A Escola Primária da Madalena, na ilha do Pico, vai encerrar no próximo ano letivo por razões de segurança. Segundo comunicado da autarquia, “a vistoria solicitada pela Câmara Municipal revelou graves problemas estruturais no edifício, que comprometem a segurança daqueles que o frequentam, colocando mesmo em causa a integridade física de alunos, professores e auxiliares, o que obrigou a autarquia a encerrar este estabelecimento de ensino e transferir os estudantes para a Escola Profissional do Pico.
De acordo com a mesma nota, o relatório da vistoria realizada pela Norma Açores “é contundente, referindo problemas de infiltrações e fissuras no edifício, anomalias nas instalações elétricas e no Sistema de Segurança Contra Incêndios, que se encontra obsoleto, o que levou a Divisão de Obras do Município a emitir um parecer técnico desfavorável à retoma das aulas naquele espaço, no próximo ano letivo”.
“Apesar de difícil, estamos convictos que esta é a decisão que melhor defende as nossas crianças, garantindo a sua segurança. E esta é — e será sempre — a nossa prioridade”, afirma Catarina Manito, Presidente da Câmara da Madalena, citada na mesma nota, “o superior interesse dos nossos jovens estará sempre em primeiro lugar e, dado o estado de degradação da Escola, era inevitável o seu encerramento. Esta era a única decisão possível”.
A Câmara da Madalena considera que “requalificar é a prioridade” e compromete-se a realizar obras de requalificação e ampliação da Escola Primária da Madalena para garantir maior segurança e funcionalidade naquele estabelecimento de ensino.
Inaugurada em 2009, a construção da Escola Primária da Madalena foi iniciada em 2006. A autarquia da Madalena refere ainda que desde a sua entrada em funcionamento esta infraestrutura tem apresentado diversas patologias e deficiências estruturais que se foram agravando ao longo dos últimos anos, apesar das inúmeras intervenções da Autarquia.
O primeiro fim de semana da 12.º edição do Azores Fringe Festival acontece na Biblioteca Auditório da Madalena, de 17 a 19 de maio, e vai contar com dança, teatro, performance-arte, conferências, debates, apresentação de escritores e seus livros, exposição de desenho, pintura ao vivo e ainda uma feira dedicada às artes e costumes, segundo nota de imprensa da MiratecArts, entidade promotora.
De acordo com o promotor, “as nossas audiências do Pico já estavam habituadas ao epicentro do Fringe ser na propriedade MiratecArts Galeria Costa,” diz Terry Costa, o fundador do Azores Fringe. “Este ano, a nossa sede propriedade está a sofrer algumas mudanças e apostamos no maior espaço da ilha para congregar cerca de 20 eventos durante o festival, assim criando o seu epicentro na Biblioteca Auditório da Madalena, de 17 a 19 de maio, enquanto eventos satélite acontecem em 11 municípios dos Açores até ao final do mês de junho”.
A abertura, na sexta-feira 17 de maio, às 20h, inclui um tributo ao escritor açoriano que publica há 75 anos, Eduíno de Jesus. Uma dança para Dias de Melo, pela bailarina Maria João Albuquerque, arranca o programa do “Encontro Pedras Negras”, que tem como convidado especial Valter Hugo Mãe, e durante o fim de semana apresenta uma dúzia de novas obras de escritores açorianos, incluindo um destaque à coleção N9NA POESIA, liderada por Henrique Levy e Letras Lavadas, de acordo com o mesmo comunicado.
Workshops em escrita para teatro, por Peter Cann, e ainda partilha de saberes com a agente literária Marta Ferreira e a jornalista Maria João Moniz, vão complementar a programação dedicada aos interessados pela escrita e livros. Domingo à noite, no Lounge do Cella Bar, vários escritores vão apresentar as suas últimas obras, incluindo Pedro Almeida Maia.
A novidade para esta edição é a “Feira Fringe” que acolhe vinte artistas de várias ilhas, desde o artesanato à pintura ao vivo. O evento acontece durante o dia de sábado, 18 de maio, na entrada da Biblioteca Auditório da Madalena, e ainda promete “Vésperas de Espírito Santo”.