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Rui Santos estreia-se na escrita com lançamento de livro na Lagoa

Rui Santos vai lançar o seu primeiro livro “A tartaruga que adora fruta e o esquilo egoísta”, na Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira, Lagoa, a 19 de setembro pelas 16h00, segundo nota enviada pela autarquia lagoense. A apresentação da obra vai estar a cargo de Margaridas Benevides.

O autor, Rui Santos, nasceu em Ponta Delgada, em 1983 e reside há quatro anos na vila de Água de Pau. É animador sociocultural, trabalhando com um público em extrema exclusão social. Sempre gostou de escrever, sobretudo poesia, como forma de catarse. Apreciador de literatura e filosofia, atualmente, encontra-se a terminar a licenciatura em Psicologia, de acordo com o mesmo comunicado.

Editado pela Cordel d’Prata, o autor dedica a obra à filha, para quem criou a história editada agora em livro. Rui Santos confessa que o próprio interesse pela literatura infantojuvenil se deve à filha “que, desde cedo, se revelou uma voraz apreciadora de contos infantis, transmitindo essa paixão ao pai que, por sua vez, sentiu a necessidade de criar histórias para a filha. As ilustrações são da responsabilidade da editora Cordel d’ Prata, mais propriamente de Henrique Malon”, lê-se ainda.

A apresentação do livro, organizada pela Câmara Municipal de Lagoa, através da sua Biblioteca Municipal, é dirigida a toda a comunidade e instituições socioculturais e educativas, incentivando a promoção da leitura e o hábito de frequentar espaços culturais, como as bibliotecas.

Luso-brasileiro lança livro infantil sobre emigração dos Açores

© D.R.

O escritor e pesquisador luso-brasileiro, Daniel Evangelho Gonçalves, lançou o livro “Nem de Cá, Nem de Lá”, que conta a história de um açoriano, natural da Ilha Terceira, nos Açores, que decidiu fugir dos horrores da guerra do ultramar, fixando-se no Brasil, onde, entretanto, se deparou com a saudade do seu lar.

“Mas rapidamente encontra na Casa dos Açores do Rio de Janeiro o seu novo porto seguro, lugar onde se respira açorianidade e se mantêm as tradições por várias gerações, dando-lhe um gostinho de lar”, disse o autor numa nota divulgada sobre o livro que se tornou um projeto itinerante.

A obra, que conta a história emocionante de um açoriano que migra para o Brasil, está a percorrer as escolas das ilhas açorianas e já alcançou mais de mil crianças do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico e pretende chegar a 3.500 até o fim deste ano.

Com ilustrações feitas pelas próprias crianças da Casa dos Açores do Rio de Janeiro, o livro destaca-se por ser uma “ferramenta didática para ensinar sobre a emigração açoriana, promovendo o respeito pela diversidade cultural e mantendo viva a memória dessa importante prática migratória”.

Segundo Daniel Gonçalves, a obra “não é apenas um trabalho infantil escrito em verso”, pois “passou a ser quase que um livro didático sobre imigração”.

O autor contou que doou os direitos autorais do livro, cuja primeira edição está esgotada, para o projeto Cooperativa Regional de Economia Solidária dos Açores (CRESAÇOR).

“Uma nova edição já está sendo impressa. O livro vai estar disponível em cada escola do arquipélago, mas, quem quiser, pode solicitar um exemplar à CRESAÇOR”, frisou o autor.

A história é contada de forma lúdica, como numa técnica de narração de histórias que usa elementos e objetos da cultura açoriana, atraindo o interesse das crianças, pelo que, depois, é feito uma roda de conversa com os mais jovens sobre o tema da emigração.

O autor considera ainda que “o mais bonito do livro é que foi apresentado às crianças da Casa dos Açores carioca antes da sua publicação e esse público infantil fez as ilustrações que foram trabalhadas pela artista Margarida Andrade, CRESAÇOR, e, dessa forma, transformou-se no livro.

“É uma obra feita com o protagonismo também das crianças”, finalizou Daniel Gonçalves.

Recorde-se que a CRESAÇOR e a Casa dos Açores do Rio de Janeiro são duas instituições parceiras desta iniciativa literária, que conta também com o apoio do Governo Regional dos Açores. Um trabalho que visa “manter viva a memória desta prática migratória tão intrinsecamente importante para a história do arquipélago açoriano”.

Atualmente, o escritor e pesquisador luso-brasileiro Daniel Gonçalves, natural do Rio de Janeiro, vive na terra dos seus pais e avós, a Ilha Terceira, nos Açores.