A quinta edição do Festival Lava decorre na ilha do Pico, nos Açores, de 17 a 19 de abril, e este ano concentra-se no concelho da Madalena, ocupando diversos espaços públicos e privados. Segundo a organização, o evento “promete uma comunhão única entre promotores, artistas, patrocinadores e público na celebração da arte açoriana”.
O cartaz apresenta inovações, como a introdução das Lava Talks e os Almoços de Networking, iniciativas dedicadas a artistas e profissionais da cultura, promovendo o estabelecimento de sinergias e a partilha de perspetivas. Os temas em destaque este ano são: “Dupla Insularidade na Organização de Eventos: Desafios e Perspetivas” e “A Importância de Comunicar no Digital”.
O auditório da Madalena será o epicentro do festival entre os dias 17 e 19 de abril, com dois concertos Mini Lava, dedicados aos mais pequenos, que contarão com os Batukes, um projeto que combina música e sensibilização ambiental. O palco também receberá o Lava Ensemble, uma produção original do festival, com direção artística de Filipe Lemos e direção musical da maestrina Ana Terra, reunindo 18 elementos em cena. A Sociedade Filarmónica União e Progresso Madalense terá a honra de encerrar a programação no auditório.
Os espaços emblemáticos como o Cella Bar, Azores Wine Company, Cooperativa Vitivinícola do Pico, Café Concerto e Restaurante O Luís receberão performances de artistas como Valley Dation, Urze, Pó de Palco, Frederico Madeira e Oram.
A organização diz, ainda, que a “metamorfose do Lava Festival é real, com uma aposta na fusão entre tradição e contemporaneidade, no local e regional, sendo uma verdadeira montra da cultura açoriana para residentes e visitantes”. Por fim, a gastronomia e o vinho também ocupam um lugar de destaque na programação, com menus especiais e provas de licores e vinhos do Pico, sendo que o festival “propõe uma caminhada musical, incentivando a descoberta da ilha ao som da música”.
Teve lugar, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, esta quarta-feira, 12 de março, a apresentação de um Guia cujo objetivo é a utilização da arte como metodologia inovadora para combater a exclusão social, o estigma, a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência.
O Guia é resultado do projeto ATITUDE, desenvolvido pela GetArt, com autoria de Daniela Silveira. A autora do Guia, começou por enaltecer o papel da Cultura para a transformação social, referindo que “a arte é uma poderosa ferramenta de mudança. Ela dá voz aos que muitas vezes são silenciados, cria espaços de expressão para aqueles que enfrentam barreiras e fomenta um sentimento de comunidade e pertencimento”, reconhecendo que “a inclusão social através da arte não é um desafio pequeno. Requer dedicação, estratégia e, sobretudo, investimento. A cultura não pode ser vista como um luxo ou um complemento.”.
Daniela Silveira, aproveitou o momento para alertar para a necessidade de “mais financiamento para que projetos como este possam crescer, alcançar mais pessoas e gerar um impacto real e duradouro.”, mencionando ter noção de que este não é um caminho fácil, mas terminou afirmando que “juntos, com ATITUDE estamos a mudar paradigmas e a construir um futuro onde a arte é um direito, não um privilégio. Um futuro onde cada pessoa, independentemente da sua origem ou condição, possa encontrar na cultura um caminho para a inclusão e para a dignidade. Não somos máquinas, somos pessoas”.
Rodrigo Ramos deu o seu testemunho, referindo que o projeto “é bom, faz me sentir especial, mexe com a pessoa, mas é muito bom. O projeto Atitude tem feito muito bem. Gostei muito da ida ao Pico, da atuação e do reconhecimento de mais de 300 pessoas.”
Ingrid Bettencourt, diretora da Associação Cristã de Mocidade (ACM), também presente, enalteceu o projeto ATITUDE e “a importância da promoção de projetos como este, não só para o público-alvo, trabalhando a sua individualidade e as suas diferenças como mecanismo para agregar, como para toda a sociedade, pois esta é uma oportunidade da comunidade perceber a importância e o contributo de pessoas com deficiência”.
