Log in

Prémio Natália Correia – Ficção atribuído à obra “Caindo de mais alto” de João Albano Fernandes

© D.R.

O júri do Prémio Literário Natália Correia 2024 – Ficção decidiu atribuir o prémio à obra “Caindo de mais alto”, da autoria de João Albano Fernandes, e entregar uma Menção Honrosa a “Esperanças e Desilusões”, de Luís Corredoura, segundo nota de imprensa enviada pela Câmara Municipal de Ponta Delgada.

O coletivo de jurados assinala, deste modo, “a excelência da ficção literária evidenciada por ambas as obras, distinguindo-as por entre as 73 que foram admitidas e analisadas nesta quarta edição do concurso”, lê-se.

Entre outras considerações elogiosas sobre “Caindo de mais alto”, o júri destacou a “escrita inaugural e poética” patente na obra, salientando constituir-se como uma “lição de literatura” que “honra o prestigiante Prémio Literário Natália Correia 2024 – Ficção”.

“Ao longo de 136 páginas, a leitura fica cativa de uma voz com inequívoca maturidade literária, que nos prende ao espanto da beleza erguida sobre uma vida em ruínas. E, quando pensamos que nada mais nos poderá surpreender nesta narrativa, o modo como ela termina, não só nos faz acreditar na redenção, como nos mostra, em poucas palavras, de que são feitos os grandes textos literários”, enalteceu ainda o júri.

A obra vencedora vai ser editada pela Câmara Municipal de Ponta Delgada e o vencedor vai receber um prémio no valor de 7.500 euros, explica o comunicado.

A cerimónia de entrega do prémio e da menção honrosa está agendada para o dia 10 de outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

O Prémio Literário Natália Correia tem como como objetivo incentivar e apoiar o desenvolvimento das artes literárias, fomentando a criatividade, o gosto pela leitura e pela escrita. Foi criado em 2021 para distinguir autores com obras originais e inéditas redigidas em Língua Portuguesa.

Quinto aniversário das Letras Lavadas

Livro “Amores e Desencontros” de Márcia e Castro lançado no Convento de Santo António

© D.R.

O convento de Santo António, na freguesia de Santa Cruz, acolhe, no próximo dia 15 de julho, às 19h30, o lançamento do livro de Márcia e Castro, intitulado “Amores e Desencontros”, da editora Chiado Books, segundo nota de imprensa da câmara lagoense. A apresentação da obra vai ser realizada por Daniel Aguiar.

Esta é a primeira obra literária de Márcia e Castro, nascida em outubro de 1977 e é natural da cidade de Lagoa, mais precisamente do lugar da Atalhada.

Apaixonada pela escrita, principalmente por romances, considera-se uma romântica por natureza. Desde tenra idade que Márcia e Castro desenvolveu o gosto de criar histórias, condimentadas pela sua imaginação e fantasia, acreditando que tudo era possível.

Prémio Municipal de Criação e Investigação da Lagoa dedicado à criação literária

© CM LAGOA

A terceira edição do “Prémio Municipal de Criação e Investigação”, atribuído pela Câmara Municipal de Lagoa, será dedicada à criação literária, tal como a primeira edição, anunciou a autarquia lagoense.

O concurso pretende galardoar, anualmente, o autor ou autores da melhor investigação em temáticas concelhias, ou a melhor criação literária deste ano. Com o projeto, a autarquia visa, entre diversos aspetos, estimular e valorizar hábitos de escrita; promover a escrita criativa, e divulgar novos autores, explica a nota de imprensa da câmara.

As obras literárias a concorrer ao prémio em causa poderão ser de diversos géneros, tais como: poesia, ficção narrativa, dramaturgia, banda desenhada e obras infantojuvenis.

O vencedor receberá um prémio pecuniário no valor de 2000 euros, podendo o júri, caso assim o entenda, atribuir uma menção honrosa, não tendo esta direito a valor pecuniário, de acordo com a autarquia.

