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Centro de Artes Arquipélago estende “olhar” aos músicos locais açorianos

© DL

O Centro de Artes Contemporâneas Arquipélago convidou a editora discográfica açoriana Marca Pistola a desenvolver um ciclo de concertos denominado “Carta Branca à Marca Pistola”, iniciativa que se insere num “olhar” para a produção local.

O diretor do Arquipélago, João Mourão, declarou à agência Lusa que, no último ano, desde que assumiu a direção, que tem “insistido num olhar para a produção local açoriana”. E como, “devido ao contexto pandémico”, não foi possível realizar eventos ao vivo “até muito recentemente”, esse olhar recaiu, “sobretudo nas artes visuais”, através de cerca de 20 artistas plásticos.

“Sempre foi nosso intuito alargar este movimento a outras áreas e para além da formação em cinema e música que conseguimos fazer mesmo durante a pandemia. Faltava-nos este olhar sobre a música que se está a fazer na região ou a partir da região. A Marca Pistola como nova editora dedicada exclusivamente a promover e a representar o que se está a fazer nas ilhas em termos musicais pareceu-nos uma excelente porta de entrada no universo da música”, afirma João Mourão.

Para o responsável pelo Centro de Artes Contemporâneas, “mais do que ter apenas o Arquipélago a programar, interessa dar espaço e condições aos agentes locais para que possam apresentar os seus projetos, e é nesse sentido que este ciclo de concertos surge”.

O diretor do Arquipélago refere ser “importante que se posicione [o Centro de Artes Contemporâenas) como o local onde as várias artes encontram palco, voz e visibilidade” na perspetiva de “ser esse parceiro dos agentes e artistas locais”.

João Mourão explica que, este ano, o Arquipélago realizou residências de músicos locais como Grafeno e Luís Senra e formações na área da produção, edição e criação, em parceria com o festival Tremor, indo agora abrir a ‘Blackbox’ ao público com músicos locais que “possuem já uma visibilidade nacional e que apresentam aqui os seus novos trabalhos”.

Para além da produção local, pretende-se também promover “trocas com instituições nacionais e europeias”, sendo o Arquipélago “a única instituição na região que viu a sua adesão concretizada à plataforma europeia Perform Europe”.

O Centro de Artes Contemporâneas pretende, em 2022, apresentar vários espetáculos de teatro e dança oriundos de vários países europeus que “terão nos Açores a sua estreia nacional e com custos totalmente cobertos por esta plataforma da União Europeia”.

João Mourão, questionado sobre se se está perante um novo ciclo na gestão cultural do Arquipélago, manifesta a convicção que se pode “fazer a diferença no contexto açoriano e tornar o espaço numa referência nacional”.

“Queremos trabalhar localmente, mas posicionando-nos no exterior. Queremos trazer, mas também levar, e é nessa via que estamos a montar os projetos do próximo ano”, conclui o responsável por este espaço cultural.

No âmbito do ciclo “Carta Branca à Marca Pistola”, os concertos serão às sextas-feiras, na ‘Blackbox’, pelas 21:30, sendo o primeiro na sexta-feira, com a apresentação do disco “In Between”, com o concerto de P.S. Lucas Trio, que têm como convidado o artista Luís Senra.

A 12 novembro, será a vez de Ricardo Martins apresentar a ‘tour’ do disco “Incerteza Absoluta” e, a 26 novembro, será a apresentação do disco “Cisma”, dos WE SEA.

Lusa/ DL

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