Vítor Girão Bastos
Professor de Geografia
Mestre em Educação na Área de Especialidade “Tecnologias Digitais”
Há já algum tempo que utilizo os videojogos em contexto de aprendizagem, enquanto metodologia de aprendizagem ativa inovadora. Com a evolução tecnológica, os videojogos deixaram de ser apenas um passatempo, passando a ser aliados na aquisição e desenvolvimento de diversas competências, que considero estruturantes, nos alunos. Além disso, podem ser uma fonte de motivação.
De uma forma geral, ainda é visível alguma resistência no uso pedagógico dos videojogos. Mas o meu “saber só de experiência feito”, tem-me revelado que são diversos os benefícios pedagógicos do seu uso. Considero quase inquestionável os seus benefícios no processo de ensino e de aprendizagem.
Ao contrário do que se possa pensar, os videojogos criam ambientes interativos onde os alunos podem aprender de forma dinâmica, prática e divertida. No meu caso, tenho produzido e utilizado videojogos que, de alguma forma, se podem integrar na aprendizagem da disciplina que leciono – Geografia.
Assim sendo, por experiência própria, posso afirmar, com toda a certeza, que a utilização de videojogos educativos traz diversas vantagens. A motivação e consequente envolvimento dos alunos, como mencionado anteriormente, é uma das principais. Sabemos como, por vezes, pode ser difícil manter os alunos interessados e empenhados nas tarefas escolares. Contudo, ao disponibilizarmos conteúdos interativos e apelativos como os videojogos, conseguimos captar mais facilmente a atenção dos alunos e motivá-los a ter um papel mais participativo. Por outro lado, a utilização de videojogos permite, ainda, desenvolver competências como o raciocínio lógico, resolução de problemas e tomada de decisão em tempo real.
Outra das vantagens é que os videojogos permitem uma aprendizagem ao ritmo de cada aluno, contribuindo para que cada um possa explorar os conceitos de forma individual e progredir quando se sente preparado. Existem também alguns jogos que incentivam a colaboração e o trabalho em equipa, ao mesmo tempo que oferecem uma competição saudável. Tais dinâmicas reforçam as relações interpessoais e promovem competências de comunicação e colaboração. Por fim, no ambiente virtual, os alunos têm a liberdade de falhar e tentar novamente, o que promove um estilo de aprendizagem resiliente, fazendo com que o “erro” seja algo natural.
Posto isto, reforço que, de acordo com o meu “saber só de experiência feito” – como diria Camões – os videojogos, quando utilizados de forma eficaz, são uma ferramenta valiosa em contexto pedagógico. São um excelente recurso que permite enriquecer e complementar os espaços de aprendizagem permitindo que os alunos adquiram e desenvolvam diversas competências, as quais podem ser mobilizadas a curto prazo, em contextos de aprendizagem escolar, mas também a longo prazo, na aprendizagem ao longo da vida, quer em contexto pessoal ou laboral.
Como professores, e tendo em conta o papel fundamental que temos na educação e no desenvolvimento dos alunos, é importante vencer algumas resistências e alguns receios, indo por “mares nunca de antes navegados”, acompanhando os tempos e as novas tecnologias pelo bem da aprendizagem dos nossos alunos. A Associação de Empresas Produtoras e Distribuidoras de Videojogos (AEPDV) lançou o manual prático “Games in Schools”, que pode ser um recurso para professores que querem começar a utilizar videojogos como complemento ao ensino. Afinal, os videojogos, longe de serem uma distração, podem ser uma forma eficaz de envolver os alunos e promover uma aprendizagem mais profunda, prática e significativa.
A secretária regional da Saúde e Segurança Social presidiu ontem, 9 de janeiro, à assinatura da terceira adenda ao acordo de Cooperação 2023-2024 para o Setor Social e Solidário, juntamente com a URIPSSA – União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a URMA – União Regional das Misericórdias dos Açores, segundo comunicado do Governo Regional dos Açores.
A adenda refere-se a uma comparticipação extraordinária no valor de 1.250.00 euros, que visa minimizar os efeitos da inflação, de despesas extraordinárias de funcionamento e dificuldades de tesouraria, cuja distribuição será feita pelas instituições que prestem respostas sociais, explica a nota.