A diretora da ACM, referiu, ainda, que o empoderamento conseguido para estas pessoas deve ser “um trabalho contínuo, com financiamento por parte das entidades governamentais, de forma que as instituições de cariz educacional e social possam implementar projetos como este, afirmando a o presente guia desconstroi estigmas e ajuda todas as instituições a fomentar as artes performativas como ferramenta para a inclusão social”.
O Guia de Boas Práticas de Inclusão através da Arte encontra-se disponível e será distribuído pelas Escolas Públicas e Instituições Particulares de Solidariedade Social.
No início da tarde, em dia de semana, a Rua Pedro Homem, em Ponta Delgada, enche-se de movimento e histórias. Um pequeno ateliê de arte, de porta aberta, chama a atenção de quem por ali passa. A Traça é um espaço repleto de telas e pincéis.
Neste microcosmos criativo, Mário Roberto, que dá as boas vindas a quem mostra interesse em entrar, movimenta-se com naturalidade, como se a arte fosse uma extensão de si mesmo. Para ele, criar não é apenas um ofício, mas uma necessidade, uma forma de se expressar e encontrar prazer na vida. Quisemos conhecer a sua história.
Desde cedo, Mário Roberto, 63 anos, natural de Vila Franca do Campo, demonstrou aptidão e criatividade para a escrita. Aos 12 anos, começou a publicar textos em jornais locais. A sua paixão pela literatura foi incentivada pelo pai, professor, que sempre lhe ofereceu livros e o incentivou a explorar o universo das palavras. Os seus primeiros contos, apesar da sua pouca idade, chamavam a atenção pelo conteúdo por vezes provocador. Lembra-se com humor de quando um de seus textos foi considerado “atrevido demais” para um jornal religioso, o que não o desmotivou, mas sim o desafiou a continuar a escrever.
A escrita acompanhou-o ao longo da vida. Nos anos 80, Mário aprofundou-se na ilustração e começou a colaborar com suplementos literários, criando desenhos para matérias e contos. O seu talento para o desenho levou-o a experimentar diferentes técnicas, incluindo tinta da china e aguarela. Foi um caminho natural até à pintura, com exposições que lhe renderam reconhecimento no meio artístico.
O teatro também entrou na sua vida como uma extensão do desejo de contar histórias. Desde pequeno, esteve envolvido em encenações religiosas e na adolescência começou a participar ativamente em grupos teatrais. Durante o período escolar, juntou-se a um grupo ligado à sua escola e aprofundou a sua relação com as artes cénicas. Atuou em diversas peças e experimentou a direção, sempre à procura de novas formas de expressão.
O cinema também exerceu um grande fascínio sobre Mário Roberto. Inicialmente, a sua relação com a sétima arte era a de um espectador apaixonado, mas, com o tempo, passou a experimentar a criação de vídeos e filmes independentes. O seu trabalho como cineasta, embora menos conhecido do que as suas outras facetas artísticas, reflete a sua constante inquietação e vontade de explorar novas linguagens.
Questionado se o seu percurso fosse um roteiro de um filme, qual seria o seu enredo, Mário Roberto expõe: ” uma história de um gajo irrequieto”, que procura prazer naquilo que faz.
Mário Roberto trabalhou também na área do jornalismo, durante 14 anos. No entanto, o ritmo acelerado da profissão começou a pesar e a ausência de satisfação pessoal levou-o a repensar o seu trajeto.
“Quando percebi que já não sentia prazer no que fazia, vi que era hora de sair”, diz ele. Essa decisão não foi fácil, mas abriu caminho a novos desafios e a uma reaproximação com as artes plásticas.
Agora em papéis invertidos, perguntamos ao artista qual a pergunta que faria a si próprio? Mário Roberto refere os planos para o futuro, respondendo a si próprio: “o meu plano para o futuro é envelhecer o melhor possível, com qualidade”.
