João Medeiros
Dirigente Sindical – ASPP/PSP
Na semana que tivemos conhecimento das transferências entre comandos, ficamos a saber que virão 20 polícias para os Açores, ao contrário dos 70 polícias, prometidos pela MAI a alguns meses. A própria MAI, a DNPSP e o CRAcores tinham finalmente assumido o que a ASPP vem a denunciar há vários anos, o défice de 200 polícias nos CRAcores.
Dito isso, vamos a alguns factos e números que demonstram que a nossa realidade insular deverá ser vista com outros olhos pela DNPSP e pelo MAI. Ora vejamos, o CRAcores, neste caso a PSP nos Açores, está distribuída por nove ilhas, entre mais de três dezenas de esquadras, destacamentos de forças especiais e vários serviços, o reforço agora publicado (20 polícias) dilui se facilmente pelas ilhas, não sendo um reforço efectivo. Para além deste facto os inúmeros elementos de baixa e outros elementos que irão ao longo do ano para a pré-aposentação, tudo aliado ao envelhecimento do efectivo, irão desfalcar ainda mais o efectivo.
Longe vai o tempo em que os jovens açorianos viam a PSP como o seu futuro, eram dezenas/centenas que concorriam à PSP, sabendo à partida que passado um ano de formação viriam para suas “casas”. Atualmente os poucos que concorrem, arriscam-se a ficar em Lisboa vários anos, obrigando a ficar longe do seio familiar, com custas financeiras enormes, aliadas aos baixos salários, custas estas que não suportariam se estivessem em “casa”. Após estes anos vindos de Lisboa, alguns ainda se arriscam a ficar mais uns anos nas Flores, não menosprezando esta linda ilha. Estão em Lisboa mais de uma centena de polícias à espera da sua vez de regresso às ilhas. Que diferença faziam estes 100, apesar de não serem suficientes, eram bem melhores dos 20 que agora virão. Longe vai o tempo em que os reforços anuais eram a volta de 50/60 elementos policiais. Ademais trabalhar em esquadras/instalações sem condições mínimas exigíveis, exemplos das esquadras de Nordeste, sede da divisão de Ponta Delgada e a tão falada esquadra da Ribeira Grande, que aguarda a construção das novas instalações há cerca de 15 anos, estando os polícias a trabalhar em dois corredores do quartel dos bombeiros.
Ao longo dos anos a PSP, ganhou valências, nas áreas de investigação, fiscalização, etc… e agora mais recentemente nos controlos fronteiriços, aeroportos, fazendo diminuir o já diminuto efetivo das ditas esquadras genéricas. Nos Açores são muitas esquadras com efetivo policial reduzido, trabalhando nos mínimos dos mínimos, havendo polícias a trabalhar isolados e esquadras que fecham durante horas para a resolução de ocorrências. Aliado às constantes alterações das dinâmicas sociais, o aumento do turismo, o flagelo das drogas sintéticas e o aumento criminal que daí advém, não se adivinham tempos fáceis para a PSP nos Açores.
Apesar de todas estas dificuldades, os polícias nos Açores têm vindo cumprir a sua missão com toda a dignidade e responsabilidade, não descurando a segurança dos açorianos. Mas não estará na hora de todos olharem para a PSP nos Açores de outra forma, olhando para a nossa realidade insular?
Foi desmantelado um laboratório clandestino destinado à produção de drogas sintéticas em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, no dia de ontem, 22 de maio.
A operação a cargo da Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal dos Açores, culminou na detenção de um homem de 52 anos, fortemente indiciado pela prática dos crimes de tráfico de droga e posse de precursores.
A detenção efetuada pela PJ ocorreu em flagrante delito, durante a realização de uma busca domiciliária no concelho de Angra do Heroísmo.
Segundo comunicado da judiciária, no local foram apreendidos diversos produtos químicos e substâncias precursoras utilizadas para o fabrico de anfetamina, vulgarmente conhecida como “cristal”.
O detido, que possui antecedentes criminais, será presente às autoridades judiciárias para aplicação de adequada medida de coação.
A equipa de efetivos da Polícia Municipal de Ponta Delgada foi reforçada com a entrada de 13 novos elementos, anunciou a autarquia. A cerimónia de atribuição das divisas e carteiras profissionais decorreu na terça-feira, 20 de maio, junto às Portas da Cidade.
Os novos elementos concluíram o 3.º Curso de Formação da Polícia Municipal de Ponta Delgada, passando agora a autarquia a dispor de 40 agentes.
“A incorporação destes novos agentes irá contribuir para o aumento da capacidade operacional e da visibilidade pública da Polícia Municipal. Duas condições que concorrem fortemente para melhorar o sentimento de segurança de quem reside ou visita o concelho de Ponta Delgada”, refere o presidente da Câmara de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, em nota de imprensa enviada às redações.
