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Clube de Astronomia da Lagoa envolvido em projeto de missão espacial europeia

Responsável pela participação portuguesa no projeto diz que “ficou muito orgulhoso” ao constatar que o clube de astronomia demonstra que, “mesmo gente nova, alunos do secundário, podem ser muito úteis para uma missão espacial”

Clube participou recentemente em evento internacional em Lisboa  © ESL

O Clube de Astronomia da Escola Secundária de Lagoa (ESL) participou no quarto Encontro anual ExoClock e no evento do consórcio português da Missão Ariel, em Lisboa, entre os dias 26 e 30 de outubro.

Os eventos juntaram alunos, professores, cientistas, astrónomos amadores e profissionais de vários países e de todos os continentes. O ExoClock realizou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o evento Ariel no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações.

Também marcaram presença os responsáveis do programa ExoClock, que permite a colaboração com a missão espacial Ariel e onde o clube escolar lagoense participa, bem como elementos da direção da missão Ariel e da Agência Espacial Europeia – ESA.

O clube escolar foi convidado a participar nos dois eventos bem como a realizar uma apresentação e a submeter um documento que foi aprovado e que passa assim a constar das atas do congresso ExoClock. Em representação do clube, participou o seu coordenador, Luís Machado, que efetuou a apresentação “Azores at Space end Exoplanets”.

Em declarações ao Diário da Lagoa (DL), o professor Luís Filipe Machado refere que “foi uma participação bastante rica” e que “trouxe conhecimentos e contactos para o clube de astronomia da Escola Secundária de Lagoa”.

Luís Filipe Machado refere, ainda, que tiveram a oportunidade de, ao longo de cinco dias, dois no fim de semana da Universidade de Lisboa e três no Pavilhão do Conhecimento do Parque das Nações, “de conhecer, trocar impressões, falar, quer com a responsável do projeto Exoclock, quer com a própria diretora da missão espacial Ariel e também com elementos da direção da ESA que ficaram a conhecer mais diretamente aquilo que os nossos alunos fazem e, aliás, ficaram bastante surpreendidos por nós termos alunos, neste caso até alunas, bastante novas de 13 e 14 anos, envolvidas neste projeto de uma missão espacial”.

O DL recolheu ainda o testemunho do astrofísico açoriano Pedro Machado, que coordena a participação portuguesa na missão espacial Ariel, a par da astrobióloga Zita Martins, o especialista em ExoPlanetas, Nuno Santos, a diretora da missão espacial Ariel a Giovanna Tinetti. Ao DL, o astrofísico açoriano que foi anfitrião do encontro, salienta que ficou “muito orgulhoso” por ver que o clube de astronomia da ESL demonstrou que, “mesmo gente nova, alunos do secundário, podem ser muito úteis para uma missão espacial, terem uma grande dedicação, seriedade e uma grande competência já”, enquanto acrescenta que “nós já podemos constatar que podemos contar com o apoio da Lagoa e da sua escola secundária em apoio a esta missão espacial que vai ter grande destaque no âmbito da exploração espacial por parte da agência espacial europeia”.

Pedro Machado finaliza destacando que ficou “extremamente agradado por ver a grande seriedade e grande dedicação que este clube, de uma escola secundária, conseguiu desenvolver e conseguiu chegar a um nível de competências, que é exatamente o que vai ser muito útil para a missão espacial Ariel”.
Segundo nota enviada pelo Clube de Astronomia, a missão Ariel “tem por objetivo estudar a atmosfera de cerca de mil exoplanetas, estando neste momento a nave/telescópio a ser construída [com uma forte componente de Portugal] e estando previsto o seu lançamento para 2029, num foguetão Ariane, a partir da Guiana francesa”.

O projeto “Azores at Space” do Clube de Astronomia resulta de uma parceria com o Observatório Astronómico de Santana Açores (OASA) e conta com a colaboração dos astrónomos amadores João Porto, Juan Gonçalves e Valter Reis, sendo orientado pelos astrofísicos Cédric Pereira, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço – IACE e responsável em Portugal pelo ExoClock, e por Pedro Machado, representante de Portugal para a missão Ariel e CO-Pi desta missão.

