“A elevação da Lagoa de Vila a Cidade é um feito que comprova o progresso, engrandece a história, o desenvolvimento da Lagoa e que acima de tudo, preconiza a essência o poder local, um poder de proximidade que se preocupa em resolver os problemas da pessoas”.
As palavras são de João Ponte, o presidente da Câmara Municipal de Lagoa, no âmbito da cerimónia do segundo ano de elevação a Cidade, que decorreu esta sexta-feira, dia 11 de abril, o seu segundo aniversário de elevação de Vila a Cidade, realizada no Cine Teatro Lagoense, presidida pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.
Trata-se de um concelho que soube preservar a sua identidade cultural, e a forma de estar do seu povo. Lagoa é um local privilegiado para se viver, oferecendo novas oportunidades, disse o autarca na sua intervenção.
Segundo João Ponte, apesar da crise, é inegável o salto verificado de construção de infraestruturas que ditou o crescimento da população e melhorando a qualidade de vida das pessoas.
O autarca admite que a conjunta atual não é fácil, onde voltou a recordar que em cinco anos, o município perdeu quase cinco milhões de euros, de receita espectável, só em taxas e impostos, o que condicionou a atividade camarária, já que representa cerca de 25% das receitas correntes próprias.
Por outro lado, João Ponte adiantou ser urgente repensar o modelo de financiamento das camaras municipais, e teme que, a manter-se no futuro a tendência da diminuição das transferências do Orçamentos de Estado, muitas autarquias poderão estar à beira da rutura, ou até mesmo num retrocesso histórico nos serviços prestados às suas populações.
O autarca referiu ainda que, os desafios colocados ao poder local, são cada vez maiores e mais exigentes, obrigando a repensar as medidas as prioridades.
A governação futura deve passar por uma gestão responsável das finanças municipais, e pelo favorecimento da economia local e da empregabilidade, disse.
O autarca recordou intervenções estruturais para o concelho, dando como exemplo o Tecnoparque, onde muito em breve o primeiro edifício do Nonagon – Parque Tecnológico da ilha de S. Miguel, irá receber as primeiras empresas de base tecnológica; a instalação de dois importantes empreendimentos, também no Tecnoparque, cujos contratos foram assinados em setembro. O primeiro destinado à construção de uma unidade hospitalar e de cuidados continuados. O segundo destinado a uma unidade de prestação de cuidados de saúde, com recurso a métodos e técnicas próprias da medicina nuclear, investimentos superiores a 30 milhões de euros.
João Ponte adiantou, por outro lado, que a autarquia já está a trabalhar para que, no próximo Quadro Comunitário de Apoio, seja possível a concretização de alguns projetos essenciais ao desenvolvimento do concelho, caso concreto da ampliação do Porto dos Carneiros, o Passeio Marítimo da Cidade e o Mercado Municipal.
Noutro âmbito, muitos têm sido os pedidos de auxílio, e face às dificuldades, a autarquia adotou varias medidas de cariz social, para garantir ao bem-estar dos lagoenses, o fundo de emergência social, o cartão do idoso e o apoio á habitação degradada.
Mas a autarquia tem apostando fortemente na empregabilidade através de programas financiados pelo executivo regional, como forma de minimizar os graves sociais resultantes do desemprego.
Promover a empregabilidade local, custará, em 2014, cerca de 160 mil euros, mas permitirá a injeção de 1,4 milhões de euros de rendimentos em cerca de 200 famílias que viviam no limiar da pobreza, disse o autarca.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, a história ensinou que, ao longo de 492 anos, outras crises já se viveram e foram ultrapassadas. Por isso com uma atitude positiva, construtiva e exigente procuraremos trilhar um caminho de progresso para a cidade e para o concelho, referiu.
DL
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