Pela primeira vez na região, lê-se, será majorado o valor padrão em creches para crianças com deficiência, com um grau de incapacidade igual ou superior a 60 por cento (%). Esta majoração ao valor padrão será de 60%.
Já a comparticipação extraordinária para as respostas de Lar Residencial, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário vai corresponder a um aumento de 3,5% da comparticipação financeira mensal das respostas sociais. No caso de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) o aumento corresponde a 3,1% da comparticipação financeira mensal, lê-se ainda.
Em todos os casos, a comparticipação tem efeitos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2024, sendo atribuída já neste janeiro.
“Já tínhamos manifestado total abertura e disponibilidade para rever o valor padrão das respostas sociais na Região de modo a trazer uma maior estabilidade às instituições. Este é apenas mais um exemplo em que vemos o Governo Regional dos Açores a cumprir com os seus compromissos, e a pôr as pessoas primeiro, e sempre as que precisam de maior proteção”, sublinha Mónica Seidi, citada no mesmo comunicado.
Foi a convite do “astrónomo amador”, Válter Reis, que 25 alunos e professores da Escola Secundária da Lagoa se inscreveram, através da entidade NUCLIO (Núcleo Interativo de Astronomia e Inovação em Educação), na “segunda campanha” da chamada “caça aos asteroides”, explica o professor Luís Filipe Machado. Designado por projeto IASC (International Astronomical Search Collaboration), para além de “mapear a trajetória dos asteroides já conhecidos”, o objetivo passa por descobrir os ainda não identificados, contribuindo para a diminuição do seu risco de colisão com a Terra. O responsável refere que, dos inscritos, “19 trabalharam mesmo no projeto”, após receberem uma “formação” pela Universidade de Coimbra, “via Zoom” para conseguirem trabalhar com os softwares adequados.
Com o telescópio da escola, adquirido com o apoio da Câmara Municipal de Lagoa, do grupo Bensaúde e da Anacom, os alunos e professores conseguem alcançar uma distância que os permite observar a “cintura de asteroides” que se encontram a uma distância do Sol “relativamente parecida à dos planetas do nosso Sistema Solar”. Os asteroides encontrados terão surgido nessa zona.
À escola, foram disponibilizados “dois pacotes de 50 ficheiros” pelo IASC, dos quais apenas um terá sido necessário para a grande descoberta. “O ficheiro permite-nos identificar os asteroides já nomeados e registar as posições deles em 15 minutos. Ora, quando não aparece o nome, cuidado que podemos ter tido sorte de encontrar um não referenciado e foi o que aconteceu.”, declara o professor.
Luís Machado demonstra o seu orgulho, não só pelo clube de astronomia ter feito uma descoberta de “dois asteroides não identificados”, mas pelo facto de esta ter sido feita por dois alunos “sozinhos em casa, sem o envolvimento de nenhum professor”.
Joana Raposo e Miguel Medeiros, de 16 anos, fizeram a descoberta “sem se aperceberem” do sucedido e suspeita-se que “possa haver mais do que dois asteroides”. A felicidade dos alunos é visível e o fenómeno só aumentou o entusiasmo que sentem pela atividade.
Só dentro de cerca de cinco anos é que a Escola Secundária da Lagoa (ESL) terá a oportunidade de atribuir um nome aos asteroides encontrados. O processo demorado, passa por uma série de investigações por parte de várias entidades que deverão traçar e verificar a trajetória dos asteroides. “Só quando houver dados suficientes para poder ter uma trajetória minimamente definida é que se pode batizá-lo”, explica Luís Filipe Machado.
Será a 28 de fevereiro que o clube de astronomia vai promover um evento que contará com a exposição de “16 astrofotografias”, das quais 12 são “propriedade do OASA (Observatório Astronómico de Santana)”, e quatro terão sido “capturadas pelo telescópio” da ESL, as quais ficarão em exibição permanente no hall de entrada da escola, explica o professor. A exposição engloba, ainda, arte alusiva ao espaço criada pelos alunos de Educação Visual.
A cerimónia contará com a participação dos astrónomos amadores João Porto e Válter Reis, como forma de agradecimento, por parte do clube, à ajuda prestada e com uma palestra lecionada por Pedro Machado, cuja temática será os asteroides.
Esta conferência, que já se encontrava planeada antes da grande descoberta do clube de astronomia, tornou-se ainda mais especial e será complementada com a entrega ao clube de um “certificado da NASA”.
