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“É quase tudo feito com recursos próprios da autarquia, o que atesta bem do empenho de todos”

José António Garcia, vereador com os pelouros da Cultura, Juventude e Desporto Câmara Municipal da Ribeira Grande em entrevista a respeito da Aldeia que trouxe o espírito natalício ao centro histórico da cidade da costa norte da ilha de São Miguel

© CM RIBEIRA GRANDE

Há vários anos que a Câmara Municipal da Ribeira Grande constrói uma Aldeia no centro histórico da cidade, feita integralmente com meios próprios das suas oficinas. A Aldeia do Perlim Pim Pim espalha a magia do Natal pelas crianças do concelho e por todas as outras que visitam a cidade da costa norte da ilha de São Miguel, vindas de outras paragens. O ambiente natalício contribui para a animação da época e também ajuda a dar a conhecer o que é tradicional da Ribeira Grande através das muitas atividades inseridas num programa que decorreu de 7 a 18 de dezembro. Em 2022, batizada de «Aldeia do Perlim Pim Pim», teve como temática «O Encanto Musical». José António Garcia é o vereador com os pelouros da Cultura, Juventude e Desporto da autarquia ribeiragrandense e em entrevista destaca a importância da iniciativa.

Qual a importância de um evento como Aldeia do Perlim Pim Pim?
A Aldeia do Perlim Pim Pim, para além de constituir um motivo de atração ao centro da cidade é, sobretudo, uma forma de proporcionar à comunidade a vivência do espírito natalício através dos diversos eventos que programamos, principalmente aqueles que são dedicados às crianças. São elas que vivem de forma mais intensa o Natal e a possibilidade de visitar o presépio, a casa do pai natal, a iluminação ou o carrossel permite que todos possam, por igual, desfrutar da magia própria desta época.

Que preocupações houve nesta edição?
A decoração do espaço e dos edifícios municipais circundantes, assim como a montagem do presépio, começaram a ser preparados há muitas semanas. Há sempre a preocupação de inovar e ter tudo pronto no momento da inauguração. Na prática, é quase tudo feito com recursos próprios da autarquia, o que atesta bem do empenho de todos. Também quisemos, mais uma vez, envolver ao máximo as entidades e grupos locais. Desde a animação ao Mercadinho de Natal foi nossa preocupação dar lugar aos que são da terra.

Quais as melhorias que destaca em relação às edições anteriores?
Desde logo a disposição da casa do Pai Natal e a respetiva decoração, envolvendo o trenó e as renas, assim como, por exemplo, na localização e nova decoração das barracas do Mercadinho de Natal ou nas casinhas da própria Aldeia. Também incrementamos a nossa aposta na programação infantil, a qual, para além das habituais tardes de cinema e contos, pelos colegas da biblioteca municipal, contou com um espetáculo do “Tio Óscar” e com a apresentação do livro “A história de Natal da nossa avozinha”, da autoria de Ana Paula Andrade. Eventos como a “Ciência Divertida”, “Decorando as Estrelas” (OASA) ou showcooking infantil, que estavam programados para o exterior, acabaram por não se concretizar ou aconteceram com muitas limitações devido ao mau tempo.

Considera que a iniciativa tem um impacto positivo junto do comércio tradicional?
Sim, a criação desse impacto na economia local é também um dos objetivos da animação de Natal, por via da atração de pessoas ao centro histórico. Mas este ano foi muito difícil alcançar essa meta devido às condições climatéricas adversas. Apesar de tudo, acreditamos que a população não deixou de visitar o comércio tradicional, até porque a autarquia também implementou outros incentivos, como a isenção do pagamento de estacionamento no centro, em determinados períodos, concurso de montras, o desfile de pais natais ou a corrida de Natal.

Uma vez terminado o evento, que balanço faz?
Acaba por ser um balanço muito marcado pelos condicionalismos impostos pelo clima. Praticamente não conseguimos realizar eventos no exterior, excetuando dois momentos musicais, mesmo assim com algum vento e chuva à mistura. O desfile de pais natais que congregou largas centenas de crianças na manhã do dia 16 de dezembro. Apesar disso, consideramos muito positivos os eventos no Teatro e na biblioteca Daniel de Sá ou as exposições na Casa do Arcano e museu municipal, onde também se encontra o presépio do prior Evaristo Carreiro Gouveia. 

Com o novo ano a começar, que mensagem deixa aos ribeiragrandenses e a quem visita a Ribeira Grande?
Uma mensagem de esperança e ânimo para um ano que trará muitos desafios a vários níveis. Mas, sobretudo, que cada um procure ser construtor da felicidade e da paz, a começar por quem está mais próximo. E haja saúde.

Entrevista para o Suplemento «Aldeia do Perlim Pim Pim», na edição impressa de janeiro de 2023

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