Possível encerramento da escola Marquês Jácome Correia desmentido por Conselho Executivo e Associação de Pais

Na comunidade de encarregados de educação da Lagoa, tem pairado o rumor de que a EB1/JI Marquês Jácome Correia, localizada no centro da freguesia do Rosário, poderá encerrar por falta de alunos. Fomos saber junto do Conselho Executivo e Associação de Pais se a possibilidade pode estar em cima da mesa

Há sete anos a escola tinha cerca de 100 alunos, mas conta, este ano, com 64 © DL

Em todas as escolas da Lagoa, o panorama é o mesmo: diminuição de inscritos. A EB1/JI Marquês Jácome Correia não é exceção. De acordo com o presidente do conselho executivo da EBI Lagoa, Manuel Rodrigues, há sete anos aquela escola tinha cerca de 100 alunos, mas conta, este ano, com 64. Neste momento, o primeiro e quarto anos têm aulas na mesma sala, assim como o segundo e terceiro.
No seguimento desta situação, paira entre a comunidade o rumor de que a escola poderá vir a fechar por falta de alunos, segundo relataram vários encarregados de educação ao nosso jornal. O possível fecho é desmentido pela Associação de Pais, bem como pelo Conselho Executivo, que dizem não ter qualquer conhecimento de um possível encerramento.

“Não tenho qualquer informação neste sentido, nem da parte da tutela, nem da parte da Câmara Municipal da Lagoa (CML)”, afirma Manuel Rodrigues.

Também de acordo com Pedro Tavares, presidente da Associação de Pais, a possibilidade não está em cima da mesa: “tenho certeza que mantendo-se os alunos atuais, aquela escola não vai encerrar. É a nossa convicção, transmitida pelo conselho executivo, e confirmada também pela CML, que, questionada diretamente sobre esse assunto, terá dito que não é intenção encerrar aquela escola”. Abordada sobre a mesma questão, a autarquia da Lagoa afirma que não tem competência na decisão do encerramento de escolas, explicando que apenas lhe compete a manutenção do parque escolar referente aos estabelecimentos do primeiro ciclo. Os encarregados de educação questionados pelo nosso jornal, dizem impor-se contra um eventual fecho da escola, caso se viesse a concretizar.

Apesar da falta de alunos na Jácome Correia, vários encarregados de educação afirmam ter tido dificuldade em matricular os seus filhos, sendo-lhes dito que a escola está “cheia”. Foi a caso de Joana Rodrigues. “No primeiro ano não consegui matricular a minha filha na escola, porque disseram que as turmas estavam cheias. No segundo ano, contactei a Associação de Pais, soube que as turmas não estavam cheias, pedi transferência e consegui que minha filha entrasse. Ouve-se constantemente isso: que as turmas estão cheias. Mas não é o caso”, conta, ao nosso jornal. “Muitos pais viram que a minha filha está na escola e estão a questionar como é que ela foi para lá, se é dito a muitos deles que a Jácome Correia está cheia”, relata ainda a lagoense.

Segundo o conselho executivo, a dificuldade de realizar matrículas na referida escola “já nos foi questionada pela Associação de Pais e foi averiguada. Na altura das matrículas, seguramente, isso não aconteceu. Mas isso tem uma explicação. Em julho, como não havia um número suficiente de alunos para constituir quatro turmas, uma de cada ano de escolaridade, teve de ser constituída uma turma com dois anos de escolaridade, 1.º e 4.º anos. Por isso, decorrido o ano letivo, sempre que alguém solicita a transferência para aquela turma, sensibilizamos que o faça para uma turma do ano de escolaridade do seu educando de outra escola da unidade orgânica, para não prejudicar a prática pedagógica naquela turma”.

Projeto para requalificação do edifício está em suspenso no Governo regional

A Câmara Municipal da Lagoa, enquanto responsável pela manutenção dos edifícios do ensino básico do concelho, submeteu uma candidatura ao PO 2030, para a reabilitação da Escola Marquês Jácome Correia, com um total de 647.200 euros, tendo por base o levantamento das necessidades existentes no edifício, sem descaracterizar o mesmo.