Os anos que se seguem prometem trazer novidades para o clube de astronomia, que tem vindo a participar em diversas atividades que ajudam os alunos a se “sentirem motivados” na sua integração.
A Câmara Municipal da Ribeira Grande abriu as inscrições para atribuição de bolsas de estudo a alunos do ensino superior, residentes no concelho da Ribeira Grande, no valor total de 140 mil euros, segundo nota enviada pela autarquia.
As candidaturas podem ser apresentadas até ao dia 31 de janeiro de 2025, mediante preenchimento de um formulário que deve ser entregue na Divisão de Ação Social e Educação da autarquia, ou através do email da mesma, lê-se.
Podem candidatar-se todos os alunos residentes no concelho da Ribeira Grande que se matriculem, ou que já tenham ingressado no ensino superior, cujos agregados familiares apresentem dificuldades económicas, devidamente comprovadas, explica a mesma nota.
As bolsas de estudo consubstanciam-se em prestações pecuniárias mensais, com duração máxima de 10 prestações, e pagamento de uma passagem aérea, a atribuir por cada ano letivo, se o local de estudo do candidato localizar-se fora de São Miguel.
O pagamento da passagem terá como valor máximo o da tarifa de estudante e as bolsas de estudo terão como valor máximo 25% do salário mínimo regional, em vigor no ano da candidatura à bolsa de estudo, pode ler-se ainda.
Para o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, citado no mesmo comunicado, “esta é uma das medidas que este executivo camarário implementou e tem mantido no sentido de proporcionar melhores condições aos estudantes ribeiragrandenses que frequentam o ensino superior e seus agregados familiares, para que possam cumprir e concluir o seu percurso formativo, naquele que já é um investimento próximo de um milhão de euros desde o seu arranque”.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada entregou o Prémio de Mérito Escolar a 24 alunos do Ensino Não Superior, “em resultado do notável desempenho e notas obtidas no ano letivo de 2023/ 2024”, segundo nota enviada pela autarquia.
Os Prémios de Mérito Escolar são atribuídos, anualmente, aos melhores alunos do terceiro ciclo, secundário, profissional das escolas de Ponta Delgada e artístico que cumpram um conjunto de requisitos associados à sua classificação e desempenho, explica a nota.
“É com enorme orgulho e uma profunda satisfação que, em nome da Câmara Municipal de Ponta Delgada, me encontro aqui hoje para homenagear estes notáveis jovens. Ano após ano, temos testemunhado, com grande alegria, um aumento no número de Prémios de Mérito Escolar atribuídos, o que reflete o crescente compromisso da nossa juventude com o conhecimento e a excelência”, afirmou o presidente da câmara de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, na cerimónia que teve lugar na passada terce-feira, 10 de dezembro, no Salão Nobre, nos Paços do Concelho, lê-se ainda.
Para o governante, citado no mesmo comunicado, “este facto é um sinal inequívoco de que estamos a formar uma geração cada vez mais preparada para enfrentar os desafios do presente e do futuro. Desafios estes que, embora distintos dos enfrentados pelas gerações anteriores, exigem uma responsabilidade ainda maior num mundo em constante mudança”, salientou.
Na ocasião, o presidente da autarquia realçou ainda o papel fundamental que os encarregados de educação e os professores ocupam na conquista do sucesso escolar.
“Estes prémios simbolizam o mérito que vocês conquistaram, mas também o apoio inestimável das vossas famílias e professores. Em cada momento, eles estiveram ao vosso lado, oferecendo orientação, força e incentivo para que pudessem atingir o vosso máximo potencial. Este é também um momento de gratidão e reconhecimento a todos aqueles que contribuíram para o vosso sucesso”, reiterou.
Numa cerimónia onde frisou a importância do amanhã e do não desistir, Pedro Nascimento Cabral, deixou um conselho aos jovens estudantes.
“Jamais se deixem vencer pelos obstáculos que possam surgir. A vida revela-se extraordinária quando nos dedicamos ao que mais amamos. É esse espírito de superação que queremos ver em cada um de vocês, um espírito que não reconhece fronteiras nem impõe limites à felicidade e à realização pessoal. Sonhem alto, sejam resilientes e mantenham-se conscientes do mundo que vos rodeia. Acreditamos plenamente na vossa capacidade de construir um futuro brilhante e cheio de oportunidades”.
