A deputada do PSD/Açores Délia Melo afirmou que o Partido Socialista é “incapaz de apresentar propostas concretas” para o Hospital Divino Espírito Santo (HDES), considerando que o PS se limita a ser o “porta-voz do populismo e do alarmismo”, segundo nota enviada pelo partido social democrata.
“O PS de Francisco César continua a ser incapaz de apresentar propostas concretas para a recuperação e retoma plena da atividade do HDES. O deputado Francisco César é contra o hospital modular, mas não apresenta nenhuma solução alternativa. O PS tornou-se no porta-voz do populismo e do alarmismo na área da Saúde”, afirmou, citada na mesma nota.
Délia Melo disse ainda que, após o incêndio de 4 de maio de 2024, “a preocupação do Governo Regional foi assegurar a continuidade da prestação de cuidados de saúde aos doentes e a retoma de funcionamento do HDES”.
“A opção pela construção de um hospital modular não foi uma decisão política, mas uma decisão técnica, tomada pelo Governo Regional, depois de ouvida a direção clínica do HDES, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros, a Comissão de Catástrofe e a equipa de Engenheiros do Hospital de Santa Maria, de Lisboa, que visitou o HDES e partilhou a sua larga experiência, num trabalho de inegável qualidade”, frisou.
Segundo a vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores, “a construção do hospital modular é a solução mais rápida para retomar a prestação de cuidados de saúde no HDES, cujo funcionamento foi severamente afetado pelas devastadoras consequências do incêndio de 4 de maio”, lê-se.
“A retoma da atividade e a entrada em funcionamento, de modo faseado, do hospital modular, tem por objetivo assegurar a total segurança na prestação de cuidados de saúde, bem como a segurança dos profissionais de saúde e colaboradores do HDES”, explicou ainda.
“O processo de reabilitação e recuperação do HDES tem por objetivo responder aos novos desafios da saúde, preparar este hospital para o futuro e dotá-lo de novos equipamentos, tecnologicamente avançados. No fundo, trata-se de romper com a falta de investimento que caracterizou os governos do PS/Açores”, salientou, de acordo com o mesmo omunicado.
Para Délia Melo, “o PS transformou o incêndio no HDES num instrumento de combate político, quando deveria preocupar-se com a prestação de cuidados de saúde aos açorianos e apresentar soluções para que os Açores possam superar esta tragédia”.
O presidente do PS/Açores, Francisco César, afirmou esta quarta-feira que o Governo regional do PSD/CDS-PP/PPM não sabe bem “qual o caminho que quer tomar” em relação ao futuro do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), segundo nota de imprensa do partido socialista.
Para Francisco César, que falava à margem de uma reunião com o Conselho de Administração do HDES, “este é um Governo muito rápido a tentar fazer propaganda e muito lento a tentar resolver aquilo que são as suas funções”, lê-se.
“O que nos preocupa nesta matéria é termos uma infraestrutura que está em parte paralisada, em que não foram feitas obras e termos soluções de recurso que estão, neste momento, a prestar um serviço à população que não é bom”, terá assegurado, na ocasião.
O socialista considerou haver muita coisa que ainda não se sabe o que é que é para fazer, reforçando que: “neste momento há um edifício modular que está em construção e que já vai ser ampliado porque se percebeu que a capacidade para aquilo para que foi projetado não era suficiente para as necessidades da ilha”, lê-se ainda, na mesma nota.
Conforme o líder socialista, “optaram por tentar fazer um novo hospital sem se perceber bem que tipo de hospital é que nós queremos”.
“Só vale a pena tomar decisões quando nós sabemos o que é que queremos fazer”, admitiu o socialista, para reafirmar que o Governo “não sabe bem qual é o caminho que quer tomar”.
“Desde o início deste processo que foi dito que era necessária uma ajuda de Bruxelas, que acabou por não acontecer, porque o montante da reparação do hospital era demasiado elevado”, frisou Francisco César, citado na mesma nota, alertando ainda que quando se pergunta o montante da reparação, o Governo diz “não saber qual é o valor”, lê-se.
“Ora, se não sabe o montante, como é que sabia que não se poderia candidatar?”, questionou o socialista, na mesma reunião. “Se não fosse o facto de nós termos perguntado à União Europeia se efetivamente isso tinha acontecido, estaríamos, até hoje, na ilusão de que o Governo tinha feito uma candidatura que na verdade não fez”, acrescentou Francisco César.
O presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores, João Bruto da Costa, acusou, esta segunda-feira, 30 de setembro, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de “desconhecer a realidade da região” e de “fazer politiquice com a saúde dos açorianos”, após as declarações do socialista, no congresso regional do PS/Açores, sobre a situação no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada.
No domingo, o secretário-geral do PS tinha criticado o Governo dos Açores pela demora em fazer o levantamento dos prejuízos do incêndio no HDES e acusou o executivo açoriano de “insensibilidade social” devido à redução dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção e à aprovação, por parte do PSD, da recomendação do Chega para priorizar as crianças com pais trabalhadores no acesso à creche.
O social democrata João Bruto da Costa, segundo comunicado do partido, acusa agora Pedro Nuno Santos de estar “mal informado sobre a realidade dos Açores, nomeadamente no que diz respeito ao HDES”, recordando que “o primeiro levantamento dos prejuízos foi anunciado pelo Governo regional a 22 de maio, três semanas após o incêndio”.
A 24 de maio, no debate do Orçamento da Região para 2024, foi aprovada, com o voto favorável dos deputados do PS, uma proposta de alteração que criou uma rubrica de 24,3 milhões de euros para a recuperação do HDES, lê-se, na mesma nota.
A 5 de julho, o governo açoriano entregou na Assembleia Legislativa uma série de relatórios, nomeadamente sobre os custos resultantes do incêndio no HDES e o montante da despesa com a construção do hospital modular. “Ou seja, apesar de mal informado sobre a situação do HDES, o secretário-geral do PS não resistiu a fazer politiquice com a saúde dos açorianos” afirma João Bruto da Costa.
De acordo com presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores, “o secretário-geral do PS mostrou também desconhecer a realidade social e económica dos Açores”, pois “os Açores têm hoje a maior população empregada de sempre, a economia cresce há 39 meses consecutivos e os salários dos trabalhadores aumentam de ano para ano”, diz ainda João Bruto da Costa, na nota.
No comunicado, João Bruto da Costa acusou ainda Pedro Nuno Santos de ter sido “um mau ministro para os Açores”, de ignorar os “interesses dos Açores”, de adiar o processo do novo cabo submarino de telecomunicações entre os Açores e Portugal Continental, e, ainda deixar “na gaveta a revisão das Obrigações de Serviço Público de transporte aéreo para as ilhas do Faial, Pico e Santa Maria”.
O Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, reabriu esta terça-feira, 24 de setembro, o bloco operatório nas suas instalações principais com a reativação de duas salas, adiantou a secretária regional da tutela, Mónica Seidi.
Com esta medida, “dá-se mais um passo no sentido de colmatar os constrangimentos associados à dispersão dos serviços, neste caso em particular, pela Clínica do Bom Jesus que, desde 4 de maio, foi uma das instituições a acolher doentes retirados da maior instituição de saúde dos Açores após o incêndio deflagrado”, explica o comunicado.
“Esta fase é de recuperação, com uma reabertura estratégica e faseada de mais um dos serviços dentro do perímetro do hospital”, frisou a governante, que visitou, na terça-feira, a Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada.
A secretária regional explicou que o plano inclui a intervenção nas instalações do hospital de Ponta Delgada, “desde as limpezas, à substituição de filtros, portas e, claro, testes de qualidade”.
À saída de um encontro com a administração da Clínica do Bom Jesus, a secretária da Saúde e Segurança Social declarou que a abertura de duas salas de operação “permitirá melhorar a reorganização da atividade cirúrgica, porque volta a ser realizada no espaço do hospital, o que leva a melhorias nos tempos operatórios e do número de doentes intervencionados”.
Com a reabertura de duas salas do bloco operatório voltam a ser realizadas intervenções cada vez mais diferenciadas, diz o Governo regional, no mesmo comunicado, e “será feito também, nas próximas semanas, um trabalho ao nível do horário de funcionamento para que seja possível começar a trabalhar na redução das listas de espera”.
Mónica Seidi procura que haja “uma produção acrescida para doentes prioritários que sejam operados em horário laboral e que não estejam contemplados no programa CIRURGE”.
O Bloco de Esquerda Açores (BE/Açores) diz estar preocupado com os impactos concretos provocados pela demora na reabertura de serviços do Hospital de Ponta Delgada e critica a falta de explicações do governo, segundo nota de imprensa enviada pelo partido.
António Lima, que reuniu ontem, 3 de setembro, com a Ordem dos Médicos, realçou o adiamento de cirurgias, que terá “um impacto muito sério na saúde e na vida das pessoas”, citado no comunicado.
