O Centro de Artes Contemporâneas inaugura, na quarta-feira, a exposição “Chorinho Feliz”, reunindo obras de 13 artistas que lançam um olhar coletivo de momentos de convívio, festas e tradições para “retomar essas memórias da partilha” e “antecipar novos encontros”.
“A exposição faz de algum modo esse caminho, essa narrativa desses momentos e das saudades que temos deles, mas com essa ideia positiva de pensarmos no futuro e de voltarmos a esses momentos, muito brevemente. É um olhar coletivo”, explicou hoje o diretor do Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas dos Açores, João Mourão, em declarações à agência Lusa.
“Chorinho Feliz” é o título da exposição que o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na cidade da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, nos Açores, inaugura na quarta-feira, pelas 16h00.
A mostra reúne obras de Amalia Pica, Ana Vieira, Barrão, Catarina Botelho, Catarina Branco, Christian Holstad, Grafeno, Joachim Schmid, João Ferreira, João Pedro Vale, Rubén Monfort, Rui Moreira e Sofia de Medeiros.
“São obras da coleção do Arquipélago, de artistas locais, do continente e de alguns artistas internacionais. A ideia foi dar a conhecer essa diversidade da própria coleção e de pensarmos que a arte contemporânea é também feita desta multiplicidade. Temos fotografia, pintura, escultura, desenho e instalações”, adiantou o diretor Arquipélago.
João Mourão disse à Lusa que algumas das peças fizeram parte de “exposições individuais ou coletivas” destes artistas no Arquipélago, outras “foram adquiridas”.
“São peças que fazem parte dessa narrativa da coleção, uma narrativa que representa o que se está a fazer a nível de arte contemporânea, muito centrada na região, nos Açores, no continente e nestes países que fazem fronteira com o Atlântico e é essa situação geográfica que estamos também a olhar”, realçou.
As obras destes artistas e as relações que se podem estabelecer entre elas remetem “para momentos de convívio e de festa”.
Em tempo de pandemia de covid-19, o Centro de Artes Contemporâneas reflete ser “importante retomar essas memórias da partilha” e “antecipar novos encontros”.
“Queremos que esta exposição seja um olhar às tradições, festas populares, romarias, bailes e mesas postas, mas queremos também que seja um momento de esperança para que rapidamente possamos voltar todas e todos a estes convívios”, sublinha o Arquipélago.
Na exposição, “cruzam-se obras de artistas locais, ligadas a tradições tipicamente açorianas, com artistas do continente e internacionais, que trazem também olhares sobre outras festas e outros modos de celebrar”, destaca.
Esta ideia de um “chorinho feliz”, que dá nome à exposição, “não é mais que uma vontade, uma ideia de que sentimos todos falta de chorar uma lágrima de alegria que vem necessariamente aliada com amigos, festa, devoção e tradição”, frisa ainda o Centro de Artes.
“A ideia de estarmos todos ansiosos de podermos voltar a estes momentos coletivos e de podermos estar à volta de uma mesa, a partilhar uma refeição, e de podermos estar todos juntos numa festa, e daí o nome da exposição ser quase essa imagem daquela lágrima que muitas vezes nos cai quando estamos contentes, nestes momentos de reunião. E com a aproximação desta época natalícia, pensamos também esta questão de estarmos juntos e esta ideia do coletivo”, acrescentou o diretor do Arquipélago.
O projeto expositivo é assinado por João Mourão, Beatriz Brum, Diogo Aguiar e Sofia Carolina Botelho, e poderá ser visitado no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas até 17 de abril de 2022.
Lusa/ DL
Os leitores são a força do nosso jornal
Subscreva, apoie o Diário da Lagoa. Ao valorizar o nosso trabalho está a ajudar-nos a marcar a diferença, através do jornalismo de proximidade. Assim levamos até si as notícias que contam.
Deja una respuesta