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Operário sofre dois golos em casa do Lusitano Évora

© COD

O Clube Operário Desportivo jogou contra o Lusitano Évora, em partida da jornada 6, do Campeonato de Portugal, Série D, da Liga 2, no Complexo Desportivo do Lusitano, no passado domingo, 6 de outubro.

Apesar dos esforços dos fabris, o Lusitano Évora ganhou por 2-0, no jogo arbitrado por Diogo Coelho.

Logo aos 28 minutos do jogo, Dida aproveitou uma oportunidade, e aumentou vantagem da equipa eborense para 1-0.

Na segunda parte, os fabris inquietaram-se e Fábio Mesquita viu o cartão vermelho aos 54 minutos, ficando a equipa lagoense reduzida a 10. Manuel Sousa e Dani Sousa, por sua vez, viram cartões amarelos, a poucos momentos do árbitro assinalar os 90 minutos.

O Lusitano Évora, jogando em casa, insistiu até aos últimos minutos para elevar a vantagem. Cassiano marcou no prolongamento, aos 97 minutos, ditando um desfecho de dois golos sofridos pelos fabris.

O Operário encontra-se agora na 9.ª posição da classificação, com seis pontos (duas vitórias e duas derrotas). O Lusitano Évora, com 14 pontos, está em primeiro no campeonato.

A nova vida da Fúria Fabril

Claque é um importante elemento de apoio ao Clube Operário Desportivo. De acordo com o líder da Fúria Fabril, o objetivo é acompanhar mais jogos da equipa fora da ilha, mas são necessários apoios

Fúria Fabril com a claque do Lajense © CORTESIA FÚRIA FABRIL

O lagoense João Rocha, antigo jogador de futsal do Operário, atual diretor do escalão Sub 11 dos fabris, é o responsável pela claque que tem acompanhado a equipa de futebol sénior do Clube Operário Desportivo (COD). Ao Diário da Lagoa (DL) conta que sempre teve uma admiração pelas claques lagoenses de outrora e que para a sua família “todos os domingos é quase obrigatório” ir aos jogos.

Quanto ao ressurgimento de uma nova claque com o nome “Fúria Fabril”, João Rocha esclarece que apesar da antiga claque, com o mesmo nome, estar extinta, “reconhecemos a Fúria Fabril como a claque da Lagoa, por isso não fazia sentido usar outro nome”. João revela também que antes desta época não teve coragem de “ir para a frente com a iniciativa da claque”, mas que este ano teve pessoas que o apoiaram. “Especialmente a minha mulher e o meu filho. E, depois, o meu cunhado, Pedro Martins, que me deu força também”, reconhece o lagoense.

“Eu tinha receio porque sabia que as antigas claques não tiveram êxito e tinha medo de falhar também. Mas, felizmente, a estrutura do Operário, na pessoa de um dos diretores, conhecido por André Vivi, como também o presidente do clube, apoiaram em termos emocionais”, explica o líder fabril.

João Rocha realça, igualmente, que “a claque este ano tem feito coisas nunca antes vistas na Lagoa como, por exemplo, nos dias dos jogo em que vão jogar noutra ilha chegamos a ir ao último dia de treino apoiar como se fosse um dia de jogo. Temos promovido convívios entre membros da claque também como churrascos para manter o espírito de grupo.”

Quanto ao futuro: “temos 41 elementos, sem contar com as crianças. Nem sempre os elementos comparecem todos, especialmente nos jogos fora, porque não temos fundo financeiro para isso, mas tentamos juntar o máximo de pessoas nos jogos em casa. E, na próxima época, é para continuar e estamos abertos a todos os simpatizantes do Operário que aceitem seguir as regras”, enquanto conclui que o sonho passa por “licenciar a claque”.

Claque fez com que Operário se sentisse em casa, na ilha Terceira

A Fúria Fabril marcou presença no jogo entre o COD e o Juventude Desportiva Lajense, no passado dia 28 de abril, na Terceira. O jogo aconteceu no Campo Manuel Linhares de Lima, nas Lajes, sendo que a vitória foi dos fabris, por 4-1.

Neste encontro da 18.º jornada do Campeonato de Futebol dos Açores, cerca de 45 elementos da claque e apoiantes acompanharam e motivaram o clube lagoense, que jogou longe do seu campo. No entanto, o apoio fez com com que o Operário se sentisse em casa, considera João Rocha: “Foi um bom jogo de futebol, super positivo para a equipa. Acho que acima de tudo, o facto de termos levado muito povo para lá fez com que os jogadores também se sentissem em casa e trouxéssemos um resultado positivo para cá.”

Esta experiência permitiu também a que vários apoiantes saíssem da ilha pela primeira vez e conhecessem a Terceira, conta o líder da claque: “(sair de São Miguel) É uma experiência super diferente, porque muitas das pessoas nunca tinham saído da ilha e foram também para conhecer a Terceira”.

De destacar que a Fúria Fabril e a claque do Lajense estiveram juntas durante todo o jogo, uma atitude que demonstrou o espírito de fair-play entre adeptos.

Marcar presença fora da ilha requer apoio

Sem fundo financeiro para se deslocaram aos jogos fora da ilha, cada apoiante e membro da claque tem de suportar as despesas com as deslocações, conta o líder da claque: “Cada um a pagar a sua passagem é difícil. Foi o que aconteceu nesse último jogo. Não tivemos qualquer tipo de ajuda.”

No entanto, João Rocha acredita que será possível acompanhar mais a equipa nos jogos fora da ilha “com a ajuda de outras entidades, principalmente agora para Portugal continental. Contamos com esses apoios para a próxima época. Toda a ajuda é bem vinda”.