“A intervenção pretende recuperar o edifício escolar, mantendo a estrutura, utilização e distribuição atual, mitigando as patologias identificadas”, explica a autarquia, questionada sobre o projeto. A candidatura parte, assim, do pressuposto que a sua utilização será mantida para fins escolares, explica a câmara.
De acordo com autarquia lagoense, a candidatura está, neste momento, suspensa no Governo Regional, mais concretamente na Direção Regional do Planeamento e dos Fundos Estruturais, “porque estão a exigir a aprovação da Estratégia para a Educação do próprio Governo Regional, mais concretamente da Secretaria Regional da Educação”.

Questionada se há mais escolas a necessitar de reabilitação, a câmara da Lagoa afirma que todas as escolas em edifícios da sua responsabilidade “estão a ser alvo de intervenção contínua e programada”, acrescentando que “a escola Marquês Jácome Correia, pelas suas características, requer uma intervenção de outra profundidade e, por isso, foi alvo de uma candidatura a Fundos Comunitários num eixo que foi programado para o efeito e contratualizado com os municípios, mas dependente de aprovação do Governo Regional”.

Lagoa com cada vez menos alunos e distribuição desequilibrada entre escolas 

Associação de Pais verifica que há escolas muito cheias enquanto outras têm falta de alunos. Conselho executivo diz que os alunos estão nas escolas de preferência dos encarregados de educação

Em 2018, a EBI de Lagoa contava com 1134 alunos. Neste ano letivo, rondam os 818 © D.R.

A unidade orgânica da Escola Básica Integrada (EBI) de Lagoa abrange uma escola do segundo ciclo e seis de educação pré-escolar/primeiro ciclo, contando, neste momento, com um total de 818 alunos matriculados.

O concelho da Lagoa tem observado um decréscimo de alunos matriculados, segundo confirma Manuel Rodrigues, presidente do conselho executivo da EBI de Lagoa: “temos vindo a perder alunos na última década de forma galopante. Em 2018, a EBI de Lagoa contava com 1134 alunos. Neste ano letivo, rondam os 818, sensivelmente o mesmo número do ano passado “, salientando que “este ano, é a primeira vez que não perdemos alunos, em 10 anos”.

Distribuição desequilibrada dos alunos pelos estabelecimentos de ensino do concelho é outro problema apontado por vários pais e reconhecido por entidades competentes, nomeadamente por Pedro Tavares, presidente da Associação de Pais da EBI de Lagoa. “O que temos verificado é que há escolas que estão muito cheias e outras que estão muito vazias. O que defendemos é que haja um maior equilíbrio nessa questão”, entende. A Associação de Pais representa cerca de 750 alunos da unidade orgânica, através dos encarregados de educação.

Manuel Rodrigues, questionado sobre o porquê de o conselho executivo não motivar uma maior distribuição dos alunos pelas diferentes escolas, explica que “os alunos estão na escola da preferência dos pais, próxima da residência ou do local de trabalho do encarregado de educação”.

No entanto, em conversa com alguns pais, são encontrados por vezes alguns entraves na inscrição na escola em que querem matricular os seus filhos, nomeadamente na Marquês Jácome Correia, cujo número de alunos tem reduzido nos últimos anos. Joana Rodrigues, residente no Rosário, explica o que aconteceu no ano passado, ao tentar matricular a filha naquele estabelecimento: “barraram-me logo a Jácome Correia porque supostamente estava cheia e que eu tinha de colocar como primeira opção a Escola Francisco Carreiro da Costa”. Por sua vez, Carolina Silva, relata que “no início, tentaram persuadir-me a não inscrever a minha filha na Jácome Correia porque sou residente no Cabouco”.

Sobre o arranque do ano letivo, o conselho executivo faz um balanço positivo, segundo o presidente, Manuel Rodrigues. Questionado sobre os desafios deste início, explica que “as maiores dificuldades prenderam-se com a falta de assistentes operacionais”. No entanto, refere, “este problema foi resolvido graças a uma solução transitória, recorrendo a funcionários colocados ao abrigo de programas ocupacionais”.

Estudo prévio para nova escola agrada Conselho Executivo

Estudo prévio das novas instalações escola © SRECD

Já no decorrer do presente ano letivo, foi apresentado, a 25 de outubro, pelo Governo regional, um estudo prévio para o projeto das novas instalações da escola sede da EBI Lagoa, a EB2 Padre João José do Amaral. A nova escola, investimento de mais 11 milhões de euros, deverá ter espaço para um total de 240 crianças e cerca de 15 turmas. O projeto foi a concurso público, tendo sido apresentadas quatro propostas. A selecionada foi a do gabinete de arquitetura Entreplanos, Gabinete de Arquitetura, Urbanismo e Design.

