O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, recebeu esta quinta-feira, 27 de março, em audiência os novos corpos sociais da Associação Agrícola de São Miguel (AASM) e da Cooperativa União Agrícola (CUA), liderados por Jorge Rita.
Em nota de imprensa, o líder do executivo açoriano destaca o papel estratégico destas instituições, enaltecendo o trabalho desenvolvido em prol da sustentabilidade e valorização da agricultura nos Açores.
“Deixo uma palavra de gratidão pela competência e o trabalho desenvolvido, que tem sido fundamental para a sustentabilidade dos nossos empresários agrícolas”, afirma, sublinhando ainda que “a afirmação da qualidade e da excelência da cadeia de valor resultante do produto agroalimentar tem a ver com a excelência do trabalho realizado”.
José Manuel Bolieiro assegura que a agricultura vai continuar a ser uma prioridade no quadro orçamental do Governo dos Açores, garantindo que “os apoios são para manter” e que “não haverá novamente o regresso dos rateios” – uma referência às medidas adotadas por anteriores governos que levaram à redução dos subsídios agrícolas.
O governante reforça que a estabilidade e previsibilidade dos apoios financeiros são essenciais para garantir a continuidade e o desenvolvimento do setor.
O executivo açoriano diz manter um diálogo permanente com a União Europeia para garantir o reforço dos fundos do POSEI, um programa de apoio à produção agrícola nas regiões ultraperiféricas.
“Estamos a trabalhar para que o POSEI disponha de meios suficientes para assegurar os apoios justos e devidos à economia produtiva regional”, explicou José Manuel Bolieiro, acrescentando que, para 2025, o Estado português assumirá um financiamento de aproximadamente 16 milhões de euros.
No decorrer da reunião, ficou também estabelecido um compromisso para a realização de encontros regulares, de forma a garantir um acompanhamento próximo das necessidades do setor e a previsibilidade dos pagamentos dos apoios financeiros.
Jorge Rita, que recentemente foi reeleito para o seu último mandato à frente da AASM e da CUA, considerou a reunião produtiva e mostrou-se satisfeito com as garantias dadas pelo Governo dos Açores.
“O Governo continua a ser um parceiro essencial dos agricultores”, afirmou, realçando a importância do diálogo entre as entidades representativas do setor e o executivo açoriano.
O encontro reforçou a relação de cooperação entre o Governo dos Açores e os agricultores açorianos, num momento em que a estabilidade e o fortalecimento do setor são fundamentais para a economia da Região.
Jorge Rita foi reeleito na presidência da Associação Agrícola de São Miguel (AASM) e da Cooperativa União Agrícola. As eleições dos novos órgãos sociais para o quadriénio 2025 a 2029 decorreram no passado dia 10 de janeiro, no Parque de Exposições, em Santana, num ato eleitoral que contou como uma lista única, liderada por Jorge Rita, segundo comunicado da associação.
Participaram nestas eleições mais de 450 associados, o que atendendo à existência de uma lista única, traduz-se numa reeleição com 97 por cento (%) dos votos e “num sinal de grande confiança e crédito dos associados à lista vencedora, o que demonstra a importância que os associados deram a este ato eleitoral, valorizando todo o trabalho desenvolvido por estas Instituições na defesa dos seus interesses, nos últimos anos”, lê-se.
Este será o oitavo e último mandato cumprido por Jorge Rita, que desempenha funções como presidente há 22 anos. “Este ato eleitoral constituiu assim, mais uma demonstração do compromisso existente entre associados e os órgãos sociais reconduzidos, constituindo um reforço das estratégias delineadas pela Associação Agrícola de São Miguel e pela Cooperativa União Agrícola, CRL, que têm contribuído
duma forma clara e objetiva para a melhoria das condições existentes na Agricultura dos Açores”, segundo a AASM.
Sendo que a agricultura “é uma das atividades mais importantes da região”, o Conselho de Administração diz que vai estar “sempre disponível para a adoção de medidas que contribuam para uma melhor agricultura na região, e irá focar-se nos próximos anos na melhoria dos rendimentos dos agricultores açorianos e na negociação do próximo quadro comunitário de apoio, incluindo posei, colaborando para a coesão socioeconómica dos Açores”, conclui o mesmo comunicado.
A Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação saúda a eleição da renovação do mandato dos corpos sociais da Associação Agrícola de São Miguel, para um novo período de quatro anos, segundo comunicado do Governo regional.