O deputado do BE/Açores lembra que atualmente estão a ser realizadas apenas cirurgias prioritárias, e que todas as restantes, que não estão a ser realizadas agora, “passarão a ser urgentes e terão impacto sério na saúde e na vida das pessoas que estão à espera”, disse ainda.
António Lima considera ser fundamental conhecer os números de toda a atividade adiada “e reabrir o máximo de serviços o mais rapidamente possível”.
Em relação ao hospital modular, o deputado do Bloco criticou o presidente do governo regional por ter anunciado “uma coisa em julho” e concretizar agora “outra totalmente diferente”, porque o serviço de urgência que hoje abriu é apenas para situações não urgentes, e só estará a funcionar em pleno daqui a alguns meses. “O que a população esperava era um serviço de urgência em pleno funcionamento”, concluiu António Lima, no mesmo comunicado.
Sobre as opções tomadas após o incêndio no HDES, o Bloco tem ainda muitas dúvidas e lamenta a falta de explicações do governo: “Temos dificuldade em perceber o porquê de muitos serviços do hospital não reabrirem totalmente. Sabemos que é um processo demorado, mas faltam explicações”.
O Bloco lembra ainda, na nota, que enviou um requerimento ao governo com várias perguntas sobre este assunto, mas apesar de já ter terminado o prazo legal para o efeito, o governo continua sem enviar as respostas.
Além dos problemas com o Hospital de Ponta Delgada, o Bloco está também muito preocupado com os problemas financeiros, a falta de investimento e a saída de médicos do Serviço Regional de Saúde.
António Lima referiu que só o ano passado saíram 16 médicos especialistas do HDES, e que no Hospital da Terceira existem 46 médicos tarefeiros e apenas 107 médicos especialistas no quadro.
O HSEIT “está cada vez mais dependente de médicos que não são do quadro, o que é muito mais caro”: em apenas um ano, o hospital da Terceira fez mais de 90 contratos por ajuste direto com médicos tarefeiros, no valor de vários milhões de euros, segundo o BE/Açores.
“Este dinheiro devia ser destinado a dar verdadeiros incentivos à fixação de médicos na Região, para que, num contexto em que há poucos médicos no país, os Açores conseguissem garantir a presença de profissionais para dar resposta às necessidades das pessoas”, considera António Lima.
O partido lamenta também a situação financeira insustentável “em que o governo da coligação está a deixar o Serviço Regional, deixando as Unidades de Saúde de Ilha com um passivo que já atinge os 50 milhões de euros”, diz ainda a nota.
“Afinal, o Governo não pagou às Unidades de Saúde de Ilha aquilo que disse que tinha pago, em 2023”, assinalou António Lima.
“Este caminho de insustentabilidade do Serviço Regional de Saúde tem consequências na saúde das pessoas, tem consequências nas infraestruturas, como vimos no incêndio no HDES, fruto de muitos anos de desinvestimento, e tem consequências financeiras”, disse o deputado, que acrescentou que “este é um caminho que beneficia interesses privados e empurra as pessoas para os serviços de saúde privado”.
A secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, adiantou no sábado, 31 de agosto, numa visita ao hospital modular em São Miguel, que o serviço de urgências na unidade vai abrir na terça-feira, sendo de esperar que a mesma esteja a “funcionar em pleno” até ao último trimestre do ano, de acordo com comunicado do Governo dos Açores.
“Na próxima terça-feira, dia 3, pelas 16h00, aquilo que nós chamamos de serviço de urgência do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), a funcionar no Centro de Saúde da Ribeira Grande, move-se para este novo serviço de urgência HDES hospital modular. Os doentes de menor complexidade, que anteriormente eram observados naquela infraestrutura, serão observados aqui”, adiantou a governante.
Em causa está a montagem de um hospital modular que vem atenuar os impactos do incêndio registado em maio no HDES, em Ponta Delgada.
A urgência geral vai ter dois postos de zona de triagem e 16 a 20 espaços de observação, para além de uma sala de emergência, um quarto de isolamento e um gabinete de enfermagem. Já a urgência pediátrica abarca dois gabinetes médicos, e oito a dez espaços de observação.
Numa próxima fase, adiantou Mónica Seidi, vão ser abertas duas enfermarias no hospital modular, “que poderão dar algum ‘back-up’ se houver um aumento de procura”.
Posteriormente, vão avançar serviços como cuidados intensivos, cuidados intermédios, o próprio bloco operatório e uma sala de imagiologia.