Para o conselho executivo da EBI Lagoa, trata-se de “um grande passo”. Manuel Rodrigues entende que se “acendeu a luz ao fundo do túnel. Um sonho que começa a concretizar-se. Trata-se de um edifício com quase quatro décadas, obsoleto, sem grandes condições. Acho que vamos passar a ter uma escola dimensionada à realidade da população escolar a que se destina e com uma distribuição dos espaços funcional e muito acolhedora”.

O estudo prévio prevê a concentração de todo o complexo escolar na parte norte do terreno, numa área total de 15.600 metros quadrados. As atuais construções existentes vão ser demolidas e a nova escola vai ser composta por quatro zonas distintas: edifício escolar de três pisos, pavilhão desportivo, polidesportivo exterior e espaços de recreio.

Autarquia diz que empreitada já devia estar a decorrer

Parque de estacionamento do GAM © D.R.

A Câmara Municipal de Lagoa, questionada pelo Diário da Lagoa, sobre a nova escola, diz que o início da empreitada da nova escola já devia estar a decorrer, “atendendo que em agosto de 2023, foi lançado o concurso para o projeto de execução para a requalificação das instalações, com um prazo de execução de 6 meses, prazo esse, aliás, que já terminou e só agora tomamos conhecimento de um estudo prévio”.

O estudo prevê também que a parte sul do terreno vai destinar-se a estacionamento. No ano passado, a autarquia lagoense explicou, em declarações ao nosso jornal, que já há dois anos tinha a pretensão de ampliar o parque do Gabinete de Atendimento ao Munícipe (GAM), mas que Secretaria Regional da Educação disse que só depois de concluído o projeto poderia avaliar a cedência de terreno pedida pela câmara da Lagoa. Segundo a autarquia, agora em novas declarações, “há mais de três anos” que tenta ampliar e melhorar o estacionamento e circulação naquela zona, e que apesar de já ter havido a concordância de toda a comunidade escolar e do conselho executivo para a cedência de um espaço não utilizado a sul, aliás condição colocada pela Secretaria Regional da Educação, o facto é que é a própria Secretaria que agora não aprova a cedência”.

Açorianos conquistam 16 medalhas no Campeonato Nacional das Profissões

Sete medalhas de ouro, cinco de prata, três de bronze e uma de melhor formando da região. Também arrecadaram duas distinções de excelência

© SRJHE

Os formandos das escolas profissionais dos Açores conquistaram 16 medalhas no 46.º Campeonato Nacional – Skills Portugal, anunciou esta segunda-feira, 18 de novembro, a Secretaria Regional da Juventude, Habitação e Emprego (SRJHE). A cerimónia de encerramento do maior evento nacional de educação e formação decorreu no passado sábado, no Europarque, em Santa Maria da Feira.

Em nota de imprensa publicada no portal do Governo dos Açores, a SRJHE avança que das 16 medalhas, sete correspondem a medalhas de ouro, cinco a prata, três a bronze, uma de melhor formando da região e ainda duas distinções de excelência.

A secretária regional da Qualificação Profissional, Maria João Carreiro, que acompanhou a partida dos participantes de Ponta Delgada rumo ao Porto, em comunicado, faz um balanço “extremamente positivo” da participação açoriana.

“Expresso, em nome do Governo dos Açores, o profundo reconhecimento e admiração por estes jovens que decidiram colocar à prova as suas competências numa competição exigente e onde alcançaram excelentes resultados, fruto da preparação que fizeram com os seus formadores e as suas escolas profissionais”, valoriza a secretária regional.

A titular da pasta da Qualificação Profissional enaltece ainda o “orgulho que é poder ter nos Açores os melhores nas mais diferentes áreas profissionais”, entre os quais sete campeões nacionais.

Participaram no maior evento nacional de educação e formação 20 formandos açorianos, da EPROSEC, da MEP – Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, da Escola Profissional da Praia da Vitória, da ENTA – Escola de Novas Tecnologias dos Açores e do CQA – Centro de Qualificação dos Açores.