Os trabalhos concorrentes deverão ser submetidos de 1 de agosto a 2 de setembro, sob pseudónimo, por correio registado, com aviso de receção, para a sede do município ou podem ser entregues, pessoalmente, no mesmo local. Devem ser entregues cinco exemplares, de cada trabalho a concorrer. Para mais informações, a câmara recomenda a leitura do Regulamento deste concurso que se encontra disponível no portal da autarquia.

O Júri desta edição é composto por Anabela Cura, Pedro Almeida Maia e Telmo R. Nunes.

Anabela Cura é professora de português/francês, especializada em literatura portuguesa, conta no seu currículo com uma larga formação e experiência na área da promoção do livro e da mediação de leitura. Integra o Conselho Executivo da EBI da Lagoa. Para além de já ter marcado presença em outras iniciativas da Biblioteca Municipal de Lagoa, tem desenvolvido trabalhos em contexto hospitalar, integra, igualmente, as «Histórias Requinhas» e, mais recentemente, o projeto «Canta Comigo, Leio Contigo», este em parceria com Alda Casqueira Fernandes.

Por seu turno, Pedro Almeida Maia, na literatura, realiza incursões em diversos estilos, da música à crónica, do ensaio ao argumento, da poesia ao conto. Estreou-se no romance em 2012, quando venceu o Prémio Letras em Movimento, tendo os trabalhos mais recentes integrado o Plano Regional de Leitura ou sido agraciados pela crítica, sobretudo “Ilha-América” (2020) e “A Escrava Açoriana” (2022). No género novela, publicou “Nove Estações” (2014), selecionado para a Mostra LabJovem, e “A Força das Sentenças” (2023), vencedor do Prémio Manuel Teixeira Gomes.

Já Telmo R. Nunes, escreve por gosto, tendo obra dispersa pela imprensa regional açoriana e continental; integra antologias de contos e antologias poéticas; é autor das obras “Reflexões de Uma Quase Vida”, (Menção Honrosa no Prémio Literário Gaspar Frutuoso, Câmara Municipal da Ribeira Grande), em 2009 e “Inês, A Dualidade de Uma Vida”, em 2012. Em 2023 lançou, pela Editora Letras Lavadas, “O Lugar da Trindade” e “Outras Narrativas”.

A divulgação dos resultados do vencedor do “Prémio Municipal de Criação e Investigação” deste ano, se fará até ao dia 2 de dezembro de 2024.

A primeira edição do “Prémio Municipal de Criação e Investigação”, em 2022, foi dedicada à criação literária, tendo sido premiada a obra “O Menino de Prata que desejava Conhecer o Mundo”, de Nuno Almeida.

João de Melo volta à poesia após 44 anos para concretizar o poeta que vive em si

Escritor natural do Nordeste, residente no continente, pretende criar uma poesia “quotidiana, não apenas do autor, mas também dos leitores”

Nova obra marca o regresso do escritor açoriano à poesia após 44 anos © DL

O escritor João de Melo, natural da Achadinha, voltou ao Nordeste, no passado dia 24 de maio, para um serão literário e apresentação do seu mais recente livro de poesia “Longos Versos Longos”.

A nova obra, lançada em janeiro deste ano e editada pela Dom Quixote, é o regresso do escritor açoriano à poesia, após 44 anos. “Navegação da Terra”, publicado em 1980, era até agora o único livro de poemas de João de Melo.

Em conversa ao Diário da Lagoa (DL), o premiado escritor nordestense, residente no continente, promete dedicar-se à poesia a partir de agora, porque, mesmo na prosa, “sempre” foi um poeta, considera.

“Este livro tem uma história longa, antiga, e é constituída por versos, poemas, que fui fazendo ao longo de muito tempo, e que fui deixando em arquivo, assim como muitos outros, que estão em arquivo e que darão para mais livros”, conta João de Melo.

