O cancro oral é o sexto mais mortífero, com uma taxa de mortalidade a 5 anos de 50%, ou seja, metade dos doentes não sobrevive à doença 5 anos após ser detetada.
O perfil dos doentes também está a mudar, sendo hoje uma doença que atinge cada vez mais mulheres e cada vez mais homens com menos de 45 anos.
O tabaco e o álcool são os principais fatores de risco, e fumadores e consumidores imoderados de álcool têm entre 30 a 100 vezes maior probabilidade de vir a sofrer de cancro oral.
O alerta é do bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, numa nota divulgada, no âmbito do Dia Mundial da Saúde Oral, que se assinala esta quinta-feira, dia 20 de março.
Quando detetada nos estádios iniciais, a doença tem taxas de sobrevivência entre os 75 e os 90%, sendo que a elevada taxa de mortalidade do cancro oral prende-se essencialmente com a deteção tardia.
Apesar da gravidade, o cancro oral ainda é uma doença desconhecida para grande parte da população portuguesa e, por isso, e segundo o bastonário, “qualquer pessoa que tenha por exemplo uma ferida na boca por mais de três semanas, por mais pequena que essa ferida seja, deve consultar o seu médico dentista. Detetado a tempo, o cancro oral é curável, e esta é a principal mensagem que queremos passar. A deteção precoce é o mais importante”, refere.
Por outro lado, e nos Açores, por ano, realizam-se mais de duas mil ações em todas as escolas da Região no âmbito da saúde escolar, em rastreios de saúde oral, audiologia, visão e IMC (Índice de Massa Corporal), bem como em ações de sensibilização para estilos de vida saudável, como alimentação, atividade física e prevenção das dependências.
Segundo o executivo regional, tratm-sea de situações que precisam de tempo para incutir mudanças de mentalidade e de hábitos, mas acrescentou que “é possível perceber que há uma evolução positiva no número de casos no âmbito da saúde oral e também que se têm registado resultados positivos nas avaliações do IMC”.
No âmbito do Plano Regional de Saúde que vai agora arrancar, há um esforço no sentido de “envolver as unidades de saúde pública na promoção da saúde dentro do seu concelho, para que possam dar a resposta ideal a cada uma das escolas”.
Nesse sentido, segundo o governo, há escolas mais ativas do que outras, dependendo muito das pessoas que estão envolvidas nestas iniciativas, pretendendo “uma resposta consistente e uniforme”.
DL
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