Segundo a autarquia de Ponta Delgada, a Polícia Municipal exerce funções de polícia administrativa, garantindo a fiscalização e cumprimento dos regulamentos municipais, prestando serviço de policiamento de visibilidade junto da comunidade, atuando em cooperação com os órgãos de polícia crimimal, designadamente, com a Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Repúblicana e Polícia Judiciária.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada avança que adjudicou ainda a instalação de 19 câmaras de videovigilância na cidade de Ponta Delgada, em locais definidos pela Polícia de Segurança Pública, estando prevista a conclusão deste processo até ao final de junho.
A supervisão das câmaras de videovigilância será efetuada pelo Comando Regional da PSP dos Açores, através da Divisão da PSP de Ponta Delgada.
“O sistema de videovigilância contribuirá, em larga medida, para prevenir comportamentos desviantes e combater os pequenos focos de criminalidade que têm surgido e que estão, objetivamente, relacionados com o consumo e tráfico das denominadas ‘drogas sintéticas’. Será um mecanismo complementar ao papel das forças de segurança, mas não vai substituir a ação policial”, acrescenta também Pedro Nascimento Cabral.
O presidente da Câmara de Ponta Delgada destaca, igualmente, o trabalho efetuado junto do Governo da República, através da Ministra da Administração Interna, para garantir o reforço de agentes da PSP e militares da GNR.
Foi detido, em flagrante delito, um homem, com 37 anos, no passado dia 14 de fevereiro, pela presumível prática de um crime de furto de viatura na cidade da Ribeira Grande.
De acordo com comunicado do Comando Regional da Polícia de Segurança Pública dos Açores, durante uma ação de policiamento normal, os policias verificaram um comportamento anormal efetuado por uma viatura suspeita, após o seu condutor ter aumentado, de forma brusca, a sua velocidade. O comportamento suspeito despoletou a atenção dos policiais que tentaram, desde logo, abordar o referido condutor. Segundo a PSP, o suspeito fez “várias manobras evasivas, com clara intenção de impedir a abordagem policial, tendo imobilizado, passados poucos quilómetros, a viatura que conduzia, colocando-se em fuga de forma apeada”. O mesmo acabou por ser abordado, manietado e controlado a algumas centenas de metros do veículo.
A PSP refere, ainda, que foi possível “apurar que o suspeito circulava com uma viatura que havia sido furtada ao seu proprietário na área da esquadra da Ribeira Grande”.
Ao suspeito, depois arguido, foi aplicada pela autoridade judiciária competente, em julgamento sumário, a pena de oito meses de prisão, suspensa por um ano e seis meses, ficando ainda obrigado a tratamento à sua toxicodependência.
Foi detito na vila de Água de Pau, concelho da Lagoa, um homem de 43 anos, em flagrante delito por suspeitas de tráfico de droga.
De acordo com comunicado do Comando Regional da PSP dos Açores, a detenção ocorreu no decurso de uma investigação que já se prolongava há seis meses. Os investigadores da PSP procederam à recolha de provas que possibilitaram a detenção do suspeito na posse de duas doses de haxixe, quatro doses de uma substância psicoativa não identificada, duzentos euros, presumivelmente, provenientes da venda de droga, e, ainda, outros objetos relacionados com o crime em investigação.
O arguido, já com antecedentes criminais pela mesma atividade criminosa, após ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, perante a respetiva autoridade judiciária competente, ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, ou seja, a prisão preventiva.
Foram detidos, em flagrante delito, dois homens de 35 e 36 anos, pela presumível coautoria do crime de furto qualificado na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.
As detenções ocorreram durante a madrugada do passado dia 10 de dezembro, quando os polícias que se encontravam em patrulhamento, no centro da cidade da cidade da costa norte, detetaram os dois indivíduos, quando era tentado o arrombamento da porta de acesso a um estabelecimento de restauração e bebidas, fechado ao público.
De acordo com comunicado do Comando Regional dos Açores da PSP, decorrente das diligências processuais efetuadas pela polícia, foi possível, ainda, reunir indícios suficientemente consolidados que apontam para um dos detidos, enquanto presumível autor material de vários crimes de furto praticados recentemente no interior de estabelecimentos comerciais sediados em diversas freguesias do concelho da Ribeira Grande.
Após terem sido presentes perante a respetiva Autoridade Judiciária competente, um dos arguidos aguardará o desenrolar o processo sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência e o outro ficou sujeito à medida de coação mais gravosa – a prisão preventiva.
Foram detidos dois homens, em flagrante delito, de 32 e de 42 anos, pela presumível prática, em coautoria, do crime de tráfico de droga, anunciou hoje o Comando Regional dos Açores da Polícia de Segurança Pública (PSP).
De acordo com nota de imprensa enviada às redações pelo Comando Regional, com base nos vários elementos de prova recolhidos ao longo dos últimos meses, que apontavam para a existência de uma atividade de tráfico de estupefacientes no centro da freguesia da Ribeirinha, na Ribeira Grande, foi possível reunir um quadro indiciário que levou à concretização de uma operação policial.
No decorrer da referida operação policial, foram apreendidas diversas doses de heroína, droga sintética e liamba, quantias monetárias suspeitas e vários utensílios relacionados com a atividade de traficância dos arguidos, o que garantiu a detenção de ambos em flagrante delito.