A mesma nota recordaque esta associação é também a que preside à Federação Agrícola dos Açores. Para o Governo regional, a Federação Agrícola dos Açores, enquanto representante do movimento associativo agrícola regional, “é um parceiro ativo das políticas públicas para a agricultura, tendo através do seu conhecimento, das suas iniciativas e reivindicações contribuído para o desenvolvimento de uma agricultura mais próspera e resiliente”.
“Quero felicitar em particular o presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, pela renovação de um novo mandato à frente dos destinos da Associação Agrícola de São Miguel e na continuidade da presidência da Federação Agrícola dos Açores”, sublinha António Ventura, secretário regional da tutela, citado na mesma nota.
E prossegue: “É essencial na Região uma organização de cúpula com experiência, conhecimento e perspetiva futura como a Federação Agrícola, para que possamos dispor, dentro das nossas possibilidades financeiras, as melhores políticas públicas”.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel (AASM), Jorge Rita, considerou “extremamente positivo” o balanço do X Concurso Holstein Frísia, que se que se realizou de 29 de novembro a 1 de dezembro no Parque de exposições na AASM. “Estamos a falar do melhor concurso que se faz a nível nacional, pela dimensão que tem, pela paixão evidenciada pelos produtores, pela envolvência das pessoas, pela qualidade da organização e pelas condições do pavilhão”, realçou, de acordo com nota enviada pela Associação.
Jorge Rita, que falava após a entrega dos troféus às vacas, novilhas e vitelas vencedoras do concurso, destacou a “grande adesão” dos produtores e a “excelente dinâmica que o concurso teve, com presença do público que encheu o pavilhão, principalmente, durante o sábado, dia de apuramento das vacas campeãs”, diz ainda a nota.
“As pessoas não se deslocaram para ver algo diferente. Vieram ver especificamente o concurso. Isto é extremamente positivo. Houve uma envolvência significativa da nossa sociedade e dos agricultores”, disse.
“Estamos a falar de dois concursos num ano que não são fáceis de fazer. É extremamente difícil. E conseguimos sempre ultrapassar as dificuldades com o trabalho dos produtores que são muito resistentes e resilientes,” explicou.
Jorge Rita sublinhou “a extraordinária qualidade dos animais” a concurso, “a diversificação dos prémios, sabendo-se que existem algumas explorações mais dominantes,” acrescentando que “além dos produtores tradicionais há novos produtores que começam a aparecer no concurso com animais geneticamente muito bons e que também ganham prémios.”
No entender do presidente da AASM, esta é a prova de que há “cada vez mais produtores a investir em boa genética e há jovens que incentivam os pais a participar e que se deve aos cursos de preparação de animais, que têm muita adesão junto da nossa juventude. Também existem intercâmbios com outros países muitos bons nesta área, que estimulam a participação dos produtores nestes concursos,” completou. Em seu entender, “grande parte desta nova vaga de produtores também se começa a afirmar” nos concursos “com a extraordinária qualidade dos seus animais.”
Jorge Rita, a concluir, deixou um alerta: “É muito importante que haja uma envolvência total à volta deste sector, principalmente daqueles que estão na fileira do leite, desde a produção, à transformação, à comercialização e, ao governo regional e à própria sociedade.
“Cada vez mais a sociedade percebe e sabe da importância que o nosso sector tem para a região. Até mesmo aqueles que estão em sectores de atividade que são emergentes na região, como é o caso do turismo, sabem que se a agricultura começa a ter muitos problemas económicos e sociais nas várias ilhas, a coesão territorial desaparece e deixa de existir o grande trabalho desenvolvido pelos agricultores na manutenção da grande beleza das nossas paisagens e do nosso ambiente. E ninguém quer que isto
aconteça”, acrescenta ainda Jorge Rita, citado na mesma nota.
“O que quero dizer é que uma agricultura forte, uma agricultura a crescer, em todas as suas dinâmicas, nos sectores do leite, da carne, e na diversificação agrícola, será sempre muito importante para o turismo que nos visita, por aquilo que nós potenciamos, quer em termos da oferta gastronómica, quer em termos das belezas naturais,” completou.
Por sua vez, António Ventura, secretário da Agricultura e Alimentação, de acordo com o mesmo comunicado, considerou que o concurso “afirma-se como um evento de grande prestígio para os Açores.” “Este concurso está a ganhar uma projeção não só regional, o que já tinha conseguido, como também uma projeção nacional e internacional,” realçou o governante.