Com o desejo de empreender na área cultural, uniu-se a Catarina e João Pacheco Melo para fundar o Rotas, um espaço que nasceu como casa de chá, mas evoluiu para restaurante e centro cultural. Durante anos, o Rotas foi palco de exposições, apresentações musicais e eventos culturais. No entanto, a parceria acabou por chegar ao fim e Mário seguiu outro rumo.
Foi então que decidiu levar a sua arte diretamente ao público. Armado com papel e tinta, passou a desenhar caricaturas para turistas nas ruas da cidade. A experiência, apesar de desafiadora financeiramente, trouxe-lhe uma nova perspectiva sobre a relação entre arte e sustento. “A arte é complicada, devia ser mais apoiada”, reflete. Ainda assim, ele manteve-se fiel ao princípio de só fazer aquilo que lhe dava prazer.
Em 2015, juntou-se a Vítor Marques para criar a Miolo, um espaço de arte que se transformaria, anos depois, na Traça – studio gallery. O nome escolhido reflete bem a sua filosofia: traçar planos, desenhar ideias e seguir caminhos próprios. Na Traça, ele encontrou um refúgio para produzir e comercializar as suas obras, além de promover eventos e colaborações com outros artistas.
A Traça tornou-se um ponto de encontro para amantes da arte, oferecendo desde pinturas e ilustrações até produtos personalizados. O espaço reflete a diversidade de interesses de Mário Roberto e sua insistência em transformar a paixão em modo de vida.
Hoje, Mário Roberto segue a sua rotina artística na Traça, sempre explorando novas possibilidades. Seja a pintar, escrever, atuar ou a filmar, o seu percurso reflete um compromisso com a autenticidade. Ele não se prende a rótulos nem procura reconhecimento acima da satisfação pessoal.
“Se eu gosto, se me interesso com alguma coisa, vou fazer”, afirma. Essa filosofia guiou a sua vida e permitiu que encontrasse felicidade no ato de criar, independentemente dos desafios financeiros. Para Mário Roberto, a arte nunca foi apenas um ofício, mas um modo de existir.
Questionado sobre que projetos ainda pretende concretizar, Mário Roberto responde: “queria fazer mais uns filmezinhos”.
O seu trajeto é um lembrete de que a arte, quando vivida com paixão e coragem, transcende barreiras e torna-se um estilo de vida autêntico e livre. Por isso mesmo, questionado sobre que conselho daria ao seu “eu” jovem, o artista afirma: “olha, Mário Roberto, faz o mesmo que fizeste até agora”.
O Centro Cultural de Santo António, no concelho de Ponta Delgada, vai ter patente entre 27 de fevereiro e 12 de junho, a exposição “Olhos nos Olhos”. A mostra reúne 23 obras da artista micaelense Patrícia Medeiros, que explora a sua visão pessoal sobre os diferentes olhares dos animais e seres humanos.
A exposição, na freguesia da costa norte de São Miguel, utiliza a técnica do acrílico sobre tela e oferece ao público uma oportunidade de contemplar a expressividade dos olhares captados pela autora, destacando a sensibilidade e profundidade emocional que caraterizam a sua obra.
Em nota de imprensa enviada pela autarquia de Ponta Delgada, Patrícia Medeiros explica que este projeto “começou com uma experiência que queria fazer com as cores, o preto e dourado” e que mais tarde aplicou “essa experiência no desenho, que sempre foi a minha habilidade, muito antes de descobrir a pintura”.
A artista relata ainda que “na primeira pintura o pincel fluiu com muita facilidade, criando em mim uma vontade de pintar mais”.
Patrícia Medeiros nasceu em 1976 em Ponta Delgada. Em 1985 frequentou a Academia de Belas Artes com o Artista Gilberto Silva e em 2007 teve aulas de pintura no Atelier Ponto de Arte com o artista Martim Cymbron. Entre 2015 e 2024, realizou oito exposições, consolidando a sua presença no panorama artístico regional.
A exposição também vai estar patente no Centro Cultural de Fenais da Luz entre 26 de junho e 18 de setembro.