Após terem sido presentes a interrogatório judicial, no Tribunal Judicial de Ponta Delgada, um dos arguidos aguarda o desenrolar do processo sujeito a apresentações obrigatórias perante as autoridades, enquanto o principal mentor da rede de tráfico de droga em investigação, se encontra, desde já, sujeito à medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.
Segundo a PSP, esta operação foi “fulcral para restabelecer a tranquilidade pública e o sentimento de segurança num local que tem sido conotado com a ocorrência de delitos criminais e, muito particularmente, com o consumo e tráfico das habitualmente designadas drogas sintéticas”.
Foram detidos dois homens, pai e filho, de 58 e 32 anos, respetivamente, suspeitos de tráfico de droga com especial incidência nas Laranjeiras, em Ponta Delgada.
De acordo com comunicado do Comando Regional da Polícia de Segurança Pública dos Açores, foi possível reunir prova suficiente que indiciou os arguidos de procederem à venda de matéria estupefaciente em vários locais, em Ponta Delgada, estando ambos já referenciados anteriormente pela prática do mesmo tipo de ilícito.
Por conseguinte, a polícia cumpriu mandados de revista a ambos arguidos, tendo sido encontradas na sua posse 87 doses individuais de droga sintética e dinheiro, que se suspeita ser proveniente da venda de droga, o que culminou com a sua detenção em flagrante delito para apresentação à autoridade judiciária.
O pai ficou sujeito a apresentações três vezes por semana na esquadra da sua área da residência e a proibição de contactos com indivíduos e locais conotados pelo tráfico e consumo de estupefacientes. O filho ficou sujeito a prisão domiciliária com recurso a vigilância eletrónica e a proibição de contactos com consumidores.
Foi detido um homem, de 43 anos, na Madalena do Pico, no passado dia 6 de outubro, fortemente indiciado pela prática do crime de tráfico de droga.
Segundo comunicado do Comando Regional da PSP dos Açores, a ocorrência teve lugar no aeroporto da Madalena do Pico, depois de se ter detetado e identificado uma mala que “suscitou concretas e fundadas suspeitas”.
A polícia avança que foram, de imediato, encetadas diligências com o objetivo de localizar e intercetar o proprietário da mala que se encontrava a aguardar o embarque para Ponta Delgada.
As diligências policiais realizadas no local possibilitaram uma apreensão significativa de matéria estupefaciente, que permitiria individualizar 17.764 doses de haxixe, que se encontravam no interior da mala, e de dinheiro, por se suspeitar ser proveniente da prática desta atividade ilícita.
Após o detido ser presente à Autoridade Judiciária competente, foi-lhe determinada a aplicação da medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou uma megaoperação policial de combate ao tráfico de droga, na vila de Água de Pau, concelho da Lagoa, no passado dia 7 de outubro, anunciou o Comando Regional da PSP dos Açores.
A megaoperação envolveu a participação de 40 polícias de várias áreas, tendo sido detidos três suspeitos em flagrante delito. Foram, também, apreendidas 680 doses de droga sintética, várias centenas de euros, munições de diversos calibres, dois veículos automóveis, vários objetos de luxo e outros bens correlacionados com a atividade de traficância, culminando na avaliação de mais de 12.500 euros em bens apreendidos.
A operação policial resultou de uma investigação criminal, levada a cabo no âmbito de um inquérito dirigido por magistrado do Departamento de Investigação e Ação Penal de Ponta Delgada. Os elementos de prova foram recolhidos ao longo dos últimos 18 meses, pela Brigada de Investigação Criminal, após notícias que apontavam para a existência de uma rede de tráfico de droga sintética, na vila de Água de Pau.
De acordo com comunicado da PSP, a rede era presumivelmente liderada por um casal, de ambos os sexos, de 26 e de 36 anos, tendo a investigação concluído que a rede de tráfico operava em várias freguesias do concelho da Lagoa, já com indícios de expansão para os concelhos de Vila Franca do Campo e de Ponta Delgada.
Para além dos indícios que confirmavam a existência da rede de tráfico de droga, foi possível também comprovar que era composta por 11 pessoas, dois mulheres e nove homens, fortemente indiciadas de receber e vender droga do casal suspeito, muitas delas com antecedentes criminais.
Na sequência da investigação, a esquadra da Lagoa desencadeou a operação policial de relevo, com o intuito de intercetar e deter os presumíveis suspeitos desta rede de tráfico de droga. Os 40 polícias que participaram na megaoperação são das áreas de Investigação Criminal, Grupo Operacional Cinotécnico, Equipas de Intervenção Rápida e de patrulha.
Após primeiro interrogatório judicial, ao principal arguido, com antecedentes criminais e reincidente neste crime, foi aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. Relativamente aos outros dois arguidos detidos, foi-lhes aplicada a medida de Termo de Identidade e Residência, apresentações periódicas e proibição de contactos com consumidores de drogas.