“Estamos a falar de uma sala que vai ter de ter um revestimento de chumbo e por muita boa vontade, que há e tem sido acautelada nesta infraestrutura, não é algo que se faça de um dia para o outro”, lembrou a governante.
Sobre o futuro do HDES, Mónica Seidi adiantou que a sua requalificação vai exigir um plano funcional, que já foi adjudicado, num processo naturalmente “moroso”.
O PAN/Açores critica a postura do Governo regional no processo de reconstrução do maior hospital da região – Hospital do Divino Espírito Santo – “colocando em causa o Serviço Regional de Saúde e a importância deste na vida da população açoriana”, segundo nota de imprensa enviada pelo partido.
O PAN afirma ainda que a postura do Governo regional no debate de urgência, que teve lugar no plenário do mês de Julho, “deixou antever que o processo de reconstrução do HDES será pautado por falta de diálogo e transparência, contrariando o apregoado durante a discussão do orçamento regional. Foram várias as perguntas realizadas durante o debate de urgência que ficaram sem resposta, sobretudo no que respeita às causas do incêndio e cronograma de execução do investimento de reconstrução do HDES”, acusa o partido.
O PAN/Açores considera também que o convite para a apresentação do projeto do hospital modular, sem auscultação dos partidos com assento parlamentar, veio “agudizar a situação, desrespeitando a centralidade do parlamento açoriano, especialmente num projecto com esta envergadura e importância para os Açores, num momento que se queria de união, em que todos devem fazer parte da solução”.
Para o deputado e porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves, “A opacidade do Governo quanto às verdadeiras causas do incêndio no Hospital de Ponta Delgada e a decisão unilateral de construir o hospital modular sem o devido diálogo com todos os partidos políticos revela a verdadeira face de um Governo que menoriza o diálogo e a colaboração, um exemplo de falta de transparência e de arrogância. O PAN/Açores rejeita esta política de imposição que mina a confiança pública e compromete a saúde dos açorianos”, conclui.
A abertura do serviço de urgência no hospital modular em agosto, sem a abertura dos serviços de imagiologia, bloco operatório e unidade de cuidados intensivos – que só abrirão em outubro – “significa que não poderá ser dada resposta às situações mais graves”, segundo o Bloco de Esquerda/Açores.
“Mais uma vez, o governo regional não está a ser transparente com os utentes em relação aos cuidados de saúde que terão nos próximos tempos. Na prática, a única novidade avançada ontem pelo governo regional foi o adiamento da abertura do funcionamento pleno do hospital modular de agosto para outubro” acusa ainda o BE, em nota de imprensa.
A 7 de junho, a secretária regional da Saúde garantiu que o hospital modular estaria em funcionamento até ao fim do mês de agosto. O compromisso foi reafirmado pelo presidente do governo a 18 de junho.
O Bloco de Esquerda diz manifestar a sua “estupefação com o anúncio” feito a 18 de julho pelo governo regional de que, afinal, a abertura plena do hospital modular foi adiada para outubro.
“A nossa expectativa é, pois, que comecem a chegar contentores no final do mês de julho e que possamos ter a expectativa, que é uma preocupação e justa intenção de todos nós, de ter serviços a partir de agosto”, afirmou o presidente do governo a 18 de junho.
O anúncio da abertura do serviço de urgência até final de agosto e dos restantes serviços – imagiologia, bloco operatório, unidade de cuidados intensivos – apenas em outubro significa que o serviço de urgência não poderá funcionar em pleno, uma vez que isso não é possível sem esses serviços de apoio que só entrarão em funcionamento em outubro, entende o partido.
“É por isso cada vez mais difícil de perceber o racional da opção pela infraestrutura modular anunciada em detrimento da aposta na reabertura plena do HDES, quando mesmo o fator tempo já derrapou dois meses”, acusa ainda o BE/Açores, na mesma nota.
O BE/Açores aponta ainda que o hospital modelar “terá uma capacidade muitíssimo inferior à do HDES e que só funcionará em pleno em outubro. Isso, se, entretanto, não houver mais adiantamentos”.
“Mantém-se também a ausência de explicações do governo regional sobre o que impede a reabertura em pleno dos serviços no edifício do HDES que ainda se encontram encerrados, nomeadamente sobre o que tem levado à alegada má qualidade do ar e concretamente quais são os parâmetros que têm falhado nas análises efetuadas” questiona também o partido.