O seu caderno de desenho é um dos seus melhores amigos. Nele guarda o que vê e transpõe para o papel o que os seus olhos filtram e a sua mão retrata com a ajuda dos pincéis e sobretudo das aguarelas, a sua forma preferida de pintar.
Ana Margarida Carvalho, 55 anos, é oficial de justiça mas é fora dos tribunais, e através da arte, que mais gosta de se expressar.
Começou a fazer urban sketching [desenho urbano] há cinco anos com o grupo Vadios Azores Sketchers. “Fui ao encontro e fui desenhar com eles. Não correu nada bem. Primeiro, a dificuldade dos urban sketchers é conseguir meter tudo o que queremos dentro de uma folha de papel que é pequena, um caderno. Fiquei envergonhada e com vontade de deitar fora porque sou exigente comigo. Disse, não vou mais porque isso não é para mim”, conta ao Diário da Lagoa (DL). Mas a sua desilusão inicial foi empurrada para trás das costas com uma boa dose de teimosia e agarrou-se novamente ao papel e às aguarelas. “Comecei a treinar em casa, fui melhorando e voltei. Tivemos dois ou três anos intensivamente a desenhar todos os sábados”, diz.
Atualmente já não desenha em grupo e garante que já não deixa que o desenho deixe a sua vida. “É raro o dia que não desenho, fico rabugenta quando não desenho”, assegura, entre risos, Ana Margarida Carvalho. Desenha todos os dias, “nem que seja só cinco minutos”. Explica que aprecia particularmente “aquela liberdade de água a fluir no papel para pintar nem que seja uma flor, algo abstrato ou qualquer coisa, vou lá molhar as tintas e pintar um bocadinho”.
A artista garante que não é difícil começar, mesmo que não se tenha jeito para o desenho: “o resultado final não tem que ser bom, o que interessa é o tempo que estamos ali a desenhar”. E esse tempo e o ato de pintar, para Ana Margarida, é terapêutico. “Eu entro noutro mundo e esqueço o resto, é o meu mundo. Estou ali em paz, é mesmo uma terapia e uma espécie de meditação”, assegura.
O ato de pintar pode ser sinónimo de várias técnicas. Mas a que Ana Margarida prefere e adota todos os dias nos seus trabalhos é a aguarela. “Nós não temos um controle total sobre a água e sobre a tinta porque a aguarela é a água essencialmente e a água dilui-se e expande-se e a gente não consegue controlar. Para mim isso é um desafio. Dá-me muito prazer ver as tintas a se mostrarem no papel e a se expandir. Gosto muito, também, de não saber o resultado final”, revela.
Esta artista, nascida na Madeira, mas residente há 30 anos em S. Miguel, tem dois sonhos: expôr no Parque Terra Nostra e dedicar-se exclusivamente à pintura. “Segui aquela receita que nos ensinam para sermos felizes. Dizem-nos que vamos crescer, estudar, constituir família, ter uma casa, ter um carro, marido, filhos, essas coisas todas. Eu tenho isso tudo, graças a Deus. Estou a pensar mesmo, seriamente, em dedicar-me à pintura”, conta ao DL. Ana Margarida também gostava de poder encontrar mais espaços onde possa colocar os seus trabalhos e vendê-los. Diz que tem aguarelas espalhadas por vários países: “existem muitos estrangeiros que gostam de levar arte como recordação das férias e muitas das aguarelas que vendi foram para países como os Estados Unidos, Canadá, Hungria, Alemanha, países nórdicos em geral”.
A experiência de desenhar ao vivo, não só edifícios, mas acontecimentos é também uma área que Ana Margarida pretende explorar. “Já tenho uma proposta para desenhar um casamento, desenhar os convidados, os noivos. Já me fizeram mais propostas mas na altura tive medo de aceitar. Agora estou a pensar seriamente em começar a abraçar esta área” conta ao DL.
Para além de continuar a desenhar, todos os dias, a artista pretende que os seus desenhos cheguem a mais apreciadores de arte. E para que mais pessoas possam ver ou até comprar os seus trabalhos vai expôr no Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada, de 4 de abril a 8 de maio. Até lá vai continuar a pintar aquilo que vê, por gosto e sem se cansar.