Integraram também a comitiva açoriana no Campeonato Nacional das Profissões 12 formadores/jurados, além do team leader, António José Paquete, formador do CQA.

Resultados dos participantes dos Açores

 Medalhas de Ouro

 Medalhas de Prata

 Medalhas de Bronze

 Distinções de Excelência

 Medalha Melhor da Região:

Clube de Astronomia da Lagoa participa em eventos internacionais

© DIREITOS RESERVADOS

O Clube de Astronomia da Escola Secundária de Lagoa participou no quarto Encontro anual ExoClock e no evento do consórcio português da Missão Ariel, em Lisboa, entre os dias 26 e 30 de outubro. Os eventos juntaram alunos, professores, cientistas, astrónomos amadores e profissionais de vários países e de todos os continentes. O ExoClock realizou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o evento Ariel no Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações.

Também marcaram presença os responsáveis do programa ExoClock, que permite a colaboração com a missão espacial Ariel, e onde o clube escolar lagoense participa, bem como elementos da direção da missão Ariel e da Agência Espacial Europeia – ESA.

O clube escolar foi convidado a participar nos dois eventos, bem como a realizar uma apresentação e a submeter um documento que foi aprovado e que passa assim a constar das atas do congresso ExoClock. Em representação do clube, participou o seu coordenador e professor Luís Machado, que efetuou a apresentação “Azores at Space end Exoplanets”.

Segundo nota de imprensa enviada pelo Clube de Astronomia, a diretora da missão Ariel e os elementos presentes da direção da ESA, “acharam muito interessante este projeto e participação destes alunos nesta missão espacial, muito especialmente, atendendo à idade dos alunos envolvidos no projeto escolar, em que aluna mais nova tem treze anos”. De momento, os alunos lagoenses são os únicos não universitários a participar no projeto da ESA.

Durante os eventos foi também realizada uma visita guiada ao Observatório Astronómico de Lisboa.

© DIREITOS RESERVADOS

A missão Ariel tem por objetivo estudar a atmosfera de cerca de mil exoplanetas, estando neste momento a nave/telescópio a ser construída (com uma forte componente de Portugal) e estando previsto o seu lançamento para 2029, num foguetão Ariane, a partir da Guiana francesa.

O projeto “Azores at Space” do Clube de Astronomia resulta de uma parceria com o Observatório Astronómico de Santana Açores (OASA) e conta com a colaboração dos astrónomos amadores João Porto e Juan Gonçalves e Valter Reis, sendo orientado pelos astrofísicos Cédric Pereira, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço – IACE e responsável em Portugal pelo ExoClock, e por Pedro Machado, representante de Portugal para a missão Ariel e CO-Pi desta missão.

Associação de Pais da escola da Lagoa organiza evento de prevenção de bullying e ciberbullying

© DL

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica e Integrada da Lagoa (APEEEBIL) vai organizar um evento de prevenção do bullying e o ciberbulling, no próximo dia 24 de outubro, pelas 20h00, no Cineteatro Lagoense, segundo nota enviada pela associação.

A iniciativa, inserida no plano de atividades da APEEEBIL, decorre do Dia Mundial de Combate ao Bullying que se assinala a 20 de outubro, e vai contar com a parceria da EBI Lagoa, município de Lagoa, Juntas de Freguesia do Rosário e de Santa Cruz e Federação das Associações de Pais dos Açores

O evento, dirigido a todos os encarregados de educação e restantes membros da comunidade educativa, pretende dar a compreender a temática do bullying e ciberbullying, “que cada vez mais assola as comunidades educativas a nível regional, nacional e internacional”. 

A abertura do evento vai caber ao grupo de teatro Faísca, que vai levar à cena uma peça intitulada “Uma Casa de Problemas”, seguindo-se a apresentação do Plano Escolar de Prevenção do Bullying e Ciberbullying, e a apresentação das respostas da CPCJ Lagoa.

Vai haver ainda oportunidade para a partilha do professor Adelino Calado, cuja experiência “inovadora a nível nacional inspira escolas, professores e educadores”, lê-se, na mesma nota.

O evento é aberto à comunidade, e pretende ser um momento de debate, partilha e tomada de conhecimento comunitário do trabalho desenvolvido pela equipa multidisciplinar que participou na elaboração do Plano Escolar, da qual a APEEEBIL faz parte.