Chama-se ‘Maravilha’ a vaca ‘Grande Campeã’ do X Concurso Micaelense Holstein Frísia de outono e é propriedade do produtor da freguesia das Furnas, António José Ferreira Pacheco.
É o segundo ano consecutivo que ‘Maravilha’ é ‘Grande Campeã’ em concurso com juízes diferentes e, este ano, foi também a vaca Campeã Adulta.
O produtor considerou ‘extremamente difícil’ chegar a este nível. “É uma luta constante e o trabalho de uma vida”, completou.
António Pacheco acredita “perfeitamente na aposta nas novas tecnologias. É possível ter robots nas explorações, ter equipamentos modernos e ter a gestão informatizada,” afirmou.
O Conselho de Ilha de São Miguel reuniu ontem, 5 de novembro, para dar parecer sobre o Plano Regional para 2025, numa perspetiva da ilha de São Miguel, de acordo nota de imprensa do mesmo.
O Plano foi aprovado por maioria pelos 35 Conselheiros com direito de voto, com 24 votos a favor, 9 contra e duas abstenções. No entanto, explica o comunicado, foram manifestadas, pela maioria dos conselheiros, algumas reservas face às carências existentes na ilha, bem como demonstrada a preocupação de que, mais do que as dotações dos planos, o essencial são as suas execuções.
A implementação do PRR e a reprogramação das verbas alocadas, em particular à transição energética foram também objeto de análise.
Da discussão do Plano, resultou que “devem ser encontrados vários desígnios para a ilha de São Miguel, que assumem particular importância no seu desenvolvimento”. Assim, de acordo com o Conselho de Ilha, “subsiste a necessidade de melhorar, manter e conservar as infraestruturas existentes, desde os caminhos agrícolas, às estradas (onde a via de acesso à Povoação é fundamental), ao porto e aeroporto de Ponta Delgada, às escolas, à cadeia de Ponta Delgada ou aos centros de saúde e Hospital do Divino Espírito Santo”, lê-se.
A habitação, a pobreza, a toxicodependência, a educação, a segurança, a necessidade de reforço da qualificação profissional, a falta de mão de obra e o sector da saúde estão no centro das preocupações e mereceu a intervenção dos Conselheiros, ainda segundo o comunicado.
O Conselho de Ilha anunciou também que vai criar grupos de trabalho para a apresentação de propostas concretas para São Miguel sobre economia, saúde e educação, solidariedade e segurança, “esperando que o Presidente do Governo Regional tenha disponibilidade para reunir com a Mesa do Conselho e demais conselheiros, como já foi solicitado em julho passado”, conclui a mesma nota.
A Associação Agrícola de São Miguel (AASM) vai promover um encontro de agricultores, no seu campo experimental, com o intuito de serem apresentadas novas variedades de milho forrageiro, segundo nota de imprensa enviada pela AASM.
Iniciativa deve-se à procura de soluções “que promovam a existência duma agricultura cada vez mais sustentável, capaz de responder às consequências das alterações climáticas”, explica o comunicado.
O campo experimental da Associação Agrícola de São Miguel ocupa uma área de catorze alqueires, situado em Santana, em terrenos cedidos pela Associação de Jovens Agricultores Micaelenses. Neste campo, foram testadas cinco variedades de milho já comercializadas nos Açores e outras dez variedades de caráter experimental.
A AASM realiza outros campos experimentais em diferentes zonas da ilha, com o objetivo de serem obtidos resultados mais abrangentes, no que se refere ao comportamento das diferentes variedades em análise.
A forte chuva que se tem vindo sentir em São Miguel, nas últimas semanas, nomeadamente no passado dia 3 de junho, tem provocado “elevados prejuízos em diversas culturas” como na de milho, “onde se registaram perdas parciais e totais nalgumas sementeiras”, principalmente no norte da ilha, segundo comunicado da Associação Agrícola de São Miguel (AASM).
De acordo com Jorge Rita, presidente da AASM, em declarações ao Diário da Lagoa (DL), “uma das zonas mais afetadas foi a Ribeira Grande e não foi só pela chuvada de 3 de junho. As chuvadas da quinta-feira passada já tinham feito muitos prejuízos em muitas terras de milho. As terras de milho são as que já estão mais identificadas, mas também vamos saber se nas outras produções há prejuízos”.
O presidente alerta também que “a avaliação dos milhos, neste momento, principalmente para os milhos que só foram semeados na semana passada — e que ainda não estão a nascer — só a partir do final desta semana é que vamos saber realmente o nível do prejuízo, se detetarmos que grandes quantidades do terreno semeado não nasceram”.