O autarca concluiu o seu discurso sublinhando o facto destes jovens representarem “o futuro da nossa identidade coletiva, a essência de quem somos e de quem aspiramos ser enquanto comunidade”.
A cerimónia contou ainda com um momento musical protagonizado pelo Conservatório Regional de Ponta Delgada.
Dezassete alunos do segundo ano do Curso Técnico/a de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade, da escola profissional INETESE, dinamizaram um Mercadinho de Natal solidário, no âmbito da disciplina Área de Integração. O mercado foi aberto à comunidade em geral, e decorreu ao longo desta quarta-feira, 11 de dezembro.
O Diário da Lagoa (DL) visitou a iniciativa e falou com a diretora pedagógica da escola, Sónia Cabral, que nos explicou que a ideia surgiu da Academia Empreendedora: Escola de Líderes, que desafia a escola a dinamizar iniciativas diferenciadas, como mercadinhos e bazares e o “Empreendedor por um dia”.
Por sua vez, a professora Maria Beatriz Pereira, coordenadora deste projeto na escola lagoense, convidou os alunos a montar uma banca solidária para angariar receitas para apoiar outra iniciativa, nomeadamente, o «Pai Natal Solidário» dos CTT, uma ação de solidariedade que surpreende crianças em situação de risco, realizando os seus desejos de Natal.
Conforme nos explicou a coordenadora, “este ano lembramo-nos, em turma, de apadrinhar as cartas dos CTT, e aproveitar a dinamização do ‘Empreendedor por um dia'”.
Os alunos participantes contribuíram levando para o mercadinho artigos de casa, como livros, peças de artesanato, sandes, sobremesas e bolos caseiros.
O aluno Martim Trindade, de 17 anos, contou-nos que “a professora falou connosco e aceitamos logo apoiar a causa”. Sobre o decorrer do mercadinho, o aluno lagoense explicou que “a escola e muitos professores estão a apoiar. Tivemos doações de alguns professores. O convívio está a ser bom. Com o dinheiro angariado vamos comprar brinquedos para as crianças dos lares”.
Por sua vez, Maria Alice Carreiro, de 16 anos, explicou que a preparação começou cedo, “a ajudar uns aos outros. Algumas pessoas estão a doar dinheiro mesmo sem comprarem os produtos. Cada um de nós trouxe uma sobremesa de casa ou outro artigo. Eu trouxe as tangerinas que o meu pai vende”.
Luana Almeida, 16 anos, trouxe presépios artesanais, tal como o seu avô, Manuel Pacheco, fazia. “O meu avô para se entreter em casa começou a fazer estes presépios e até participou em feiras”, recorda a aluna do curso de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade.
No final da tarde, quando o mercado solidário de Natal já terminava, a professora Maria Beatriz explicou-nos que os “alunos angariaram mais do que aquilo que esperavam. Já temos um bom teto para iluminarmos o Natal de algumas crianças. Os alunos estão bastante satisfeitos e muito entusiasmados”.
“Vamos ver as cartas das crianças, adquirir os artigos e depois entregar nos correios. No entanto, tenho visto que neste momento as cartas não estão disponíveis. Caso não seja possível, havemos de contribuir da mesma forma, para um lar de São Miguel”, clarifica a professora Maria Beatriz Pereira, sobre a finalidade dos fundos angariados.
A coordenadora do projeto do mercado de Natal destacou o entusiasmo dos alunos, que se empenharam na atividade. Agradeceu também a ajuda do pessoal administrativo, da diretora financeira e da diretora pedagógica da escola, “que foi muito importante para que isto corresse tão bem”.
O Pai Natal Solidário dos CTT é uma ação de solidariedade que surpreende crianças em situação de risco, realizando os seus desejos de Natal, pode ler-se, no sitio online dos CTT.
Estas crianças, até aos 12 anos de idade, são convidadas a escrever cartas ao Pai Natal, com os presentes que desejam receber. Depois, as responsáveis pelas instituições entregam as cartas aos CTT, que tratam de as colocar online para serem escolhidas.
Qualquer pessoa pode fazer com que o desejo de uma destas crianças se torne realidade e surpreendê-las no Natal. Para isso, apenas tem de apadrinhar uma das cartas que estão disponíveis durante os meses de novembro e dezembro.
