concretos, Jesus mostrou-nos o caminho que vence a morte e que leva à Vida verdadeira. Uma vida para ser vivida e não para ser um teatro.

Escreveu Anne Frank no seu diário – “… não quero viver em vão como a maioria das pessoas. Eu quero ser útil para todas as pessoas, mesmo aquelas que eu nunca conheci”. Que seja assim também connosco.

Jesus ajuda e dá Vida a quem sofre. Jesus, à filha de Jairo, não a discrimina nem ignora; acolhe-a, valoriza-a, compreende-a, respeita-a na sua dignidade, coloca-a ao nível de filha muito amada de Deus. Na Igreja de Jesus, já aprendemos isto? Valorizamos…. suficientemente o outro? Será que dou lugar ao outro para que possa também agir? A Igreja não é minha, é sim de todos nós! Aqui não há nem deve haver lugares de destaque. O único destaque é: Jesus Cristo, o alfa e omega das nossas vidas.

A ressurreição da filha de Jairo mostra a importância da fé nesse processo de aceder à Vida que Jesus oferece. É a fé que nos faz procurá-lo, é a fé que nos faz tocá-l’O, é a fé que nos faz ir atrás d’Ele, é a fé que nos faz aderir ao seu projeto, é a fé que nos faz segui-l’O no caminho do amor e da entrega da vida, é a fé que nos permite aderir incondicionalmente às suas propostas e adotar o seu estilo de vida!

Sem esta fé, podemos andar à volta d’Ele, frequentar a igreja, ter responsabilidades na comunidade cristã, rezar, receber os sacramentos, mas nunca nos deixaremos transformar por Ele; e, se assim for, nunca haverá lugar no nosso coração para a Vida que Jesus nos pretende dar.

Meus caros irmãos, levantemo-nos – «Talita kum». Como disse Ricardo Reis – “Breve o dia, breve o ano, breve tudo. Não tarda nada sermos”.

Bispo de Angra ordena três novos diáconos

© CORTESIA IGREJA AÇORES

O bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, presidiu à ordenação diaconal de três seminaristas do Seminário Episcopal, ontem, 16 de junho, na Sé de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, segundo a Igreja Açores (IA).

Os três novos diáconos, André Furtado, 27 anos, (Lagoa), Leonel Vieira, 25 anos, e Rui Pedro Soares, 26 anos (Furnas) terminaram o seminário em junho de 2023 tendo ficado a aguardar a ordenação durante um ano, durante o qual estagiaram em várias paróquias de São Miguel e da ilha Terceira, explica a IA.

André Furtado e Rui Pedro Soares estiveram em São Miguel, nas paróquias das Feteiras, Candelária, Várzea, Mosteiros e Sete Cidades (ouvidoria de Ponta Delgada), e Rosário e Atalhada (na Lagoa) respetivamente. Leonel Vieira esteve na Terceira, na Agualva, ouvidoria da Praia da Vitória.

De 9 a 14 de junho, os jovens seminaristas fizeram o retiro espiritual para depois celebrarem a ordenação diaconal.

Os três diáconos são os primeiros seminaristas ordenados pelo 40º bispo de Angra nos Açores, estando agendada a sua ordenação sacerdotal para o final deste ano, anuncia, ainda, a Igreja Açores.

Registos do Senhor Santo Cristo em exposição no centro comercial

© PARQUE ATLÂNTICO

Nove obras originais de registos do Senhor Santo Cristo, criadas pelos utentes da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA-Açores), vão estar em exposição no centro comercial Parque Atlântico, em Ponta Delgada, de 27 de maio a 12 de junho, de acordo com comunicado do estabelecimento comercial.

De acordo com nota, os trabalhos da exposição intitulada “Registos do Senhor Santo Cristo” foram inspirados numa visita à exposição da artesã Graça Páscoa. “As obras prometem surpreender os visitantes pela sua criatividade, sem deixar de parte a tradição”, lê-se ainda no comunicado.

A iniciativa foi coordenada pelo Serviço de Mediação e Interpretação do Museu Carlos Machado e envolveu a imaginação e o talento de jovens com idades entre os 18 e os 33 anos. “O resultado destaca-se pela beleza dos registos e utilização de materiais variados e inusitados, tais como caixas de vinho, papel de seda, veludo, pérolas, contas de plástico, búzios, escamas de peixe, conchas e vegetação natural”.

Além de nove peças únicas, esta exposição conta ainda com a recriação de um tapete alusivo à procissão do Santo Cristo, feito com aparas de madeiras coloridas, e com uma varanda decorada com a tradicional colcha associada à Festa do Santo Cristo.

Para que os visitantes possam ter uma visão 360º do trabalho e da dedicação dos utentes da APPDA-Açores, será também exibido, no local, um vídeo que documenta o processo de criação dos registos.

Procissão do Senhor aos Enfermos nas Furnas no próximo domingo

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© PARÓQUIA DE SANT’ANA

No próximo domingo, 7 de abril, pelas 14 horas, tem lugar a Procissão do Senhor aos Enfermos, na freguesia das Furnas. Segundo comunicado da Paróquia de Sant’Ana, “este ano, 10 doentes, devido às suas condições de saúde, receberão a bênção do Santíssimo Sacramento nas suas habitações.”

“Esta visita pascal tem todo um sentido solene de levar Jesus Sacramentado aos enfermos que fisicamente estão impossibilitados de sair da sua casa. A nossa principal missão é levar a grande alegria do anúncio da Páscoa que é Cristo Ressuscitado,” explica Francisco Zanon, sacerdote da freguesia, na mesma nota.

Após receberem a comunhão, cada enfermo, por meio dos escuteiros, receberá uma lembrança de diversas instituições e indivíduos, em um gesto de reconhecimento e estima. A procissão é acompanha pela filarmónica local, coro paroquial e pelos impérios do Divino Espírito Santo que coroarão neste dia na eucaristia, que será celebrada à entrada da procissão.

A nota remetida pela paróquia lembra ainda que “esta manifestação religiosa é uma das mais antigas e afamadas da ilha de São Miguel devido, sobretudo, aos tapetes de flores artisticamente decorados como expressão de fé”, sendo que para o pároco furnense, “há toda uma tradição que deve ser preservada e continuada, que remonta à passagem de Jesus ressuscitado pelas ruas da freguesia, que são artisticamente adornadas com flores, abençoando não só os enfermos, mas toda a comunidade”.