A direção regional dos Açores do Sindicato dos Jornalistas discorda da proposta apresentada pelo governo regional que visa pagar 40% do salário aos jornalistas locais que ganhem até 1500 euros mensais.
Em comunicado, a direção regional dos Açores do Sindicato dos Jornalistas confirma que “foi ouvida no processo de revisão”, mas, sublinha, “não se revê na formulação adotada, já que o documento divulgado espelha, sobretudo, as intenções manifestadas pelo patronato”.
“Perante a persistência de situações precárias, o sindicato entende que esses apoios devem incentivar à melhoria das condições laborais. Nunca, no entanto, foi sugerido pelo sindicato que o governo regional atribuísse apoios diretos ao salário dos jornalistas. A proposta era de que os órgãos de comunicação apoiados fossem obrigados a manter o nível de emprego e cumprissem o acordo coletivo de trabalho”, pode ler-se no documento.
Nesse sentido, acrescenta a nota, “quando foi convidada a participar no processo de revisão do antigo Promedia, doravante Média Mais, apresentou, desde a primeira hora, propostas que valorizassem as condições de trabalho dos jornalistas. O Sindicato dos Jornalistas foi convidado a dar parecer sobre uma versão preliminar do novo regime de apoio”.
Assim sendo, a direção regional dos Açores do Sindicato dos Jornalistas defende que “este documento agora conhecido deve ser amadurecido e aprofundado nas instâncias próprias e antes de ser discutido no parlamento açoriano. É, por isso, essencial que este projeto de decreto legislativo regional seja debatido e que os parceiros sociais sejam ouvidos”.
Mais acrescenta que “a reflexão sobre os desafios do jornalismo na região é uma preocupação da direção regional dos Açores do Sindicato dos Jornalistas. Não é possível pensar nesses desafios ignorando os problemas laborais dos trabalhadores da comunicação social”.
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