Vai ser inaugurada, na vaga – espaço de arte e conhecimento, em Ponta Delgada, a exposição “corpos magmáticos”, esta sexta-feira, 27 de setembro, pelas 21h00.
A exposição resulta do trabalho realizado pelas artistas açorianas Isabel Medeiros, Joana Albuquerque e Sofia Rocha, vencedoras do Prémio nova vaga 2024, promovido pela associação Anda&Fala, segundo comunicado do vaga – vaga – espaço de arte e conhecimento.
A primeira edição do Prémio nova vaga selecionou três artistas do arquipélago para apoiar a produção de novas obras: Isabel Medeiros (São Miguel), Joana Albuquerque (São Miguel) e Sofia Rocha (Terceira).
Fruto de um trabalho prolongado no tempo e no espaço, acompanhado pela curadora Marta Espiridião, a exposição “corpos magmáticos” apresenta os resultados de todos os processos, individuais e coletivos, que procuraram pensar as ilhas açorianas como lugar de des/pertença, de continuidade entre natureza e humanidade, de relações específicas entre lugar e corpo, pode ler-se na nota.
O Prémio nova vaga, promovido pela Anda&Fala — Associação Cultural, tem peridiocidade bienal e destina-se a pessoas/coletivos naturais e/ou residentes nos Açores entre os 18 e os 35 anos de idade, que ambicionam desenvolver a sua prática no campo expandido das artes visuais. Tem como objetivo apoiar novos valores da criação açoriana, procurando estimular o ecossistema artístico da região através da atribuição de bolsas de criação (no valor de 4.000 euros cada) que permitam desenvolver e aprofundar práticas artísticas, explica o comunicado.
O prémio totaliza um investimento de 12.000 euros que, segundo Jesse James, diretor artístico e executivo da associação, citado na mesma nota, “é mais um exemplo do papel e compromisso continuado da Anda&Fala no desenvolvimento local e na sua missão de potenciar o ecossistema artístico nos Açores, estimulando dinâmicas emergentes e a sua autonomia. Na ausência de políticas estatais (ou de prémios regionais nas artes visuais), o Prémio nova vaga procura assegurar esse espaço de visibilidade e reconhecimento dos novos talentos açorianos (dentro e fora da região), acompanhando e potenciando as suas carreiras a longo prazo.”
A abertura da exposição “corpos magmáticos” conta ainda com o concerto ‘Filho da Fuga’, às 22h, onde, através de som e performance, Gonçalo Cerá e Pedro Joaquim Borges refletem sobre as suas condições insulares e lugares de pertença. A noite encerra com DJ set de Maçarokos, entre as 22h30—00h. A entrada na vaga, sede da associação, é livre.
Até 31 de agosto, o centro comercial Parque Atlântico (PA), em São Miguel, recebe uma exposição de pintura de Ana Paula Moura dedicada ao mar e às cascatas da ilha.
Num espaço transformado em galeria de arte, no Piso 0, “estarão reunidas 13 obras que prometem conquistar os visitantes pela beleza das paisagens apresentadas”, segundo nota de imprensa do PA.
Depois de em janeiro deste ano o centro comercial ter iniciado o seu programa cultural de 2024 com uma mostra da artista, “esta é mais uma oportunidade para conhecer melhor o seu trabalho, desta vez, relacionado com a água de São Miguel”.
Embora tenha nascido no Porto e seja licenciada em Auditoria de Empresas, o fascínio pelo mundo da arte tem acompanhado a vida de Ana Paula Moura, desde muito nova, fazendo desta uma atividade paralela à sua profissão.
A isto juntou-se o facto de se ter apaixonado pelos Açores e de se ter mudado de malas e bagagens para São Miguel, onde, desde 2015, concentra toda a sua atenção na beleza de toda a envolvente. Os seus quadros já atravessaram o Oceano Atlântico, tendo estado expostos em Penalva do Castelo, São Bento (Lisboa) e São Paulo (Brasil).
