“A música como arte tem de ser feita com paixão e entrega, e quando se faz o que se gosta, sentimo-nos realizados. Não imagino a minha vida sem música”, confessa Aquiles Preto, maestro da filarmónica Fraternidade Rural de Água de Pau há um ano.
É executante de instrumentos de percussão. Tem 53 anos e é natural de Bragança. A vida militar e a música trouxeram-no até São Miguel, em 1992. Vive atualmente na Atalhada, freguesia do Rosário, Lagoa. “A minha vinda para os Açores deve-se ao meu ingresso na Escola de Sargentos do Exército (ESE) na especialidade de músico, quando termino o referido curso sou colocado a prestar serviço na Banda Militar dos Açores em 1992. Decidi ficar nos Açores porque aqui constitui família e gosto muito de aqui estar pela qualidade de vida que conseguimos ter”, conta Aquiles Preto, em conversa com o DL.
Está no Exército há 35 anos. A vida militar tem sido uma experiência “boa”, explica e refere que “além de estar ao serviço da Nação nas diversas atividades do Exército, tenho a possibilidade de fazer música diariamente, o que me dá imenso gozo. Atualmente tenho o posto de Sargento Chefe, estando a exercer as funções de Subchefe, desde julho de 2023, na Banda Militar dos Açores”.
Formou-se, durante dois anos, na Escola Sargentos na especialidade Músico. Fez o o curso de formação musical e o de Tecnologias da Música e Oficina de Som no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Frequentou também vários workshops em direção musical e coral.
A paixão pela música surgiu no maestro da Fraternidade Rural de Água de Pau quanto tinha apenas 11 anos, lembra, na altura em que iniciou na filarmónica da sua terra. “Anos mais tarde o maestro Francisco Cavadas começou a incentivar-me a estudar para poder integrar uma Banda Militar”, conta.
Chegou à banda pauense em 2023, numa altura em que a Fraternidade Rural de Água de Pau estava a passar por uma crise e encontrava-se inativa. “Foi pedido um apoio à Associação Musical de Lagoa para contribuir para a formação dos músicos e reativação da atividade da filarmónica”. Nessa altura, a banda estava também sem maestro, recorda Aquiles, surgindo aí a oportunidade de assumir essa função.
Mas Aquiles já é maestro há 26 anos, tendo passado por várias bandas por toda a ilha. “Iniciei esta função na Filarmónica do Sagrado coração de Jesus do Faial da Terra, depois estive na Filarmónica Estrela D’Alva de Santa Cruz da Lagoa, mais tarde, na Banda União dos Amigos da Vila das Capelas, depois na Lira do Norte da Vila de Rabo de Peixe e agora na Filarmónica Fraternidade Rural”.
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