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Sete Cidades apresenta queijada com selo da freguesia

Criada e desenvolvida pelo Centro Social e Cultural da Atalhada, a pedido da junta de freguesia da localidade do concelho de Ponta Delgada, iguaria invoca a lenda da princesa e do pastor e o seu “amor proibido”

Produto resulta da parceria entre a Junta de Freguesia das Sete Cidades, o Centro Social e Cultural da Atalhada e a Cresaçor © DL

«Amor proibido», a queijada de amora das Sete Cidades, concelho de Ponta Delgada, foi apresentada ao público esta terça-feira, 22 de outubro, no salão da Casa do Povo da freguesia.

A pedido da junta de freguesia das Sete Cidades, a iguaria foi criada e desenvolvida pelo Centro Social e Cultural da Atalhada, associação com sede na cidade da Lagoa. Já o logótipo é da autoria da equipa de criativos da Cresaçor – Cooperativa Regional de Economia Solidária dos Açores.

Segundo o presidente lagoense do Centro Social e Cultural da Atalhada, Nuno Martins, o produto final “é mérito de toda uma equipa”, sendo o responsável da opinião de que se trata da criação de uma marca importante para a freguesia já que “invoca aquilo que é importante em termos identitários próprios” de quem vive na localidade.

“É importante que este produto também seja vosso. Nós fizemos e construímos, mas acima de tudo deve ser vosso porque só assim vão querer preservá-lo”, vincou o lagoense durante a apresentação.

Público presente teve a oportunidade de saborear a queijada no final da sessão © DL

Mais de uma dezena de pessoas marcaram presença na sessão de apresentação da queijada e ficaram a saber que o objetivo foi criar um doce típico do vale das Sete Cidades. A escolha da amora, que serve de base à queijada, também não foi um acaso, pois o fruto poliaquénio é típico da paisagem do vale, tal como o carvão e as lavadeiras fazem parte da história local. É dessa forma que a queijada contém igualmente o carvão ativado que lhe dá a cor preta, assim como a cobertura branca que representa as lavadeiras.

Quanto à escolha do nome da queijada, Nuno Martins explicou que invoca a lenda da princesa e do pastor e o seu “amor proibido” das Sete Cidades.

Para a presidente da junta de freguesia, Cidália Pavão, esta trata-se de “uma ideia de longa data”. A presidente, após a sessão esteve à conversa com o Diário da Lagoa (DL) e explicou que o facto das Sete Cidades ser “uma freguesia muito turística” despertou a vontade de ter algo que os turistas pudessem comprar e levar consigo.

“As Sete Cidades não tinha nada típico. Agora é esperar que os turistas levem o amor proibido das Sete Cidades”, apontou Cidália Pavão com humor.

Queijada “amor proibido” vai estar à venda na própria freguesia numa fase inicial © DL

Já Nélia Viveiros, vogal do conselho de administração da cooperativa Cresaçor, diz ao DL que na instituição estão “orgulhosos porque se trata de economia solidária, da capacitação de pessoas e do desenvolvimento do território, em que apoiamos o nosso cooperador e agora temos um produto da região”, conclui.

De 30 de outubro a 4 de novembro, a iguaria será apresentada no evento «Taste Azores» que vai acontecer em Lisboa. Numa primeira fase a queijada vai estar à venda na freguesia das Sete Cidades, mas os responsáveis não excluem a possibilidade de numa fase posterior colocar o produto igualmente à venda noutros locais.

Veja a fotorreportagem, aqui.

Observatório Vulcanológico realiza ação de divulgação científica no miradouro Vista do Rei

© CM LAGOA

Celebrando o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA) propõe a realização de uma ação de divulgação científica no miradouro da Vista do Rei nas Sete Cidades, segundo comunicado do OVGA.

A iniciativa intitulada “UM OLHAR REAL NA VISTA DO REI” decorrerá no dia 18 de abril, naquele local, entre as 10h00 e as 12h00, e propõe “desvendar o Vulcão das Sete Cidades para além da Vista do Rei e interpretar o vulcanismo e geologia que são a base de uma das paisagens mais emblemáticas da ilha de São Miguel”.

Na ocasião, no miradouro da Vista do Rei, os técnicos do OVGA darão a conhecer aos presentes neste local as diferentes fases de formação do Vulcão das Sete Cidades, incluindo a formação da caldeira de colapso, e a diversidade de materiais vulcânicos produzidos.

De acordo com o OVGA, “pretende-se com esta atividade valorizar este local emblemático da ilha de S. Miguel, alertando para a necessidade de o conhecer para o preservar.”

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi instituído em 18 de abril de 1982 pelo ICOMOS e aprovado pela UNESCO no ano seguinte. A partir de então, esta data comemorativa tem vindo a oferecer a oportunidade de aumentar a consciência pública relativamente à diversidade do património e aos esforços necessários para o proteger e conservar, permitindo, ainda, chamar a atenção para a sua vulnerabilidade.