A Associação Agrícola de São Miguel adverte as entidades governamentais a realizarem, “de uma forma rápida e célere”, um levantamento dos prejuízos verificados em culturas e infraestruturas de apoio à atividade agrícola”, segundo a mesma nota.
“(…) esse problema ainda não foi resolvido.
JORGE RITA
É uma situação inaceitável (…)”
“Queremos que esse levantamento seja feito rapidamente pela Secretaria Regional da Agricultura. Se precisar do apoio das associações, obviamente que também estaremos disponíveis”, diz Jorge Rita, ao DL.
A Associação Agrícola de São Miguel pede também ao Governo que as indemnizações aos agricultores sejam pagas “no mais curto espaço de tempo, ao contrário das atribuídas no âmbito da depressão Óscar, que ainda estão por regularizar”.
“Não basta só fazer o levantamento: é importante que o Governo agilize, depois, forma de fazer os pagamentos destes prejuízos. Não vale a pena anunciarmos que há os prejuízos e não os pagar. A situação ainda se torna mais grave e complicada” expõe Jorge Rita, que lembra que as indemnizações atribuídas aos agricultores pelos prejuízos provocadas pela depressão Óscar ainda estão por regularizar: “Até hoje esse problema ainda não foi resolvido. É uma situação inaceitável, depois de as ajudas terem sido anunciadas pelo Secretário da Agricultura mais do que uma vez. Essa situação não pode continuar a acontecer. É uma situação desconfortável para os agricultores, ainda por cima quando as ajudas são anunciadas e depois na prática elas não existem. É inaceitável e inadmissível”.
No mesmo comunicado a AASM lamentou ainda que continue a não existir um seguro de colheitas capaz de cobrir as necessidades do setor agrícola, solicitando ao Governo regional e ao Governo da República que agilizem os procedimentos, “para que este instrumento de grande utilidade tenha a devida aplicação na região.
“(…) levantamento será alargado a todas a ilhas
ANTÓNIO VENTURA
que foram igualmente afetadas pelo mau tempo (…)”
O secretário regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, anunciou esta quarta-feira, 5 de junho, que o Governo regional “está disponível para fazer um levantamento dos prejuízos provocados pelo mau tempo que assolou as ilhas do arquipélago nos últimos dias, bem como para atribuir indemnizações aos agricultores de acordo com as perdas apuradas”, lê-se, em nota de imprensa remetida à redação.
O titular da pasta da Agricultura aconselha aos produtores afetados que contactem os serviços de ilha da Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, “de forma a poder ser feita uma avaliação técnica dos prejuízos verificados em culturas e infraestruturas de apoio à atividade agrícola”.
Segundo António Ventura, “este levantamento será alargado a todas a ilhas que foram igualmente afetadas pelo mau tempo” e não apenas a São Miguel.
De acordo com a solicitação da Associação Agrícola, a Secretaria da Agricultura e Alimentação deixa a promessa de “proceder de forma célere e abrangente ao levantamento dos estragos motivados pelas más condições atmosféricas que se fizeram sentir nos últimos dias”.
Os representantes do Conselho de Administração da Associação Agrícola de São Miguel reuniram-se com a presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto, no edifício dos Paços do Concelho, segundo nota de imprensa da autarquia lagoense.
Na reunião, que contou com a presença do Presidente da Direção da Associação Agrícola, Jorge Rita, foram abordados alguns desafios que o setor atravessa e analisados e debatidos alguns assuntos de importância para o setor agrícola na ilha de São Miguel, com destaque para a instalação de infraestruturas agrícolas e o seu dimensionamento, a situação em que se encontram os caminhos agrícolas e a necessidade de ser assegurado o abastecimento de água às explorações, de acordo com o mesmo comunicado.
Na ocasião, A Associação Agrícola aproveitou a ocasião para solicitar a colaboração da Câmara Municipal de Lagoa no transporte de crianças para o concurso micaelense da raça Holstein frísia, que se realiza entre 6 e 9 de junho.
Por sua vez, a governante da Lagoa realçou a necessidade de maior articulação entre as várias entidades, Câmara Municipal, o Governo Regional dos Açores e a Associação Agrícola, para que sejam ultrapassados os constrangimentos atuais, refere, ainda, a nota . Cristina Calisto considera “essencial que entre municípios de São Miguel haja uma uniformização de regras em relação aos licenciamentos das infraestruturas agrícolas e das nitreiras”.