Transporte de refeições escolares com balanço positivo na Lagoa

© DL

No concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel, de 19 de junho a 6 de setembro, foram distribuídas mais de 4.000 mil refeições aos oito Centros existentes no concelho, incluindo os alunos da Escola Básica Integrada de Lagoa e da Escola Básica Integrada de Água de Pau.

O transporte das refeições, durante o período de férias escolares, dos alunos que frequentam a rede de Centro de Atividades de Tempos Livres – CATL do concelho da Lagoa, foram assegurados este ano pela Câmara Municipal de Lagoa.

A medida de apoio da autarquia lagoense, no que diz respeito ao transporte realizado pela empresa que confecionava a alimentação, permitiu assegurar uma refeição integral e equilibrada a 270 crianças, durante os meses de férias escolares.

Em nota de imprensa enviada às redações, a autarquia salienta que, “este trabalho só foi possível, graças ao esforço contínuo das várias equipas de pessoal interno dos CATL e ao envolvimento e confiança dos encarregados de educação em toda a dinâmica” e, também, que “desde o início, que uniu esforços, internos e externos, para que fosse possível entregar a horas e nas devidas condições térmicas as refeições a cada CATL”.

A Câmara Municipal conclui, por isso, que o investimento feito teve um retorno “muito positivo, porque permitiu auxiliar todos os encarregados de educação e as crianças, que com comodidade tiveram o seu almoço assegurado”.

Coding for Teachers

Código para todos

Qualquer pessoa pode aprender código.

A abordagem transversal do projeto “Coding for Teachers”, cuja tradução para o português é “Código para Professores”, pretende capacitar os docentes de competências básicas em Python para que possam ser aplicadas a vários currículos, não se cingindo à informática.

Para atingir este objetivo foi criado o sítio gratuito de apoio – Coding for Teachers – que se encontra traduzido para português. O docente pode beneficiar de uma aprendizagem guiada,  mediada por vídeos, muito curtos, de alguns minutos, e atividades muito simples. Aprendendo, no seu ritmo, os conceitos básicos da programação em Python.

Cada um dos vídeos aborda um conceito de programação diferente, introduzindo o docente às ferramentas necessárias. Além do sítio Coding for Teachers, existe também um canal no Youtube, estando disponíveis legendas em Português.

O professor não tem de se tornar um programador, apenas compreender o fundamental para criar atividades para os alunos. A compreensão do Python irá dar ao docente uma nova visão do mundo que poderá ser depois desenvolvida pelos alunos. Jogos de palavras, listas interativas, cálculos de probabilidades e outros pequenos projetos podem dar ao aluno uma visão diferente do conhecimento.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=yTGYgl3Zfik&t=10s

Da mesma forma que a Matemática e o Português não se limitam às disciplinas respetivas,  o código não tem de estar limitado às aulas de Informática. Na sua forma aplicada, o pensamento computacional, neste caso a linguagem Python, pode ser utilizado em muitos contextos  e cenários curriculares.

O entendimento de código determina a inclusão, ou não, num mundo cada vez mais tecnológico.

No projeto Erasmus Coding for Teachers, além da Escola Secundária de Lagoa, foram parceiras a escola finlandesa, de Ylivieska, Kaisaniemen koulu; a empresa alemã, Ingenious Knowledge GmbH e a empresa Checa, Evropska rozvojova agentura, s.r.o.

Para além das aprendizagens ao nível da tecnologia, pedagogia e didática, o contacto com o sistema educativo Finlandês foi por si uma experiência muito rica.

As docentes Finlandesas que participaram no projeto possuíam conhecimentos superficiais de programação, mas grande era o seu interesse em aprender os fundamentos necessários para que os seus alunos viessem a dispor dessa imprescindível ferramenta integrada no contexto de todas as disciplinas. Esta visão interdisciplinar era o espírito do projeto. 

No mundo atual há que saber ler, escrever, contar e dominar conceitos básicos de programação.

Sofia Ribeiro quer “diminuir a burocratização nas escolas”

© GRA

A secretária regional da Educação, Cultura e Desporto, Sofia Ribeiro, anunciou esta terça-feira, 18 de março, que vai iniciar uma ronda de reuniões com cada conselho pedagógico das unidades orgânicas da região, para aferir “o grau de burocracia considerada desnecessária”.

