O programa de dois dias contou com um alinhamento diversificado. No sábado, dia 29, a abertura do certame foi realizada pelo cônsul-geral de Portugal em Montreal, Francisco Saraiva, e por José Andrade, diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores, que referiram, entre outros aspetos, as matrizes históricas da emigração portuguesa e a importância da promoção e valorização da cidadania nas comunidades.
O primeiro painel, às 9h, abordou o tema “Política e Juventude”, sendo coordenado por Carlos de Jesus. Os intervenientes foram Carlos Leitão, Luís Miranda, Armando Melo, Isabel dos Santos, Patrick Rebelo, Daniel Loureiro, Victor Faria, Michael Gouveia, Ricardo Torcato, Tiana Arruda, Alexander Norris, representantes dos partidos políticos locais e José António Garcia, vereador da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Um momento que ficou marcado pela discussão em torno da importância da mobilização e participação dos jovens nos partidos políticos e nos órgãos de poder municipais.
Pelas 10h30, decorreu o painel “Comunicação Social”, sob coordenação de Aida Batista, reunindo nomes como Diniz Borges, Sidónio Bettencourt, Clementina Santos, Norberto Aguiar e Valérie Gendron. Em foco a relevância desses órgãos na preservação, manutenção e divulgação dos valores e símbolos identitários da comunidade açoriana, bem como da língua escrita e falada, além dos costumes e cultura.
Após o almoço, pelas 12h, foi a vez de se promover o painel “Comemorando”, coordenado por José Morais, tendo como participantes Arlindo Vieira, que falou sobre os “50 anos do 25 de Abril”; José Andrade, que abordou os “50 anos das Autonomias (Madeira e Açores); e Onésimo Teotónio Almeida, que falou sobre os “500 anos de Gaspar Frutuoso”.
Pelas 16h, o tema central foi “Dia da Mulher”, com coordenação de Paula Ferreira, presidente da Casa dos Açores do Quebeque. As palestrantes foram Aida Batista, Ludmila Aguiar, Marisol Ribeiro e Maria do Rosário Gaspar, que relataram os seus caminhos e experiências profissionais de afirmação, resiliência e conquista de objetivos.
No dia seguinte, domingo, pelas 10h30, teve lugar o painel “Comunidade/Emigração/Imigração”, tendo como coordenador Onésimo Teotónio Almeida e os intervenientes José Carlos Teixeira, Victor Pereira da Rosa, Paula Bernardino, Duarte Miranda e Vítor Carvalho.
Às 13h30, houve a “Festa Final”, com animação, discursos e entrega dos Prémios Corte-Real 2024 a Arlindo Vieira, Joe Puga, José Carlos Teixeira, Victor Carvalho e, a título póstumo, a Maria José Raposo.
O escritor açoriano Onésimo Teotónio Almeida, professor Emérito da Brown University, foi distinguido com o Prémio Carreira pelo Jornal LusoPresse.
O colóquio encerrou com um Almoço Festivo, na Casa dos Açores do Quebeque, confecionado pelo Chef José Artur Cabral, que viajou dos Estados Unidos para o Canadá a convite da organização. Houve ainda momentos de poesia por Ludmila Aguiar, Joaquim Eusébio e Sidónio Bettencourt.
Durante o seu discurso de abertura, José Andrade, diretor Regional das Comunidades, frisou que este segundo colóquio “confirma e consolida a sua missão de informar com responsabilidade social e com espírito comunitário” e que serve para “dar um contributo a ter em conta para melhorar o presente e preparar o futuro das comunidades portuguesas, maioritariamente de origem açoriana, em Montreal, no Quebeque, no Canadá, na América do Norte”.
“Esta iniciativa da própria comunidade, que parte da comunicação social em parceria com a Casa dos Açores, é um passo importante nessa caminhada conjunta de responsabilidade coletiva. Pela parte do Governo dos Açores, também a Direção Regional das Comunidades tem procurado cumprir a sua missão, com dedicação e até com paixão, de aproximar e valorizar a diáspora açoriana”, disse este responsável. José Andrade reiterou ainda que, em Montreal, o colóquio reuniu oradores do Canadá, Estados Unidos e Portugal, tendo como “preocupação estratégica motivar e envolver as novas gerações da diáspora açoriana para atrair e comprometer os filhos e os netos dos nossos emigrantes no processo de rejuvenescimento do movimento associativo que garanta o futuro das comunidades portuguesas”.
“O futuro da diáspora é uma preocupação comum dos poderes públicos e das entidades privadas, no arquipélago açoriano e no continente americano, convocando o contributo de cada um para o benefício de todos”, disse José Andrade.
O LusoPresse, fundado a 1 de dezembro de 1996, e a LusaQTV, iniciada a 11 de dezembro de 2017, são dois projetos que “dignificam” a comunicação social do Canadá e “prestigiam” a comunidade portuguesa do Quebeque. Andrade indica também que ambos os órgãos “não se limitam a contar o que acontece”, pois “eles próprios fazem acontecer”.
Note-se que na Província do Quebeque residem hoje cerca de 70 mil portugueses, maioritariamente originários dos Açores e, em especial, da ilha de São Miguel, sobretudo nas cidades de Montreal, Laval e Santa Teresa.
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