Três formandos da Escola de Formação Turística dos Açores (EFTA) conquistaram o primeiro lugar, nas categorias em que se inscreveram, do concurso Jovem Talento da Gastronomia (JTG). A final contou com 18 participantes e decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, no dia 4 de dezembro, segundo comunicado da Associação para a Valorização Económica dos Açores (AVEA).
A formanda Carolina Gaspar, aluna do segundo ano do Curso de Técnica de Cozinha/Pastelaria, conquistou o primeiro lugar do pódio na categoria Tradição com Arroz Bom Sucesso, com o prato “Arroz do Atlântico”.
André Ferreira, finalista do terceiro ano do Curso de Técnico de Restaurante/Bar, suplantou todos os demais, na categoria Bartender inter magazine, com os cocktails “Honor Old Fashioned”, sendo-lhe ainda atribuído o prémio Francisco Vieira que destaca o concorrente que alcança a pontuação mais elevada na final nacional ponderadas todas as categorias, lê-se.
O prémio Francisco Vieira visa reconhecer o desempenho demonstrado pelo participante, a sua excelência na categoria específica, evidenciando-o em relação aos demais concorrentes. O prémio conquistado por André Ferreira salienta a habilidade técnica, a criatividade, a originalidade e o compromisso com o espírito do concurso, segundo a mesma nota.
O jovem André Pacheco foi galardoado com o primeiro lugar na categoria Plant Based by Bonduelle, com o prato “Favas, Ovo BT e chouriço vegetal”.
O concurso Jovem Talento da Gastronomia (JTG) é direcionado para estudantes de hotelaria e restauração, constituindo um ponto de contacto entre jovens em construção de carreira com toda a comunidade gastronómica, funcionando como uma rampa de lançamento, estimulando aprendizagens e aumentando o leque de oportunidades. O JTG contempla seis categorias: Artes da Mesa ICEL; Bartender INTER Magazine; Plant Based by Bonduelle; Pastelaria Derovo; Tradição com Arroz Bom Sucesso e Cozinha Recheio, disputando-se em três semifinais. Entre os inscritos, o júri seleciona no máximo seis concorrentes por categoria para disputar a semifinal e, destes, três passam à final.
O júri do concurso Jovem Talento da Gastronomia 2024, presidido por Luís Gaspar, chef dos restaurantes Pica-Pau, Brilhante e Sala de Corte, contou com nomes como Tiago Palrão, Constance Bauer, Filipe Ramalho, Mauro Álison, Diogo Formiga e Bruno Rocha.
Os dados mais recentes da avaliação internacional TIMMS sublinham que, no oitavo ano, nas disciplinas de matemática e ciências, os alunos açorianos ultrapassaram, em 2023, as pontuações médias nacionais, segundo comunicado do Governo regional.
Na matemática do 8.º ano, os Açores obtiveram uma pontuação média de 476 pontos, que comparam com os 475 do todo nacional, enquanto a ciências os Açores registaram 510 pontos, mais quatro que o contexto global do país, lê-se.
O TIMSS é uma avaliação internacional do desempenho dos alunos do quarto e do oitavo ano de escolaridade em Matemática e Ciências, desenvolvida pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA), uma associação internacional independente, constituída por instituições de investigação educacional e por agências governamentais de investigação dedicadas à melhoria dos sistemas educativos.
Ainda na comparação com o todo nacional, em 2023, a região aproximou-se de ambas as pontuações médias nacionais no quarto ano: na Matemática está agora a apenas três pontos, enquanto em 2019 estava a 19 pontos, e Ciências estava a oito pontos em 2019 e em 2023 passou a estar a sete pontos, lê-se ainda, na nota.
No contexto internacional, os Açores situam-se acima da média internacional a Matemática do quarto ano, com mais 11 pontos, e a Ciências, com mais 10 pontos.
Esta é uma avaliação onde cada aluno responde a um caderno de teste que combina itens de Matemática e de Ciências. O caráter não público deste estudo internacional permite, assim, a comparação de resultados ao longo das várias edições do estudo e a identificação de tendências nos resultados, sendo aplicados em contextos diferentes itens já testados em anos anteriores do mesmo estudo. Em cada ciclo, são dados a conhecer ao público alguns itens que deixam de fazer parte das provas e que ilustram as questões apresentadas aos alunos, explica a mesma nota.