“A demora da retoma plena do HDES trará danos incalculáveis na saúde nos Açores e por isso era fundamental que todos os esforços e recursos do governo regional fossem alocados à reabertura de todos os serviços do HDES, o que claramente não está a acontecer” lê-se ainda no mesmo comunicado.
O grupo parlamentar do CDS-PP marcou também presença na sessão de apresentação do hospital modular, que aconteceu ontem, 17 de julho.
Após a apresentação, o deputado do CDS-PP, Pedro Pinto, em declarações aos jornalistas, disse que “a nova estrutura dará resposta àquelas que são as necessidades imediatas, fazendo regressar ao perímetro do Hospital todos os serviços que, de momento, se encontram espalhadas pelas várias Unidades de Saúde na ilha de São Miguel”.
Afirmou ainda que “procedendo a essa concentração no mesmo recinto, vai ser possível optimizar o serviço prestado aos utentes, na medida em que os profissionais regressarão à casa mãe”, destacando que “de momento estão condicionados pela distância e pela separação dos diversos serviços”, concluindo que “um hospital não funciona com serviços individuais, há sim uma cooperação natural entre os diversos serviços e essa é a sua essência”.
O parlamentar garantiu que apesar da separação dos serviços “os cuidados médicos e cuidados clínicos estão a ser assegurados ao mais alto nível, quer pelas Unidades de Saúde de Ilha, quer pelas Unidades de Saúde privadas”.
Relativamente à funcionalidade do hospital modular, o deputado evidenciou que a mesma “além de permitir o regresso, permitirá simultaneamente a reconstrução e requalificação do atual edifício do HDES”.
“À medida que os serviços forem regressando ao edifico original, novas valências serão reacomodadas na estrutura modular, de forma a reconverter o hospital de acordo com os atuais padrões de exigência que atualmente se aplicam na área da medicina”.
Em conclusão, Pedro Pinto afirmou que “a solução encontrada foi a melhor solução, porque é a que os técnicos e profissionais de saúde defenderam e propuseram”, referindo que “não houve uma decisão política a impor-se àquilo que são as decisões técnicas, houve sim uma audição daquelas que são as necessidades de apoio e de prestação de cuidados de saúde aos utentes”.
El projeto do hospital modular, a ser construído nos terrenos junto ao Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, foi ontem, 17 de julho, apresentado partidos políticos com representação parlamentar.
Na apresentação do projecto, o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, alertou para o facto de uma situação provisória “nunca poder tornar-se definitiva”, sendo que esse foi um compromisso assumido pelo Governo regional. O Chega vai assumir “esse trabalho fiscalizador”, garantindo que em finais de agosto vai visitar a obra para perceber se foram cumpridas as metas estabelecidas, segundo nota de imprensa do partido.
José Pacheco referiu que no âmbito de uma visita ao HDES há cerca de dois anos, já tinham sido denunciados muitos problemas, “que agora se veio a constatar que afinal tinham mesmo de ser solucionados”, alertando que o hospital modular tem de ser efectivamente uma solução provisória até se avançar com a requalificação e remodelação do HDES. “Não podemos ter um pavilhão degradado ao fim de 20 anos e manter a requalificação do Hospital por fazer”, alertou ainda.
“A nossa função é fiscalizar e é importante que as pessoas percebam que o que aconteceu no HDES foi um sinal de alarme que é para levar muito a sério”, pois numa região vulcânica como os Açores, há que ter capacidade para deslocar serviços, nomeadamente a estrutura que agora começa a ser montada, para dar apoio a outra ilha se necessário. “Há o compromisso do Governo Regional para isso e o Chega vai estar muito vigilante no seu papel fiscalizador, para ver se isso acontece mesmo”, explicou José Pacheco, citado na mesma nota.
Quanto ao hospital modular, José Pacheco entende que é a solução possível, ressalvando que “podíamos ter menos estudos e mais ação. Temos de aprender a ser mais rápidos nas soluções. Não estamos acostumados nos Açores a trabalhar com eficácia. Estamos muito acostumados a estudar tudo e a fazer muito pouco e isto tem de acabar” acusou o líder do Chega.
José Pacheco deixou ainda o reparo que na nova estrutura modular vão ser instaladas máquinas de vending, quando as pessoas que passam horas à espera de uma consulta ou numa urgência precisam de algo mais reconfortante do que snacks frios. José Pacheco recordou que o bar no HDES foi encerrado há alguns anos e nunca foi reaberto, apesar da insistência do Chega, sendo uma situação incomportável para quem passa largas horas no Hospital à espera de consultas ou de exames.