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Filme de produção açoriana estreia hoje no Teatro Micaelense

© D.R.
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O realizador ribeiragrandense Diogo Lima estreia hoje, 23 de julho, pelas 21h30, o seu mais recente trabalho, Os últimos dias de Emanuel Raposo, no Teatro Micaelense. O filme insere-se na programação do festival Walk&Talk.

Este é um filme de ficção independente que, com um apoio simbólico por via da bolsa Jovens Criadores do festival Walk&Talk, juntou uma equipa de profissionais açorianos e lisboetas, mobilizando mais de 20 elementos e diversas instituições que se disponibilizaram para a criação de uma produção de época complexa.

Ao longo dos seus 47 minutos, a média-metragem conta em registo pseudo-documental a história falsa de um mítico apresentador da televisão pública açoriana em inícios dos anos 90: nas gravações do último episódio do programa de variedades que marca a sua despedida do pequeno ecrã, uma semana turbulenta de trabalho coloca Emanuel Raposo (interpretado por Mário Roberto) em rota de colisão com os seus colegas de trabalho e em confronto com a aproximação do fim da sua carreira.

Gravada no espaço de uma semana e meia em 2020 com tecnologia da época entre quatro concelhos da ilha de São Miguel (Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca e Ponta Delgada), a história vai a sítios tão icónicos como Furnas, Ferraria e Sete Cidades sem esquecer a riqueza e elegância de outros lugares históricos menos óbvios como o Ateneu Comercial de Ponta Delgada, o Museu-Oficina de Capelas ou o Museu Municipal de Vila Franca.

Embora cheia de referências dirigidas ao público ilhéu, a obra parte da exploração de memórias de outros tempos da produção televisiva nas ilhas para contar uma história universal sobre egos e relações de poder nos laços profissionais com descomprometimento e sátira.

Para o realizador, Os últimos dias de Emanuel Raposo “foi um processo de um ano extremamente exigente que resultou numa experiência feliz. Fazer um filme exige, por norma, uma quantidade de esforço fora do comum; fazê-lo sem dinheiro e em contexto de pandemia exige dez vezes mais. Sem a ajuda de tanta gente nada disto teria sido possível mas, bom ou mau, o resultado é, uma obra única que esperemos que encha o olho do público regional e nacional.”

Coproduzido entre Lisboa e São Miguel, o filme arranca com esta exibição o seu circuito de projeções em festivais de cinema com datas em Portugal Continental a anunciar em breve. Está prevista, até ao início de 2022, a sua exibição em televisão e disponibilização em plataformas de video on demand.

O filme tem entrada gratuita que está sujeita à lotação disponível da sala. 

DL
 

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