De acordo com comunicado enviado às redações, a titular da pasta da Educação reconhece que “há, ainda, diversos procedimentos que podem ser agilizados e simplificados” nas dinâmicas de trabalho internas em cada escola.

A secretária regional diz que muitas dessas dinâmicas estão relacionadas com “práticas de há longa data”, sendo “consideradas como necessárias por indicação centralizada” não havendo, no entanto, “normativos que o definam”.

Para Sofia Ribeira é necessário “fazer-se um trabalho de proximidade com cada Unidade Orgânica”, para que se possa “aferir que procedimentos são percecionados como mais burocráticos e qual o nível da responsabilidade da sua definição” para que possam ser determinados “procedimentos mais eficazes”.

Para além da “simplificação de procedimentos de comunicação e coordenação com as Unidades Orgânicas”, a governante sublinha que já foram feitas “alterações legislativas ao Regime Jurídico de Criação, Autonomia e Gestão das Unidades Orgânicas e ao Regulamento de Gestão Administrativa e Pedagógica de Alunos”, para “diminuir a burocratização nas escolas”.

Metodologia STEAM: sentir para criar

© ESL

Ensinar e aprender sempre foram dois verbos desafiantes para o desenvolvimento das sociedades e para a evolução do ser humano. A atualidade não é diferente. A realidade que se vive nas escolas é pautada pela necessidade de comunicar conhecimento às novas gerações, mas também dotar os alunos com as competências necessárias para se integrarem, ativa e eficazmente, num mundo que evoluiu a uma velocidade vertiginosa. A metodologia STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) procura ser mais uma ferramenta no arsenal dos professores para ligar conhecimento, emoções e o saber fazer, pois acredito que, só com essa trilogia em mente, conseguiremos responder aos desafios.

Não há efetiva aprendizagem se o conhecimento não despertar nos alunos emoções, sejam elas de entusiasmo, curiosidade ou frustração! Não há aprendizagem profícua se o conhecimento não se traduzir na realização otimizada das tarefas que a vida nos apresenta.

© ESL

Uma das formas de promover um espaço educativo para a realização de atividades, que visem a metodologia STEAM, na Escola Secundária de Lagoa (ESL), é a realização de eventos que envolvam a comunidade, que desafiem os alunos a desenvolver projetos e a apresentá-los aos colegas, empresas e famílias.

A 30 de novembro decorreu o evento STEAM & GAMES 2.0, no hall de entrada da ESL, que se estendeu temporalmente das 9:00 às 21:00, composto por trinta e quatro stands onde os alunos, de diversas turmas, apresentaram os seus projetos à comunidade escolar, à comunidade e famílias em geral.

© ESL

Na disciplina de Física do 12º ano os alunos foram desafiados a desenvolver projetos que explorassem as energias renováveis, em particular a solar e a eólica, e criaram protótipos funcionais das duas energias. No 11º ano os alunos foram incitados a associar o conhecimento a um assunto que os entusiasmasse. Os cosméticos, o fabrico do queijo, as tintas ecológicas, a aviação, a música e a ciência forense foram os temas escolhidos e desenvolvidos. Diversos projetos procuraram ser a resposta a um desafio atual, em todas as áreas da sociedade: a robótica e o pensamento computacional. Neste contexto, os alunos manipularam diversos robots, construíram cenários de aprendizagem e criaram atividades de desmistificação da linguagem binária e programação. Não puderam faltar a impressão 3D, os drones e a realidade virtual.

© ESL

O funcionamento e construção de mecanismos simples, carpintaria e as Arts and Crafts completaram o leque de projetos STEAM apresentados.

A gamificação, e o uso de jogos e videojogos no ensino, foi a outra metodologia que completou o evento. Uma área onde a motivação dos alunos é fácil e onde o desafio paira na construção de jogos eficazes que permitam o equilíbrio certeiro, entre aquisição e aplicação de conhecimentos, e a jogabilidade atrativa.

As metodologias STEAM e Gamificação não são novas, mas talvez seja esse o momento certo para as experimentar em sala de aula pois permitem um envolvimento e entusiasmo genuíno pelo conhecimento!