Em cada ciclo do TIMSS, são selecionados alunos dos anos de escolaridade em avaliação, através de um processo de amostragem em duas fases: na primeira fase, é constituída uma amostra aleatória estratificada de escolas, cuja seleção é proporcional ao número de escolas por estrato e à dimensão das escolas; na segunda fase, são selecionadas aleatoriamente turmas de alunos dessas escolas. A amostra assim constituída é representativa da população-alvo do país.
O Clube de Astronomia da Escola Secundária de Lagoa (ESL) participou no quarto Encontro anual ExoClock e no evento do consórcio português da Missão Ariel, em Lisboa, entre os dias 26 e 30 de outubro.
Os eventos juntaram alunos, professores, cientistas, astrónomos amadores e profissionais de vários países e de todos os continentes. O ExoClock realizou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o evento Ariel no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações.
Também marcaram presença os responsáveis do programa ExoClock, que permite a colaboração com a missão espacial Ariel e onde o clube escolar lagoense participa, bem como elementos da direção da missão Ariel e da Agência Espacial Europeia – ESA.
O clube escolar foi convidado a participar nos dois eventos bem como a realizar uma apresentação e a submeter um documento que foi aprovado e que passa assim a constar das atas do congresso ExoClock. Em representação do clube, participou o seu coordenador, Luís Machado, que efetuou a apresentação “Azores at Space end Exoplanets”.
Em declarações ao Diário da Lagoa (DL), o professor Luís Filipe Machado refere que “foi uma participação bastante rica” e que “trouxe conhecimentos e contactos para o clube de astronomia da Escola Secundária de Lagoa”.
Luís Filipe Machado refere, ainda, que tiveram a oportunidade de, ao longo de cinco dias, dois no fim de semana da Universidade de Lisboa e três no Pavilhão do Conhecimento do Parque das Nações, “de conhecer, trocar impressões, falar, quer com a responsável do projeto Exoclock, quer com a própria diretora da missão espacial Ariel e também com elementos da direção da ESA que ficaram a conhecer mais diretamente aquilo que os nossos alunos fazem e, aliás, ficaram bastante surpreendidos por nós termos alunos, neste caso até alunas, bastante novas de 13 e 14 anos, envolvidas neste projeto de uma missão espacial”.
O DL recolheu ainda o testemunho do astrofísico açoriano Pedro Machado, que coordena a participação portuguesa na missão espacial Ariel, a par da astrobióloga Zita Martins, o especialista em ExoPlanetas, Nuno Santos, a diretora da missão espacial Ariel a Giovanna Tinetti. Ao DL, o astrofísico açoriano que foi anfitrião do encontro, salienta que ficou “muito orgulhoso” por ver que o clube de astronomia da ESL demonstrou que, “mesmo gente nova, alunos do secundário, podem ser muito úteis para uma missão espacial, terem uma grande dedicação, seriedade e uma grande competência já”, enquanto acrescenta que “nós já podemos constatar que podemos contar com o apoio da Lagoa e da sua escola secundária em apoio a esta missão espacial que vai ter grande destaque no âmbito da exploração espacial por parte da agência espacial europeia”.
Pedro Machado finaliza destacando que ficou “extremamente agradado por ver a grande seriedade e grande dedicação que este clube, de uma escola secundária, conseguiu desenvolver e conseguiu chegar a um nível de competências, que é exatamente o que vai ser muito útil para a missão espacial Ariel”.
Segundo nota enviada pelo Clube de Astronomia, a missão Ariel “tem por objetivo estudar a atmosfera de cerca de mil exoplanetas, estando neste momento a nave/telescópio a ser construída [com uma forte componente de Portugal] e estando previsto o seu lançamento para 2029, num foguetão Ariane, a partir da Guiana francesa”.
O projeto “Azores at Space” do Clube de Astronomia resulta de uma parceria com o Observatório Astronómico de Santana Açores (OASA) e conta com a colaboração dos astrónomos amadores João Porto, Juan Gonçalves e Valter Reis, sendo orientado pelos astrofísicos Cédric Pereira, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço – IACE e responsável em Portugal pelo ExoClock, e por Pedro Machado, representante de Portugal para a missão Ariel e CO-Pi desta missão.