A que se deveu este regresso ao género lírico? “Regressei à poesia porque concluí que afinal era um absurdo estar a colocar tudo na prosa, onde já escrevi tudo o que tinha a dizer. Os “Longos versos Longos” são um regresso, não apenas ao passado poético que tenho, mas também ao presente e ao meu futuro próximo. Pretendo, a partir de agora, continuar a publicar poesia, porque mesmo na prosa, sempre fui um poeta. Das coisas que mais gosto de fazer é a poesia. É-me tão natural fazer poesia,” sente.

Com 112 páginas, “Longos Versos Longos” aborda temas diversos, como o amor, vida, terra, destino e angústias. “Existe toda uma sequência de poemas, que têm a ilha como tema. Depois, há outras sequências com um carácter filosófico muito discreto e abordagens diversas ao quotidiano,” realça o poeta.

João de Melo pretende que a sua poesia “seja quotidiana, e não arredada das pessoas. Quero que os leitores se revejam em algo da poesia, para que seja uma poesia não apenas do autor, mas também dos leitores”.

O evento, que decorreu no Centro Municipal de Atividades Culturais, no serão de 24 de maio, arrancou com a apresentação “Divulgação cultural na Casa João de Melo”. Foi ainda apresentada a entrevista sobre o autor, “A infância é eterna num escritor”, bem como o debate “O papel das vivências pessoais na produção literária”.

Nascimento de Antero de Quental assinalado em Ponta Delgada

© D.R.

Hoje, dia em que se assinala os 182 anos do nascimento de Antero de Quental, várias entidades assinalam a data com atividades em Ponta Delgada.

A Associação Amigos de Antero depôs, esta manhã, uma coroa de flores no túmulo do Poeta, no cemitério de São Joaquim.

Durante a manhã, das 9h30 até às 12h30, a associação promoveu um seminário no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, tendo como lema das comemorações “Os Ideais de Antero e os 50 anos de Abril”.

O seminário contou com as palestras “Os ideais filosóficos de Antero” (com o orador Luiz Fagundes Duarte – Filólogo, editor da Poesia de Antero e professor aposentado da Universidade Nova de Lisboa), “A ética de serviço público hoje” (com o orador Carlos de Almeida Farinha – Advogado, especialista em Direito Administrativo) e “Os desafios da Justiça” ( com o orador António Casimiro Ferreira- doutorado em Sociologia do Estado e do Direito, professor agregado da Universidade de Coimbra). Pelas 12H30, iniciou-se um debate.

A Associação Amigos de Antero vai também descerrar, esta tarde, pelas 15h00, uma lápide evocativa de Antero de Quental na rua José Bensaúde, n.º 46 , Ponta Delgada, na casa que, segundo a historiadora Fátima Sequeira Dias, terá sido a última residência do poeta, comunica ainda a nota da associação.

Por sua vez, a Câmara Municipal de Ponta Delgada assinalou também, hoje de manhã, o nascimento do escritor açoriano, com uma cerimónia evocativa, na qual participaram alunos de três escolas do concelho, comunica a autarquia, em nota de imprensa remetida à redação.

A celebração aconteceu no Jardim Antero de Quental pelas 11h00 e contou com várias declamações de sonetos do poeta proferidas pelos alunos da Escola Secundária Domingos Rebelo, Escola Secundária Antero de Quental e Colégio do Castanheiro. A Banda Filarmónica Harmonia Mosteirense também marcou presença.

Ainda no âmbito do Dia Municipal de Antero de Quental, foi colocada uma coroa de flores junto ao busto do escritor, naquele jardim, “enquadrada num minuto de silêncio em homenagem ao trabalho e vida deste escritor, poeta e filosofo micaelense que marcou e continua a marcar a história e literatura portuguesa”, comunica a autarquia.

Esta data marca o 182º aniversário de Antero de Quental, nascido em 1842, em Ponta Delgada. Considerado por muitos um líder intelectual do Realismo em Portugal, dedicou a sua vida à reflexão dos grandes problemas filosóficos e sociais de seu tempo. Desde cedo, procurou contribuir para a implantação das ideias vanguardistas, à procura da modernidade.