Chama-se Roberto Manuel Lima de Medeiros. Filho de outro ilustre pauense – Manuel Egídio de Medeiros – e de Maria Lia Lima. Nasceu a 26 de Maio de 1955, na Vila de Água de Pau, tendo o chamado Curso Geral do Comércio da Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada e o Curso Geral do Liceu Antero de Quental de Ponta Delgada.
Roberto Medeiros, ou o “Senhor Roberto”, como eu o chamo, tão acostumadamente, foi, durante a sua vida, que se espera muito longa ainda, muita coisa: mas é sobretudo um Embaixador e um grande e esforçado trabalhador e dinamizador. Um amplo comunicador da palavra escrita, com estórias de pendor sobretudo popular, nos seus artigos mensais no jornal «Diário da Lagoa»; ou então temos a faceta do “Senhor Roberto” – o político, que o foi durante muito tempo na distinta qualidade de autarca Vereador – nomeadamente com os pelouros da Cultura e Educação, onde se distinguiu também nas Geminações com outras localidades – e Vice-Presidente, amigo e «braço direito» do Presidente Luís Alberto Meireles Martins Mota, pelo PS.
Roberto Medeiros, ou o “Senhor Roberto”, da Vila de Água de Pau: de 1990 a 2009 foi autarca na Câmara Municipal de Lagoa – Açores, onde desenvolveu um amplo trabalho de geminação, com vários pontos do globo, contatos com a Diáspora, e de autêntica construção de ligações e pontes muito importantes e fulcrais com a emigração lagoense nos EUA, Canadá, e além-terras, além-mar.
Profundo conhecedor, de fundo mesmo, da nossa etnografia, enquanto coluna vertebral, e cultural, de um povo secular açoriano, e de uma comunidade como a lagoense, o “Senhor Roberto” é, também, um amplo dinamizador e estimulador da arte bonecreira lagoense; do artesanato; da louça da Lagoa – proveniente das nossas fábricas de cerâmica – e, além disso, um profundo conhecedor das nossas gentes.
Foi, como apaixonado pela cultura, e pela sua Vila de Água de Pau, em particular, presidente da Sociedade Filarmónica Fraternidade Rural, entre 1975 e 1976 e da equipa de futebol Santiago Futebol Clube, de 1983 a 1988.
Para além de tudo isso, Roberto Medeiros mantém um registo quase perfeito, e anual, na sua máquina fotográfica, e “Antes que a memória se apague”, de todas as festividades da sua Vila, em particular da sua Nossa Senhora dos Anjos, padroeira, onde é um protagonista fiel, pelas festividades, no registo fotográfico e em vídeo.
Nunca descura o cuidado que tem com a sua família, em particular com os seus netos; nem com os seus mais próximos – e em especial, como o sinto, amigo do seu amigo, o “Senhor Roberto” permanece um inigualável pauense, dos tempos em que “nascer era difícil” e “crescer mais difícil ainda”. Hoje, tudo parece mesmo mais fácil para todos.
Devoto fidelíssimo da Vila, da sua Vila de Água de Pau, e do título que lhe é inegavelmente merecido, e que nunca lhe foi mesmo negado; nem que espiritualmente; ou por mérito, é urgente relevar publicamente, pelas instituições de direito – locais ou regionais – este cidadão pauense com uma condecoração ou reconhecimento digno de homenagem pública, pois as pessoas não são eternas; muito menos o trabalho delas.
Obrigado, Roberto Medeiros, “antes que a memória se apague”.
Os leitores são a força do nosso jornal
Subscreva, apoie o Diário da Lagoa. Ao valorizar o nosso trabalho está a ajudar-nos a marcar a diferença, através do jornalismo de proximidade. Assim levamos até si as notícias que contam.
Comentários
Caro Júlio, de forma humilde e “antes que a memória se me apague” aproveito para te agradecer por este teu artigo, com grande amizade e estima. Um abraço. RoberTo MedeirOs