A exposição de pintura está inserida no projeto “Cultura no Centro”, que tem como propósito apoiar artistas e entidades nacionais de âmbito cultural, através da realização de várias ações nos centros comerciais geridos pela Sonae Sierra, no sentido de tornar a cultura acessível a todos, pode-se ler, ainda, na mesma nota.
No próximo dia 11 de maio, pelas 15h30, decorre mais uma sessão do programa “Sábado em Família”, na Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira, no Convento de Santo António, em Santa Cruz, Lagoa.
Esta sessão contará com uma visita guiada à exposição intitulada “Mau Feitio”, da autoria de Nina Medeiros, que se encontra patente no convento de Santo António, até ao dia 17 de maio, segundo nota de imprensa da Câmara Municipal da Lagoa.
A exposição inclui onze obras da artista, entre trabalhos em acrílico e óleo sobre tela, aguarela e óleo sobre papel tela, a maioria produzida em 2023, havendo ainda peças de 2024, nunca apresentadas ao público.
Como explica o mesmo comunicado, para além da visita guiada, que contará com a orientação da artista, todos os presentes poderão participar numa atividade plástica, gratuita. Será dedicada a crianças a partir dos quatro anos, que poderão ser acompanhados por dois adultos. A lotação máxima é de 20 inscrições. Os interessados deverão proceder à sua inscrição, até ao dia 10 de maio, sexta-feira, entrando em contacto com a biblioteca.
Nina Medeiros concluiu a licenciatura em Artes Plásticas/Pintura no Monteserrat College of Art, Massachusetts, e em Art Education, na Universidade de Massachusetts, Dartmouth. Expõe regularmente desde 1992 e o seu percurso artístico traduz-se em cerca de duas dezenas de exposições individuais, e mais de trinta participações em mostras coletivas. Os seus trabalhos já estiveram expostos em diversas ilhas dos Açores, em Lisboa, Madeira, Estados Unidos, Bermudas, Macau e Brasil.
O projeto “Sorrisos de Pedra”, desenvolvido pela artista Helena Amaral, em parceria com a associação MiratecArts, no Pico, comemorou ontem nove anos de existência. Além de um roteiro de esculturas de bombas de lava, o “Sorrisos de Pedra” inclui ainda uma exposição itinerante.
Segundo nota da MiratecArts, “a 28 de abril de 2015, Helena Amaral confirmou que o seu novo projeto artístico ia dar pelo nome Sorrisos de Pedra. Desde esse dia, a artista nunca mais parou, com o apoio e promoção da MiratecArts, de procurar as bombas de lava pelos pequenos ‘cabeços’ da ilha do Pico e virar arte”.
“A marcar os nove anos do projeto, mais uma escultura única é colocada no centro da vila da Madalena. O Roteiro dos Sorrisos de Pedra de Helena Amaral dá a volta à ilha do Pico com mais de 250 esculturas para todos apreciarem”, segundo o comunicado da MiratecArts.
Além do Roteiro, uma exposição itinerante foi construída e já chegou a vários locais de sete das nove ilhas dos Açores, e ainda ao Porto, acompanhada por uma coleção de fotografias por Pedro Silva. Em 2022, o livro dedicado ao projeto foi publicado. As esculturas também já chegaram a coleções privadas de uma dúzia de países.
“Nove anos passaram depressa mas o trabalho foi-se fazendo regularmente. O que está mais presente para dar início é a Galeria dos Sorrisos na propriedade da MiratecArts e desejo preencher ou acrescentar mais uns Sorrisos em locais da ilha. É uma homenagem à ilha que escolhi viver e também à nossa bela montanha do Pico, quero a ilha toda a sorrir” disse a artista Helena Amaral, citada na mesma nota.
“Desde 2015 celebramos o dia internacional do sorriso, criado em 1963 por Harvey Ball, artista americano, criador da imagem do smiley, com o aniversário deste projeto único na ilha montanha, Sorrisos de Pedra de Helena Amaral”, conclui o comunicado.