O Presidente da Câmara Municipal da Lagoa anunciou hoje, que a autarquia alcançou um saldo positivo de 1,8 milhões de euros, em termos de meios libertos líquidos da atividade corrente (receita menos despesa corrente) no fecho das contas de 2013.
João Ponte adiantou que estes resultados permitiram ao Município da Lagoa reduzir o passivo, pagar a fornecedores e empreiteiros e garantir cofinanciamento para novos investimentos essenciais ao concelho.
Apesar da redução da receita corrente global arrecadada que se tem vindo a verificar, por força da forte contenção na execução de despesa, a Câmara Municipal de Lagoa conseguiu em 2013, reduzir as suas dívidas com fornecedores em 16,1%, com impacto na redução do prazo médio de pagamento em 17%, sendo no final de 2013, de 88 dias e a sua dívida de médio e longo prazo à banca em 9,4%.
O património cresceu em mais 1,6 milhões de euros, comparativamente a 2012. Neste momento, o ativo total do município – sem contar com as outras entidades ligadas ao universo municipal – ascenda a 63 milhões de euros, explicou o autarca lagoense.
João Ponte referiu ainda que a redução na despesa foi a única solução possível para atingir estes objetivos, uma vez que a autarquia viu baixar as suas receitas em quase 2 milhões de euros relativamente a 2012.
Com enorme esforço, rigor e coordenação do executivo, as despesas correntes da Câmara Municipal foram reduzidas em 6,2%, sendo que, em 2012 e em 2011, já se tinham registado reduções de 5,7% e 10,4%, respetivamente. O que quer dizer, que em 3 anos o município reduziu a sua despesa corrente em mais de 22%, o que é de facto um feito notável, considerando que uma parte significativa desta despesa é muito rígida como é o caso da despesa com pessoal.
A profunda crise que o país atravessa, originou uma diminuição bastante considerável nas receitas correntes. Entre 2008 e 2013, o município perdeu cerca de 5 milhões de euros de receita expetável, só em taxas e impostos, o que condicionou, em muito, a atividade municipal, pois estão em causa verbas que representam quase 25% das receitas próprias correntes.
Por estas razões, o ritmo de investimento adotado pelo município de Lagoa teve de ser novamente reduzido, mas com base no princípio do bom rigor e com a determinação na execução de projetos essenciais, para a manutenção do bem-estar e da qualidade de vida da população do nosso concelho. Sempre apostando nos investimentos cruciais para a modernização e desenvolvimento do município, bem como a sustentabilidade ambiental e reforço das potencialidades culturais, turísticas, desportivas e recreativas.
Por força do cumprimento destes objetivos, o município de Lagoa obteve, em 2013, a melhor taxa de execução orçamental dos últimos 13 anos, com uma taxa de execução de 83,2% no orçamento global da receita e uma taxa de execução de 82,5% no orçamento global da despesa.
No entender de João Ponte, as contas de 2013, que serão aprovadas no final deste mês, apresentam-se muito positivas, visto que apesar das restrições orçamentais a que o município tem estado sujeito e do quadro de grandes dificuldades dos municípios em arrecadar receita, foi possível apresentar bons indicadores económicos e financeiros e que resultou, essencialmente, da implementação de medidas mais rigorosas de contenção da despesa.
DL/CML
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