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Chega alerta para a existência de 24 mil açorianos sem médico de família

© CHEGA

Nos Açores estão 24.170 utentes inscritos nas unidades de saúde de ilha que ainda não dispõem de médico de família, alerta o Chega em nota de imprensa enviada hoje, 23 de janeiro, às redações.

Uma realidade que varia consoante a dimensão das ilhas, sendo que é na ilha de São Miguel onde se verifica o maior número de utentes sem médico de família atribuído (9.521), seguindo-se a Terceira (7.596), Faial, (2.928), Graciosa (1.520), Santa Maria (1.249), Flores (752), São Jorge (340), Pico (254) e Corvo (10).

Ao todo há, nas nove ilhas dos Açores, 210 médicos de medicina geral e familiar contratados que, em 2022, fizeram uma média de 252 consultas diretas e 143 consultas indiretas por dia.

Os números constam de uma resposta a um requerimento enviado pelo Chega ao Governo regional, acerca dos cuidados de saúde primários dos açorianos, concretamente sobre os médicos de família existentes.

O Chega também questionou sobre a intenção do Governo regional conseguir uma cobertura integral desta especialidade em todas as ilhas, questionando o que tem sido feito para atrair estes profissionais para a região.

O executivo deu conta que, em 2022, foram contratados dezoito médicos de medicina geral e familiar – doze para a unidade de saúde de ilha de São Miguel e seis para a unidade de saúde da ilha Terceira – estando abertos concursos para contratação de mais onze médicos da especialidade – oito para São Miguel, um para o Pico e dois para as Flores.

Quanto à necessidade de se captarem mais médicos de família para a região, em particular para as ilhas mais pequenas, o governo respondeu estar “continuamente a analisar a melhor forma de captar e fixar profissionais de saúde”, tendo já posto em prática um sistema de incentivos – pecuniários e não pecuniários – para fixação destes profissionais e dotando as unidades de saúde de “maior autonomia” para agilizar procedimentos de contratação.

José Pacheco diz que a saúde dos açorianos “é uma prioridade que tem de ser colocada, ainda mais, na agenda política, até porque, não havendo uma cobertura total de médicos de família na região que possam assegurar os chamados cuidados primários, vamos ter sempre açorianos a recorrer às urgências dos hospitais para conseguirem ser vistos por um médico e terem uma consulta básica ao nível da saúde, nas urgências”.

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